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Junior alça seu primeiro voo solo na música e garante que o pop “é a sua casa”

Em entrevista exclusiva ao POPline, o cantor detalha os processos de criação de “Solo Vol.1” e aponta para o futuro com a possibilidade de uma turnê

Foto: Breno Galtier

Demorou, mas chegou. O primeiro álbum de Junior está entre nós e inicia uma nova fase na carreira do cantor. “Solo Vol. 1”, produzido pelo próprio artista em parceria com Felipe Vassão e Lucs Romero, reapresenta um ídolo de gerações ao mercado pop, que hoje é tão vasto e muito mais produtivo do que quando ele o deixou para trás. Junior, entretanto, está de peito aberto para abraçar esse momento sem medo e sem amarras e “engrossar o caldo” do gênero musical que lhe catapultou para o estrelato, como ele mesmo disse em entrevista exclusiva ao POPline.

Em uma conversa de mais de 40 minutos, Junior falou com emoção e sinceridade sobre o disco, lançado ontem (29), e contou detalhes dos anos que antecederam a chegada desse projeto. Ele relembrou momentos difíceis do passado, indecisões a respeito de uma carreira solo, a turnê “Nossa História” com a irmã Sandy, que foi essencial para o nascimento de “Solo Vol.1”, e confessou que um “Vol. 2” já está em seus planos!

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Confira a entrevista na íntegra!

POPline: Não tem como não começar perguntando porque você resolveu voltar atrás e tirar o Lima do seu nome artístico. Teve algum motivo especial?

Junior: Eu achei que o Lima não se fazia necessário. Na verdade, um pouco desse Lima veio lá atrás de uma vontade de ajudar a fortalecer o meu nome individualmente. Não sei se funcionou muito, mas também não me importo muito com isso hoje em dia, sabe? Na época eu ainda pensava ‘pra não ter que ficar falando do Junior, da dupla Sandy e Junior.’ Isso não importa. Isso não faz muita diferença. Pensando nesse trabalho [o “Solo Vol.1”], foi uma provocação de um amigo que tá trabalhando comigo. ‘Será que precisa do Lima?’ E aí, na hora, a provocação dele fez efeito em mim. Eu achei que realmente não precisava.

Logo no início do álbum você fala “cada nota me traz de volta pra casa”. Pensei muito nessa frase. Seria como voltar ao protagonismo da sua música? Como uma reestreia, certo?

Mais do que voltando ao protagonismo da minha música, eu acho que voltar pra casa é voltar pra esse ambiente da música pop, pra esse lugar de vocalista ali, sabe? Esse contexto todo do show, de palco, inclusive do gênero mesmo, do pop, que é muito abrangente e eu me sinto muito à vontade. Eu fui descobrindo isso com o tempo que, no fundo, a minha essência tá nisso, tá no pop. E eu me permiti por muito tempo experimentar muitos gêneros e estilos e coisas diferentes de música, universos diferentes. Tudo isso me trouxe muita bagagem, somou muito no meu conhecimento musical. E eu acho que o lugar comum pra tudo isso é o pop. Pelo menos em mim. Então, essa é a minha casa.

Sinto que o álbum diz muito sobre esses processos. Ele traz muitas reflexões suas sobre o passado, não é? Como se você estivesse fazendo as pazes com algumas coisas que já te aconteceram, certo?

Isso, e de fato é. Essa é a fase que eu entrei a partir de 2019, na turnê que eu fiz com a Sandy, de reencontro. Isso me clareou muito a visão. Foi muito revelador pra mim do quanto aquele era o meu lugar, o quanto essa era a minha casa mesmo. Esse contexto todo e inclusive de me perceber dançando, fazendo as coreografias. Eu me senti muito à vontade, eu me senti muito eu, sabe? Assim, eu falei, ‘caraca, pode crer, eu sou isso.‘ Sabe, foi um pouco essa sensação. E aí, enfim, inevitavelmente eu vim parar aqui.

Foto: Breno Galtier

Eu devo concordar com você. Lembro que quando fui no show da turnê Nossa História, fiquei muito tocada com sua emoção. Você estava leve! Você estava muito feliz naquele show, né?

