O CEO do Universal Music Group, Lucian Grainge, fez declarações sobre a inteligência artificial novamente na quarta-feira (26). Desta vez culpando a IA pelo “excesso de oferta” de conteúdo “ruim” nas plataformas de streaming e apontando os modelos de pagamento centrados no usuário como a resposta. As informações são da Billboard.
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As ferramentas de IA explodiram em popularidade nos últimos meses, e Grainge tem sido um grande crítico da tecnologia, que está sendo usada para imitar obras protegidas por direitos autorais, como na música “Heart on My Sleeve”, que usou IA para gerar vocais de Drake e The Weeknd, artistas da gravadora.
Durante uma ligação discutindo os ganhos do UMG na quarta-feira (26), o executivo disse que a IA contribui significativamente para um excesso de conteúdo de “baixa qualidade” em plataformas de streaming, experiências de busca turvas para fãs que procuram seus artistas favoritos e geralmente não tem “praticamente nenhum consumidor apelo.”
“De qualquer maneira que você olhe, esse excesso de oferta, criado ou não por IA, é simplesmente ruim. Ruim para os artistas. Ruim para os fãs. E ruim para as próprias plataformas”, disse Lucian Grainge, CEO do Universal Music Group.
O executivo destacou o papel das plataformas generativas de IA, que são “treinadas” para produzir novas criações depois de serem alimentadas com grandes quantidades de trabalhos existentes. No caso de plataformas de música de IA, esse processo envolve um grande número de músicas, que muitos na indústria da música argumentam que infringe os direitos autorais de artistas e gravadoras.
Grainge argumentou que “o dilúvio de conteúdo indesejado” gerado pela IA poderia ser reduzido com a adoção de novos modelos de pagamento das plataformas de streaming.
O UMG está atualmente explorando modelos “centrados no artista” com Tidal e Deezer, enquanto o SoundCloud e o Warner Music Group também anunciaram uma parceria nos chamados royalties centrados no usuário no ano passado.
“Com as estruturas de incentivo certas, as plataformas podem se concentrar em recompensar e aprimorar o relacionamento artista-fã e, ao mesmo tempo, elevar a experiência do usuário em suas plataformas, reduzindo o mar de ‘ruído’… conteúdo totalmente infrator”, disse Grainge.
Enquanto o UMG continua explorando modelos alternativos de pagamento por streaming com os parceiros Tidal, Deezer e outros, um analista na ligação de quarta-feira (26) perguntou a Grainge se, enquanto isso, a empresa consideraria licenciar músicas para uma plataforma de IA.