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IZA comenta abordagem menos estereotipada das comunidades no clipe de “Meu Talismã”


Foto: Divulgação

Em alta como uma das técnicas do “The Voice Brasil”, IZA lançou recentemente o novo single “Meu Talismã”, que acaba de ultrapassar a marca de 4 milhões de visualizações no YouTube. Em um rápido bate-papo com o POPline neste último fim de semana, a cantora falou sobre a inspiração por trás do clipe dirigido por Felipe Sassi, que retrata um casal suburbano que supera as dificuldades do dia a dia com muito amor e cumplicidade entre eles.

“Me preocupei em transmitir aquilo que eu vivi. Sou de Olaria, tenho vários amigos da Penha, Bonsucesso, Ramos e adjacências… Do subúrbio carioca. E essa Zona Norte do Rio de Janeiro é muito linda, colorida, inventiva. Quando volta a luz, o bairro inteira comemora. Lembrar a vizinha de tirar a roupa do varal por causa da chuva, sabe? Essas coisas fazem parte do dia a dia de tantas pessoas e precisam ser celebradas”, conta.

IZA foi na contramão de muitos clipes famosos filmados em comunidades carentes. Em vez de mostrar o caos social, a violência ou a sexualização dos corpos, a cantora fugiu dos estereótipos e abordou um ponto de vista mais humanizado. “É muito importante que eu, como mulher negra, passe aquilo que eu acho que existe de mais poético, bonito e inspirador. Nós somos lindos na nossa simplicidade. Essa é a nossa realidade, a vida como ela é. Acho que vem muita gente de fora querendo consumir coisas que há muitos anos a gente vende como perfil brasileiro e nós somos diversos. Eu quis muito que este clipe retratasse isso: a nossa beleza.”

Comemorando um ano da turnê de “Dona de Mim”, seu álbum de estreia, IZA promete mais novidades para este ano. Com mais de 40 músicas compostas, o segundo álbum deve chegar no próximo semestre. Mas antes disso, os fãs terão novas músicas para curtir. Questionada sobre parcerias internacionais, ela deixou escapar que ainda este ano pode pintar uma colaboração.

“Pode ser que este ano a gente tenha mais coisas com pessoas lá de fora. O que não significa uma carreira internacional. Pra isso você precisa de uma equipe lá fora e de muita vontade também. Eu sinto muito que acabei de chegar aqui, estou amando viajar pelo país. Outros idiomas, principalmente o inglês, me seduzem porque faz parte da minha escola musical. Em algum momento vai acontecer”, conclui.