Eu tava muito realizado. Porque é isso, por me perceber inteiro, por me sentir completo, sabe? De novo, assim, eu acho que ali eu percebi os buracos internos que existiam. As coisas que me faziam falta do todo, desde o ensaio até a ponta final da história que é o show em si. Mas o processo todo de criar uma turnê, dos ensaios, de contato com os instrumentos, com os arranjos, com as músicas, com o estilo, foi uma sensação do sofá de casa mesmo, de um conforto que eu não sentia há um tempo. E daí vem esse sentimento de que eu estou no meu lugar, sabe? Aqui é o meu lugar.

Acho que com essa fala sua, a gente chega na faixa “Sou” do seu disco. Eu acho que ela resume um pouco tudo que você falou até agora. Eu senti essa música como um fio condutor do seu álbum, como um selo.

É, tem um pouco isso, sim. E no fundo, pra mim, fala sobre esse momento, dessa revelação que eu senti, sabe? Então, na minha cabeça, a ordem das músicas, por trás de tudo ali tem uma história, sendo contada num fio condutor. Pra mim essa história começa nesse momento. No momento em que eu pensei, ‘peraí, eu sou isso.’ Então, eu preciso ajeitar a minha vida pra que eu possa ser, sabe? Pra que eu possa continuar existindo dessa forma dentro da minha arte, dentro do que eu sei fazer e tenho o absoluto prazer de fazer.

E esse foi um processo longo, porque esse disco demorou a chegar! Você teve medo de lançar um disco solo?

Se pra você demorou, imagina pra mim, risos! Mas o que você considera que demorou? A partir de quando você acha que demorou?

Bom, tivemos a dupla Sandy e Junior, tivemos o Manimal, tivemos o Dexterz, tivemos a Nove Mil Anjos… O solo demorou!

É, de fato. Foi o tempo que eu precisei. Assim, de amadurecimento, de experiências e de fazer as pazes com as minhas dores, as minhas questões internas, que não foram poucas. Também não foi uma vida muito simples até ali, né? Eu acho que tive que viver outras coisas pós Sandy e Junior pra trazer estofo pra minha vida mesmo. Viver outras histórias, abrir espaço na minha vida pra que as minhas questões aparecessem. De fato, veio tudo à tona. Então, houveram algumas fases de bastante desconforto, de questões psicológicas e de ter que me aprofundar em mim pra entender o que tava acontecendo comigo. Por que que eu tô surtando, o que que tá acontecendo, sabe? Tipo, em alguns momentos eu me senti perdendo um controle da minha cabeça. E aí vieram as sombras todas e tudo mais. E aí foi o tempo pra eu conseguir lidar com tudo isso. Mas, ao mesmo tempo, não conseguia ficar sem música, então, eu arrumei projetos onde eu podia existir musicalmente, mas, ao mesmo tempo, me defendendo das coisas que me machucavam, das minhas cicatrizes. Até que lá na turnê, em 2019, eu entendi que eu precisava encarar isso de frente. Que agora já tinha passado o tempo suficiente pra eu ter estofo, bagagem e cabeça mesmo pra lidar com tudo isso. O fato de eu aceitar fazer a turnê já foi um começo pra lidar com tudo isso.

Inclusive, lembro que no documentário da turnê você confirmou que a Sandy aceitou fazer a turnê primeiro do que você!

Pra mim, era uma coisa impensável de início. Outras vezes que se falava desse assunto, eu falava ‘Não, não, não, não. Muda de assunto, vamos falar de outra coisa. Sem chance.’ E aí, naquele momento, não me bateu assim. Quando meu pai me ligou e falou ‘tou querendo levantar um projeto pra mostrar pra vocês, pra vocês entenderem o que significa esse reencontro’. Ali foi a primeira vez que não me bateu torto, que eu ouvi ele de coração aberto. Acho que ele ficou até assustado porque talvez já não tivesse nem tanta esperança. Acho que foi um momento na minha vida profissional que eu senti que cabia revisitar essa fase. E por sorte, coincidência com a minha irmã também.

O seu pai tá super envolvido com o seu álbum solo também? Vi que o nome dele aparece na ficha técnica e que, enquanto falamos aqui, você respondeu algumas mensagens dele, risos!

