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Juliana Paes abriu mão da vaidade para papel em “Pantanal”

O remake da novela foi o último trabalho da atriz antes de finalizar o contrato com a Globo
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

O remake da novela “Pantanal”, que foi ao ar originalmente em 1990, está prestes a ser lançada e aqui no POPline você já viu declarações de alguns atores sobre a pressão de adaptar um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira. Agora, foi a vez de Juliana Paes se manifestar. A atriz interpreta Maria Marruá, mãe de Juma.

(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

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Maria, na primeira fase da novela, aparece como uma esposa dedicada, dócil e servil. Leva uma vida sem luxo e conforto algum. Ainda assim, se considera feliz, ao menos até enterrar cada um dos três filhos que tem. A morte deles muda Maria, de forma que quando chega ao Pantanal ao lado do marido Gil (Enrique Diaz), é um retalho de gente, sem vida, sem alma, sem esperança.

Ao engravidar de Juma (Alanis Guillen), recebe a filha com ar de maldição, em um parto na beira do rio com o intuito de colocá-la no bojo da canoa e empurrá-la para as águas. Não por falta de amor, mas porque não pode suportar a ideia de perder outro filho. O destino, porém, as quer juntas. E a natureza encontra uma maneira de fazer isso acontecer.

(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

O POPline esteve presente em uma coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (15), e conversou com Juliana Paes sobre o trabalho. “Pantanal”, com estreia prevista para 28 de março, foi a última novela da atriz antes de finalizar seu contrato fixo com a Globo.

Juliana passou por um intenso processo de caracterização. A atriz e Valéria Toth, responsável pelo visual dos personagens da Globo há 15 anos, uniram toques pessoais, como os próprios cabelos brancos de Ju, para compor o visual de Maria Marruá.

“A gente começou a imaginar como seria o rosto de uma mulher que nunca se protegeu do sol, que nunca usou protetor solar ou chapéu. Melasmas, manchas. Tem também as marcas de expressão, como fazer com que isso ficasse natural? A gente foi pensando nas linhas de expressões marcadas. Nas sobrancelhas que não são feitas. O cabelo branco. O meu cabelo branco natural que ia dando a linha do cabelo dela”.

Ela precisou abrir mão de sua vaidade, parando de cuidar das unhas e deixando a sobrancelha e os cabelos brancos crescerem. Ela também fez algumas manchas na pele e usou efeitos especiais nas mãos “para registrar as marcas de serviços físicos pesados”.

O figurino de Maria Marruá também é bem específico: “As roupas são manchadas com fuligem. Tem cenas dela e do Gil cortando cana. Muitas roupas foram manchadas artificialmente que era para estas manchas não saírem”, explicou a atriz.

“É gratificante poder abrir mão da vaidade, da estética vigente. Mais que abrir mão disso, vejo beleza nisso. Eu vejo beleza nas olheiras, eu vejo poesia nas marcas do tempo”, completou Juliana.

(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

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“Pantanal” traz memórias afetivas

Para a atriz, a nova versão de “Pantanal” vai mexer bastante com o emocional de quem teve a oportunidade de assistir a novela dos anos 1990: “Acho que como muitos brasileiros da minha geração ‘Pantanal’ está num lugar de memória afetiva”.

Juliana ainda dividiu uma lembrança que tem de sua família, quando o pai e a mãe ficavam na sala vendo televisão: “Eu lembro da posição do meu pai e da minha mãe na sala, do sofá”.

Era uma atmosfera diferente na casa das pessoas. Acho importante investir nesta memória afetiva. Claro que para novas gerações será novidade, mas tem um público cativo que está emocionado de rever esta história”, declarou.

A atriz, inclusive, disse que o público poderá se identificar bastante com Maria Marruá do remake. Isso porque a personagem passa por diversos conflitos e provações enquanto de redescobre na medida em que a novela passa.

“Acho que o público vai se identificar com a redescoberta, de que apesar de todas as dores ainda é possível encontrar um lugar de amor que é quando Juma nasce. Depois de tantas perdas, porque ela também perde o Gil, e ela descobre um amor pela filha, pela vida que não para de nascer. Talvez a identificação venha por essa necessidade que a gente tem de continuar, se seguir, apesar de tudo“.

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