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J Balvin posta vídeo de quatro minutos explicando boicote ao Grammy Latino: “nos usam para audiência e não nos dão o que merecemos”


J Balvin postou um vídeo de quatro minutos no IGTV nesta quarta (24/9) explicando seu posicionamento com relação ao Grammy Latino. Na véspera, o cantor convocou artistas a boicotarem a premiação, já que o reggaeton foi, na opinião dele, ignorado na lista de indicados. No vídeo, J Balvin explica que a expressão “sem reggaeton não há Grammy” não via desmerecer os outros artistas ou gêneros musicais. Pelo contrário, ele acredita que a Academia desmerece o reggaeton, mas que a produção da premiação sabe explorar o gênero na hora de buscar audiência. Para ele, esse é o problema.

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Frente a los Latin Grammy

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“O que queremos falar é que utilizam nosso poder midiático, porque movimentamos massas”, pontua o artista, “não estou de acordo que nos usem para audiência e não nos deem o que merecemos em nossas categorias. Tudo bem que não é um prêmio de quem mais vende, de quem mais tem streams ou de quem é mais querido pelo público, mas existe uma realidade que precisa ser mudada: as pessoas que estão votando precisam reconhecer o que é reggaeton, o que é trap, o que é um bom álbum de reggaeton, o que é um bom álbum de trap… Uma pessoa que sabe muito de salsa pode não ter imediatamente todas as condições para dizer o que é um bom álbum de reggaeton. Quem sabe de reggaeton que avalie o reggaeton, quem sabe de salsa que avalie a salsa”.

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J Balvin defende que o Grammy Latino não comporta a diversidade musical existente ao englobar reggaeton, trap, rap e todo o mais em uma única categoria – “música urbana”. “Nas indicações, dizem ‘urbano’ e nisso abrem o canal para meter qualquer pessoa que fez uma colaboração, que tenha uma bateria de reggaeton, ou alguém que canta rap… é uma confusão. Deveria ter uma categoria chamada ‘rap’, outra ‘reggaeton’, outra ‘trap’… e não enfiar tudo nesse grande nome ‘urbano’. Toda música é urbana, afinal”, afirma o cantor, que faz questão de parabenizar Rosalía e Alejandro Sanz por suas indicações. O problema não é com eles e sim com o método de avaliação.