Meu pai é pai bobo, que nem o filho, risos! Ele foi muito ligeiro pra variar, risos! E acho que é uma coisa muito de pai também, de estar ligado, atento aos filhos, assim. Aquelas sombras voltaram na pandemia. Foi muito difícil pra muita gente e pra mim também. E aí houve um momento em que ele me provocou. ‘Filho, falei com uns parceiros meus aqui e dei uma ideia de letra. Fiz isso pensando em você, ouve aí.’ Ele me mandou e estava todo o início da “Sou”. Melodia e boa parte da letra. Tinha uma outra estética, era voz e violão, mas eu ouvi e aquilo me provocou. Eu já estava nessa ‘bad’ há uns seis meses, talvez mais até, sem encostar num instrumento, sabe? Eu não respondia mensagem de amigos, eu tava, tipo, mal de cabeça. E aí a música me deu uma cutucada, me deu vontade de mexer. Aí peguei o violão e eu percebi que aquilo tava me acordando. Teve até uma passagem, que hoje eu não contei isso em nenhuma outra entrevista. Teve uma coincidência que depois de umas horas mexendo na música, eu dei uma cansada, larguei, peguei meu telefone pra dar uma esparecida e comecei a olhar a rede social. E aí eu vi um post da Fê Paes Leme. Ela compartilhou uma entrevista da Clarice Lispector e era um trecho que ela falava que quando ela não tava criando, ela tava morta. Meu, aquilo foi uma facada no meu peito, assim, que eu comecei a chorar. Muito louco, porque pareceu um recado. Porque era justamente o momento em que eu estava me resgatando desse buraco. Eu entendi totalmente o recado e falei ‘Não posso parar.’ Eu tinha me desfeito do meu estúdio, mas dei um jeito, montei uma mesa, botei meu computador, montei um setup mínimo e comecei. E aí nasceu uma, duas… Corta, para, um ano depois, eu tava com umas 20 músicas, e aí comecei a chamar parceiros porque eu já tava do saco cheio de fazer sozinho. E aí… Cheguei em 54 músicas! Aí eu falei, bom, agora acho que já é suficiente pra tirar um repertório pra um disco.

Vi que entre esses parceiros estão nomes como Jenni Mosello e Lucs Romero, que são pessoas que estão super inseridas no mercado atualmente em trabalhos com outros artistas, como Carol Biazin, Luísa Sonza, entre outros. Você já conhecia essa galera?

É, grande parte eu conheci nesse processo agora. Tava muito tempo sem compor pra essa onda, pra esse estilo. Compondo só sozinho ou com meu parceiro do Manimal, que é o Julio, um grande amigo meu. Mas eu tava muito fora desse mainstream, mas aos poucos a gente vai atraindo pessoas que tão numa frequência parecida, sabe? Eu sinto isso. Quando eu vi, eu tava cercado de gente muito talentosa. Foram encontros incríveis. O Filipe Vassão e o Lucas Romero, por exemplo, nunca tinha trabalhado com eles e eles são os dois principais coprodutores ali, né? A gente produziu tudo junto. Também tem a participação mais pontual de outros produtores que somaram muito, tipo o Pabllo Bispo, Ruxel e Lucas Vaz. Tem a Bibi também, que é uma super compositora e ela tá muito inserida nesse movimento que existe hoje em dia. Aliás, quando eu fiz o meu camp de composição, até me surpreendi porque eu não sabia que era uma coisa que tava sendo tão praticada hoje em dia no mercado e eu achei incrível. É um processo muito rico de criação.

Você tinha uma ideia da sonoridade que você queria pro álbum ou ele foi se moldando aos poucos?

