Jotta A viveu durante muitos anos ligada à religião, até que se entendeu como uma mulher trans e deixou o gospel pelo pop. A cantora, que lançou nesta semana o single “Apollo 11”, revelou com exclusividade ao POPline que hoje sua fé tornou-se “algo muito particular” e que busca “viver mais e falar menos”.
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Primeiramente, ainda na infância, Jotta A teve seu primeiro contato com a fama quando venceu a competição de calouros do “Programa Raul Gil”. Nesse sentido, ela assinou com uma gravadora gospel e um de seus álbuns, o “Geração Jesus”, chegou a receber uma indicação ao Grammy Latino. Mas com o tempo veio o amadurecimento e a necessidade de se reconhecer.
A mudança aconteceu durante a pandemia da Covid-19, quando decidiu romper o vínculo entre religião e profissão para apostar no pop. A cantora declarou que hoje enxerga sua relação com Deus de outra maneira: “Acho que a fé se tornou algo muito particular pra mim”.
“Na minha infância e adolescência sempre expus muito as minhas crenças. Não acho que isso seja errado, mas hoje busco viver mais e falar menos. Espero que as pessoas coloquem suas vidas à frente de qualquer religião. Pois se existe algo sagrado, é viver em paz”, explicou.
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“Estou feliz e leve após me libertar”, diz Jotta A
Ademais, Jotta A confessou que cada vez mais se sente acolhida e agradece a recepção dos fãs: “Todos os dias recebo mensagens de outras pessoas que estão se libertando após conhecerem minha história. Estou feliz e leve após me libertar”.
Ademais, a cantora também deu sua opinião ao POPline sobre as recentes declarações homofóbicas de Bruna Karla. De acordo com ela, “as nossas culturas ainda mantém tradições milenares”.
“Sempre coube a nós a decisão de escolhermos olhar para o passado ou para o futuro. Acho que hoje temos o direito de seguir líderes e conceitos que nos representam. A melhor maneira de lidar com a LGTBTfobia é continuar beijando as mesmas bocas de pessoas que amamos e seguir vivendo da maneira que somos“.
A seguir, assista ao vídeo de “Apollo 11”: