Nesta terça-feira (16) o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Gilberto Barros a dois anos de prisão por crime de homofobia e discriminação por orientação sexual. Porém, por ser réu primário, o apresentador não sera detido e sofrerá apenas medidas restritivas de direito. A informação é de Mônica Bérgamo, colunista da Folha de S.Paulo.
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De acordo com a publicação, a juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira, que proferiu a sentença, negou a privação de liberdade pelo fato da pena ser de apenas dois anos e ele ser réu primário, ou seja, réu que não havia sido anteriormente condenado por sentença transitada em julgado.
Nesse sentido, Gilberto Barros prestará serviço à comunidade pelo tempo da pena e deverá pagar cinco salários mínimos que serão revertidos na compra de cestas básicas para organizações sociais.
A condenação envolve um episódio que aconteceu em 2020, no programa “Amigos do Leão”, exibido no YouTube. Gilberto Barros estava lembrando da época em que começou a trabalhar na Rádio Globo, na década de 1980, e que ficava irritado ao ver sempre “dois bigodes” — termo que ele usou para se referir a homossexuais — se beijando.
“Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz“, completou.
À época, o jornalista William de Lucca fez a denúncia, dizendo que o apresentador usou seu espaço como comunicador para “incentivar a agressão contra homossexuais”.
Advogados de Gilberto Barros negam acusação
A defesa confirmou a fala à publicação, mas negou a acusação. Os advogados de Gilberto Barros disseram ainda que ele se mostrou constrangido pela situação, “pois sempre usou sua arte ou ofício para melhorar o país”.
Ademais, afirmaram também que, “pelo seu sangue italiano, ele costuma falar muito”, mas “jamais teve a intenção de incitar a violência”.