Após deixar o “BBB21“, João Luiz Pedrosa, que já trabalhava como professor, se consagrou como apresentador. Além do “Trace Trends“, em que fala sobre cultura afrourbana, o mineiro também criou seu próprio canal sobre cultura pop, o “Popeando“. Em entrevista ao POPline, João comentou, principalmente, sobre a influência de artistas negros na música e o que precisa mudar para que eles tenham mais visibilidade.
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Desde que o mundo é mundo, artistas negros sempre fizeram a diferença na música. E mesmo que muitos tenham reconhecimento nos dias de hoje, a estrada ainda é longa para que, principalmente, novos artistas consigam o seu espaço. Mas, para João Pedro, esse cenário está mudando aos poucos.
“A gente ainda está firmado na base do racismo, isso é um fato“, declarou o apresentador. “O que eu acho que é muito importante, e tem acontecido dos últimos anos pra cá, é que essas pautas começaram a atingir outros níveis que antes nunca foram desestruturados”, completou.
Para o ex-BBB, artistas que antes não se viam obrigados a comentar sobre questões raciais, independente do cenário, passaram a ser cobrados por um posicionamento.
“O movimento Black Lives Matter, por exemplo, atingiu artistas que antes nunca foram exigidos a falar sobre isso. São questões em que as pessoas sempre estiveram na sua zona de conforto, elas nunca se posicionaram sobre nenhum tipo de debate, mas agora as pessoas estão, basicamente, batendo na porta e falando: ‘e aí, você não vai falar nada?'”, pontuou.
Lil Nas X é a nova ‘diva pop’ do momento?
Paralelo aos debates raciais, novos artistas negros têm conseguido se destacar nas paradas de sucesso, como é o caso de Lil Nas X. Além da representatividade óbvia que o artista traz, João Pedrosa acredita que a voz de “MONTERO (Call Me By Your Name)” também está revolucionando o rap.
“Eu acho que a gente tá se vendo em ambientes do entretenimento e do audiovisual que antes a gente não tinha nenhum tipo de representatividade. Isso tem acontecido bastante no rap e no hip-hop porque é um gênero musical majoritariamente dominado por homens heterossexuais”, comentou.
“Aí quando você vê pessoas LGBTs, assumidamente LGBTs, em espaços que são majoritariamente heterossexuais, é muito massa. Porque a gente começa a consumir um conteúdo que a gente se vê na letra”, disse João sobre o trabalho de Lil Nas X. “Eu acho que ele é uma figura muito importante e necessária“, completou.
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