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K-pop: Sunmi fala sobre seu diagnóstico de transtorno de borderline no “Running Girls”

“Depois que fui diagnosticada, recebi tratamento e remédio, e melhorou”, explicou ela.

Estrela do K-Pop
Foto: Divulgação

A cantora Sunmi, que ficou muito conhecida como membro do grupo de K-Pop Wonder Girls e agora faz sucesso em carreira solo, é uma das integrantes do programa de TV “Running Girls“, na Coréia do Sul, que é um formato de reality show. Foi lá que ela foi bem sincera e abriu o jogo sobre seu diagnóstico de transtorno de borderline.

K-Pop
Foto: Mnet / Divulgação

Muito honesta, o assunto foi tocado quando Sunmi e Hani conversavam sobre sua amizade. Hani disse: “Para ser honesta, senti que deveria ter cuidado com você. Você tem mais experiência do que eu. O que quero dizer com ‘ser cuidadosa’ é que eu queria ouvir você mais, queria conhecê-la mais e estava curiosa sobre você.

Hani continua: “Nós nos cruzamos muito, mas não houve realmente uma oportunidade para nos tornarmos próximas. Não conversamos muito, mas mantivemos contato uma com a outra”. Sunmi, então, disse: “Hee Yeon [nome real de Hani] parecia alguém de quem eu poderia ser amiga em qualquer lugar, a qualquer momento.”

Seguindo no episódio, Sunmi disse palavras de conforto e aconselhou Chuu, confessando sentir que não era capaz de cuidar dos outros membros.  “Acho que você está sentindo a mesma pressão que eu sentia. Você realmente tem que cavar fundo para descobrir do que gosta. Você tem que cavar fundo para encontrar aquilo que lhe dará autoconfiança. ”

Sunmi continuou: “Chuu me lembra muito de mim mesma quando fiz minha estreia. Senti que não podia fazer nada, que não estava ajudando o grupo. Eu também vivia assim até que um dia percebi que estava me desgastando. Acho que Chuu se sente da mesma maneira que eu. ”

O assunto de sua síndrome de boderline veio mais tarde nessa conversa: “É importante tirar uma folga quando você estiver passando por momentos difíceis”, disse ela.

Deixei as Wonder Girls para tirar uma folga. Naquela época, eu estava lidando com doenças mentais em vez de doenças físicas. Estreei como artista solo, me promovi novamente com as Wonder Girls, saí da agência e tive muito tempo para pensar em mim. Mas esse tempo começou a me corroer.

A cantora detalha sua jornada: “Cerca de cinco anos atrás, fui diagnosticada com Síndrome de Borderline. Isso era o que estava me atormentando tanto. Foi um alívio. Depois que fui diagnosticada, recebi tratamento e remédio, e melhorou. Você precisa cuidar desses fundamentos para que as pessoas ao seu redor também possam se sentir confortáveis. Aprendi que o transtorno costuma ser difícil para as pessoas ao seu redor.

“Quero que as pessoas ao meu redor sejam felizes e não se machuquem por minha causa. Eu quero amá-los, mas isso também vem de algo dentro de mim que quer ser amada de volta.

Ela completa o desabafo: “Eu comecei a trabalhar muito cedo na minha vida. Comecei na sociedade muito jovem. Devemos desenvolver o ‘eu’ na adolescência, mas passei a maior parte desse tempo em um carro. Acho que é importante refletir sobre si mesma, aprender do que você gosta e no que é bom, aprender como lidar com seus sentimentos. Eu entendi isso agora. O remédio que tomo foi reduzido muito, então não há necessidade de se preocupar. Eu sou muito forte. Eu fiquei mais forte.

O que Síndrome de Borderline?

O site do Instituto de Psiquiatria Paulista explica:

Do inglês, “borderline” se refere ao que é limítrofe, que está na fronteira ou que é incerto. Esse termo ajuda a definir esse transtorno, também conhecido como transtorno de personalidade limítrofe. A síndrome de borderline é um problema de saúde psicológico e psiquiátrico, em que o acometido apresenta uma personalidade com um padrão de instabilidade constante do humor e do comportamento, com mudanças de atitude súbitas e de forma impulsiva.

Uma pessoa que sofre com a síndrome de borderline pode vivenciar episódios intensos de raiva, depressão ou ansiedade com duração variável de horas a dias; podendo, inclusive, cometer tentativas de suicídio. Se trata, portanto, de um transtorno de difícil diagnóstico, porém cuja identificação e tratamento corretos são de extrema importância.