Então, de início eu não fazia ideia de como seria. Que pop seria esse, né? Pop abre muitas possibilidades. O universo pop é muito amplo, muito grande. Era uma grande questão pra mim. A minha sorte é a experiência [que tenho] como produtor. Eu passei o primeiro ano todo tentando construir isso. Entendendo qual que era a identidade sonora, assim. Eu lembro muito da sensação do início de abrir o computador, criar uma sessão nova. É a tela em branco do pintor, mas depois dos primeiros traços, a coisa começa a se revelar. E arte, acho que tem muito disso. Às vezes eu me sentia jogando uma tinta na tela. ‘Deixa eu ver que forma que dá.’ E a partir disso eu vou criando. Musicalmente, era meio que a mesma coisa, assim, sabe? Começa a caçar uns timbres e, de repente, quando eu vejo que tá tocando uma parada. Quando você vê, você já tá mergulhado numa ideia. Às vezes começa de um sample, às vezes eu pego um trecho de uma música…

Inclusive, tem uma citação de “Cotidiano”, do Chico Buarque, que me chamou atenção em “Passar dos Danos”. Essa música foi inspirada na Mônica, sua esposa?

Ah, sim, lógico. Tem muitas músicas [inspiradas nela]. Tem músicas que são mais específicas falando da gente, mas, de modo geral, a Mônica é a minha inspiração pra falar de amor, né? E tem muito amor no disco. A gente tem uma relação muito massa. Não é perfeito, como nenhuma relação é, então existem os momentos de dores [e eles] aparecem em vários momentos no disco, muitas vezes de forma sutil. Mas como fonte de inspiração, não só na hora de escrever as letras, mas também de fazer esse movimento. Ela me bota muita pilha, ela me estimula muito e é muito bom ter alguém do seu lado que te levanta, te bota pra frente, né? Eu tento fazer isso o máximo que eu consigo com ela também, e a nossa troca é muito legal nesse sentido.

Queria trazer uma outra faixa que também me chamou atenção: “Paraquedas”. Tem um desconforto nessa letra, uma ansiedade, é sobre isso?

Essa música é sobre a chegada da pandemia, dentro do meu ponto de vista, do que eu tava vivendo e tudo mais, então, daí vem esse desconforto e eu tentei falar sobre esse assunto da forma mais leve possível, então, ela é dançante e, às vezes, tem gente que acha que ela é uma música de amor, sabia? E pode ser, mas, assim, no momento em que ela nasceu, ela nasceu por causa disso, pelo momento que eu tava vivendo na minha vida e como isso surtiu efeito. A chegada da pandemia foi pra mim assim: tudo me dizia pra voar, mas eu caí. Foi exatamente assim que eu me senti.

Pegando o gancho na sua resposta, eu notei que tem muitas referências ao elemento ar no disco. Tem a música “Paraquedas”, a capa, onde você tá em queda livre, o clipe dentro de um hangar com um avião… Queria saber se isso foi pensado e se os clipes que foram gravados no hangar, sei que há outros além de “De Volta Pra Casa”, risos, serão sequenciados.

É, é uma história, a gente até ficou viajando num conceito de ser os sessions. Não ia ser nem um videoclipe, eu ia ali com a minha banda, num palco e a gente ia sair filmando um monte de coisa e lançar vários conteúdos. Acabou que a gente não sabe brincar e virou um monte de clipes, risos! Foram seis clipes gravados em dois dias, foi a maior loucura nesse sentido que eu já fiz, mas deu muito certo, a gente tá bem feliz com o resultado. Até dado o tempo que a gente teve pra isso, tá muito massa, mas ainda tá finalizando. Sobre o elemento ar, o disco chama “Solo”, né, então vem um pouco desse contraste também, do voo e do chão, da gente voar com os pés no chão. E ao mesmo tempo desse ambiente onde eu tô sozinho agora, acho que somando tudo os vários sentidos que esse nome pode ter, eu achei interessante. E aí veio o conceito do voo solo e aí tem a música “Paraquedas”, aí a gente já começou a brincar um pouco com a temática… e fomos pra um hangar! Risos!

Foto: Ivan Erick

Junior, você chega num cenário pop bem diferente do que você tinha lá atrás, nos anos 1990 e 2000. Muito maior, mas como dizem na internet, você capinou o pop brasileiro junto com a Sandy!

Cheguei aqui e tudo isso era mato, risos!

De uma maneira geral, vocês foram os primeiros a criar grandes turnês pop, clipes grandiosos, e agora temos esse cenário diferente, onde muita gente faz o que vocês faziam sozinhos. Tenho certeza que muitos desses artistas que estão aí têm vocês como referência. E você, o que você tá acompanhando deles?

