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Halessia estreia carreira musical e fala de capa para Vogue

Em entrevista ao POPline, drag queen comenta a sonoridade de “Supermodel”

Foto: divulgação

Halessia pode soar como uma novidade para os mais desapegados das redes sociais, mas a drag queen já acumula 6 anos de carreira e milhares de seguidores, que acompanham suas makes e danças. O seu single de estreia, com clipe lançado no dia 10 de março, remete a vida diante dos holofotes e ao mundo fashionista, da moda. Esse universo é familiar para a artista que esteve em uma das capas recentes mais emblemáticas da Vogue Brasil, ao lado de Pabllo Vittar e Glória Groove, e desfilou na passarela da SPFW e Casa dos Criadores.

Usando o mesmo sample que embala o a ‘intro’ do seu canal no YouTube, Halessia convidou o produtor musical Malharo para trabalhar na letra e na batida do single que abre sua carreira musical. Confira o vídeo de “Supermodel”:

O POPline conversou com a drag queen sobre os seus recentes passos na carreira e projeções para o futuro na música:

1) Você chega à música depois do sucesso de outras drags, hoje muito importantes no cenário nacional e internacional. Quais são os lados positivos e negativos desse momento para você?

– O lado positivo com certeza é já ter uma representatividade da minha arte no meio musical. Isso ajuda na aceitação e recepção das pessoas com o Supermodel. Eu fico muito feliz em ter várias amigas no cenário que, inclusive, estão me apoiando nessa empreitada. O lado que nem é negativo é justamente por ter muitas artistas já entregando um trabalho impecável. Eu preciso igualar esse nível para conseguir espaço na música também.

2) O seu primeiro single “Supermodel” se distancia muito da sonoridade das drags brasileiras e é mais semelhante ao das drags internacionais, como a Ru Paul. Por que escolheu este caminho?

– Já temos muitas drags brasileiras entregando várias sonoridades típicas do nosso país e arrasando demais. Eu amo acompanhar cada lançamento! Na hora da criação do Supermodel foi meio que no automático, eu já pensei na letra logo em inglês, então eu me deixei seguir pelo meu instinto. Com certeza tenho como referência RuPaul e outras RuGirls para a criação do meu som, quis trazer algo super pop, para tocar muito nas pistas das festas LGBTQIA+ do nosso país afora.

Foto: divulgação!

3) O que imagina para sua carreira de agora em diante, que o primeiro single já está “na rua”? Quais são seus planos?

– Tenho muita vontade de trazer novas músicas em breve, vou deixar a criatividade fluir, sem pressa. Quero me superar sempre e estudar o mercado. Estou acompanhando o desempenho de Supermodel e anotando tudo o que está dando certo nessa receita, para que as próximas já tenham uma base concreta.

4) Teve medo de lançar sua carreira musical em meio a pandemia? Chegou a adiar o seu lançamento? Por que?

– A pandemia foi o que mais me motivou a começar a trabalhar esse lado, eu consegui ter um tempo livre para desenvolver Supermodel e me dedicar a esse projeto, mas tivemos sim que adiar algumas vezes a estreia por conta de imprevistos envolvendo o momento em que estamos passando.

5) Acredita que ter participado da edição da revista Vogue, com drags na capa, lhe deu um pontapé interessante pra música? Como foi participar daquela edição da revista?

– Foi um momento único e mágico. Eu já conhecia todas as manas que fizeram parte do editorial para Vogue há muito tempo, então me senti em casa. A criação da música já estava rolando quando fotografamos a capa. A motivação de criar o single já vem de muito tempo, sempre foi um grande sonho para mim, mas que na correria da agenda eu nunca acabei me dedicando a isso. Estar em cima dos palcos eu sempre estive com performances e DJSETS, mas nunca cantando a minha própria música. Eu não vejo a hora de poder subir em um palco e fazer um show com Supermodel.