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Gal Costa, a ‘mãe de todas as vozes’, morre aos 77 anos

A cantora morreu aos 77 anos (Foto: Instagram / @Galcosta)

A cantora Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira (9) aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da artista, que ainda não divulgou a causa da morte. A baiana deixou um filho de 17 anos.

Luto! Famosos lamentam a morte de Gal Costa nesta quarta (9)

Último show da artista aconteceu no Coala Festival, em São Paulo (Foto: Instagram / @Galcosta)

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Recentemente a artista havia dado uma pausa em sua agenda de shows para passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita. Gal era uma das atrações principais do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último final de semana, mas teve sua participação cancelada em cima da hora. Conforma a assessoria, ela precisava se recuperar da cirurgia, o que a afastaria dos palcos até final de novembro.

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A cirurgia em questão aconteceu em setembro, pouco depois da apresentação da artista no Coala Festival, em São Paulo. Na ocasião, a cantora foi uma das atrações principais e se destacou ao declarar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições presidenciais. 

A cantora estava em turnê com o show “As Várias Pontas de Uma Estrela”, que já contava com apresentações marcadas para dezembro e janeiro.

Artista ícone nacional

Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos em 26 de setembro de 1945, em Salvador, Gal despontou no cenário nacional na década de 60 ao se apresentar em festivais com toda a sua potência vocal, se tornando a partir dali uma das grandes personalidades brasileiras.

No ano de 1969 lançou uma de suas maiores canções: “Baby”. Composta por Caetano Veloso, a música inicialmente seria para Maria Bethânia, mas acabou entrando no primeiro disco de estúdio da artista.

Amiga de Gilberto Gil, Caetano e Bethânia, com quem formou o grupo “Doces Bárbaros”, a artista esteve à frente da Tropicália, movimento cultural brasileiro que influenciou não apenas na música, como no cinema e sociedade da época.

Ousada e vanguardista, a cantora, que passeava tranquilamente do pop a bossa nova, foi referência de estética e comportamento para artistas das mais diversas gerações, chegando a ser eleita uma das sete vozes mais importantes do país pela revista Rolling Stone.

No último ano lançou o disco “Nenhuma Dor”, projeto que traz releituras de canções antigas com participações especiais de amigos e nomes marcantes da música popular brasileira, como Rodrigo Amarante, Criolo, Rubel, Seu Jorge, Tim Bernardes, Zeca Veloso, Zé Ibarra, Jorge Drexler e António Zambujo.

“A bossa-nova foi um movimento muito moderno, e somos filhos dela. Temos uma visão aberta e consistente do mundo – além do talento, claro. Esse é um dos motivos da longevidade da minha geração. Estamos em um período difícil e a música cura. Me curou todas as vezes. As pessoas estão ouvindo músicas do passado em busca de um tempo melhor do que o que estamos vivendo”, disse a artista ao Estadão, que concebeu o álbum durante a pandemia de COVID-19.

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