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Jornalista Daniel Setti lança podcast “Do vinil ao streaming: 60 anos em 60 discos”

Daniel Setti. Foto: Divulgação.

O jornalista e artista paulista Daniel Setti leva seu livro “Do vinil ao streaming: 60 anos em 60 discos”, para as plataformas de streaming, no formato de podcast. Os episódios convidam o público a pensar em dez razões fundamentais para se escutar alguns dos álbuns que marcaram as décadas de 1960 a 2010. Publicado em 2023 pela Autêntica Editora, o livro é transformado em podcast pela Audioink.

Livro “Do vinil ao streaming: 60 anos em 60 discos” de Daniel Setti. Foto: Divulgação.

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O público que conhece “Do vinil ao streaming: 60 anos em 60 discos” já pode conferir a primeira temporada do podcast de Setti. Com seis episódios, cada capítulo dedica-se a um álbum icônico do pop internacional das últimas seis décadas.

Segundo o autor, a ideia é manter a essência da proposta que o levou a escrever o livro em outra linguagem. Os episódios contam a história e analisam a importância de 60 álbuns internacionais das últimas seis décadas, lançados em diversos formatos, como LP, CD, MP3 ou streaming.

“Foi um processo prazeroso e intenso fazer a adaptação e a reorganização do texto do livro ao formato podcast. Em um meio de alcance tão grande e rico em opções como esse, o conteúdo acaba ganhando uma nova vida. Nesse processo, muitas histórias e reflexões novas sobre os álbuns do livro foram surgindo, e são exclusivas do podcast”, afirma Setti.

De Lennon a Lana, o podcast “Do vinil ao streaming: 60 anos em 60 discos” desenha a árvore genealógica de gênero e subgêneros da música pop, principalmente deorigem inglesa e estadunidense.

Isabel Lenza, diretora criativa da Audioink. Foto: Linked-in / Divulgação

“Eu conheço o Setti e sua oratória passional e divertida sobre a música há uns vinte anos. Quando o encontrei em sua tour de lançamento do livro, logo quis saber se viria também um podcast. Eu ainda estava nas primeiras conversas com a Audioink, mas ali já sinalizei a todos a potência desse encontro para fazer acontecer esse projeto” afirma Isabel Lenza, diretora criativa da Audioink.

Navegando pelo rock, soul, funk, hip-hop, punk, pós-punk, heavy metal, new wave e indie rock, o projeto apresenta o encontro entre a arte, a sonoridade e o cotidiano, com contexto histórico e as transformações sociais e políticas de cada década.

“Estamos muito animados por inaugurar a área de podcasts da Audioink, tendo a Isabel como diretora criativa e lançando um conteúdo de alto nível do Daniel Setti na nossa estreia. O trabalho de pesquisa dele é muito bacana e a maneira como ele conta as histórias é uma delícia de ouvir”, diz Paula Zakia, sócia da Audioink.

Do LP ao streaming

Em entrevista ao POPline.Biz é Mundo da Música, Setti descreve a motivação de dialogar com várias gerações através do podcast.

“É fato que o conceito de álbum pena para ser compreendido por uma parcela das novas gerações. Uma pesquisa feita em 2019 pela plataforma Deezer com 2 mil pessoas apontou que 15% dos britânicos de até 25 anos jamais escutaram um disco inteiro em sua vida”, afirma Daniel Setti.

O jornalista, que se dedica à música também como produtor e baterista, tece ainda críticas sobre o boom das plataformas de streaming.

“É inegável, também, que o reinado do streaming instaurou a skipização e a playlistização do gosto musical. Ainda assim, os artistas continuam a lançar discos – mesmo que virtualmente –, parte considerável do público persiste em escutá-los e a crítica em repercuti-los nas suas infinitas listas, como sempre fez”, completa Setti.

Setti ainda comenta que o podcast surge para dialogar com interessados na história da música, principalmente que buscam análises feitas por brasileiros sobre o mercado fonográfico mundial. O escritor também compartilha com o POPline.Biz sua avaliação sobre a resistência do formato de álbuns para registro de obras.

“Atravessando heroicamente todas essas eras e resistindo à dança dos formatos, o álbum permanece como uma ideia, uma ferramenta, um canal de comunicação que sela um compromisso duradouro entre artista e público, em contrapartida ao prazer efêmero ofertado pelos singles. Acredito que a experiência da audição disso que convencionamos chamar de álbum é comparável à de se ler um livro ou ver um filme”, defende Daniel Setti.

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