Cara, eu acompanho meio de longe, meio sacando. Às vezes vendo um festival ou um show, às vezes na TV. Mas é muito massa ver essa evolução e perceber como tá agora e como a galera investe em show e tenta trazer umas produções mais abusadas e corre riscos. Eu acho que existiu uma evolução musical grande de lá pra cá. E isso só me alegra de ver. De coração, eu espero que esse disco inspire ainda mais outras pessoas pra chegar junto também e engrossar esse caldo da música pop brasileira, porque quanto mais gente tiver, mais legal fica, sabe? Eu acho que tem muito espaço ainda pra evoluir. Acho que cabe muita gente ainda fazendo esse som, fazendo pop. E é isso, o pop é muito amplo. Dá pra fazer muitos caminhos assim. O Vitor Kley inclusive participou do processo de composição de “Passar dos Danos”. A gente compôs junto. Aliás, ele é um moleque, além de ser um moleque incrível de firmeza como ser humano, é um super músico, compositor, cantor, muito talentoso.

E sobre a forma de consumo de música de hoje em dia: você levou em consideração coisas como o TikTok e a duração de faixa para emplacar em playlist durante seu processo de criação?

Ah, não. Não, de jeito nenhum. Foi a coisa que eu menos quis pensar nesse processo todo. Eu sinto que eu vivo uma parada que talvez não seja…  Não é uma coisa que todo mundo vive, sabe? É uma parada que… Tendo a história que eu tenho de carreira, o tempo que eu tenho de estrada e tendo feito tudo que eu já fiz, eu sinto uma liberdade muito grande e até uma certa responsabilidade, um dever, de me ver livre dessas regrinhas, desses padrões do que é comercial, do que é mercadológico. ‘Ah, porque hoje em dia a música precisa ter no máximo dois minutos’, Oi? Não! Eu não consigo pensar dessa forma e eu acho que eu nem devo. Eu acho que eu até me sentiria me traindo se eu tivesse voltado pra isso. Eu acho que eu tenho essa possibilidade de fazer o que eu acredito, sabe? Pra mim, o pop tem que ser assim, pelo menos o meu. Pra eu gostar de fazer, eu quero tocar desse jeito, eu quero que a música seja dessa forma. E eu, o tempo todo, fiz esse disco pro som, voltado pra música. O que que essa música pede, o que que essa melodia pede. Eu vou na emoção, na sensação e eu que eu sinto. Cara, no disco tem alguns solos de guitarra, que é uma coisa que foi se perdendo ao longo do tempo. E eu pensei ‘Vamos botar solo.’ Eu acho que é isso, assim. Eu sinto essa liberdade e essa responsa de fazer 100% o que eu acredito, o que eu gosto, pra que eu daqui 10 anos continue gostando.

Foto: Ivan Erick

Agora, a pergunta que os fãs mais querem saber: você está planejando um show ou uma turnê? Quando vai rolar o show?

Pode ser amanhã? Risos! Eu sou um viciado em fazer show e eu tou sem fazer show desde 2019. Minha última experiência de palco foi lá no Parque Olímpico, pra 100 mil pessoas!

Mas você tava bem à vontade!

Muito! Mas a sensação que eu tenho, principalmente tocando um repertório como o de Sandy e Junior, que é uma parada fácil. E aí, quanto maior o público e o palco, mais gostoso. Eu gosto muito de fazer show. Em diversos momentos fazendo esse disco eu mega me imaginei tocando esse som ao vivo, já é uma coisa que é quase que inevitável pra mim. E eu já percebo que pra muitas pessoas a minha volta também, sabe? É uma coisa que não dá pra desligar uma coisa da outra. Então eu tenho muita vontade de voltar pro palco. Não vai dar pra fazer ainda agora, né? Estamos já no final do ano e eu gostaria de terminar de lançar o disco, lançar o “Volume 2” também pra ir pra estrada. Então espero não demorar pra lançar essa segunda parte pra poder já criar um show, criar toda a turnê. É um trabalho também grande. Então uma coisa de cada vez. Primeiro o foco do lançamento que também já é bastante coisa. Mas assim que for possível, o que eu mais quero é pra estrada e tocar e me juntar com a banda e viver isso.