Em meio a polêmica da “CPI do Sertanejo”, Gusttavo Lima teve seu show na famosa “Festa da Banana” cancelado pelo Tribunal de Justiça da Bahia nesta sexta-feira (3). A decisão de chamar o artista foi da prefeita de Teolândia, Maria Baitinga de Santana (Progressistas), que alegou “ter o sonho de conhecer o cantor”. O cachê pago pela prefeitura foi de R$ 704 mil.
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A “Festa da Banana” é um evento tradicional na cidade e conta com shows de diversos artistas. O custo da contratação, porém, não agradou a todos, uma vez que o local foi vítima das fortes chuvas que atingiram o estado.
Desse modo, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo, o Tribunal de Justiça da Bahia cancelou o show de Gusttavo Lima. De acordo com a publicação, a suspensão ocorreu após um pedido do Ministério Público.
Teolândia enfrentou em dezembro duas enchentes que deixaram moradores desabrigados e destruiu estradas. Acontece que, na época, a prefeita da cidade alegou que não seria capaz de contornar a crise sozinha. Sendo assim, pediu que os moradores enviassem Pix para a conta da prefeitura e recebeu R$ 1,14 milhão do governo federal.
Só que a “Festa da Banana” estava avaliada em R$ 2,3 milhões, valor que corresponde a 40% do que o município destinou à saúde durante todo o ano de 2021, de acordo com o Ministério Público.
Prefeitura de Teolândia poderá pagar o dobro do valor do cachê de Gusttavo Lima se for multada
A Folha de S.Paulo ainda afirmou que a juíza Luana Paladino escreveu em sua decisão que, caso a Prefeitura de Teolândia descumpra a ordem, será multada em R$ 1,4 milhão, o dobro do valor do cachê do cantor.
A magistrada determinou que a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, a Coelba, suspenda imediatamente o fornecimento de energia elétrica ao local onde ocorreria a festa e que os equipamentos de som sejam lacrados. Os oficiais de Justiça podem pedir apoio à Polícia Militar para cumprir a decisão.
A Prefeitura de Teolândia foi procurada para comentar o caso, mas não retornou. Ao jornal Gusttavo Lima disse que “não pactua com ilegalidades” e que não é seu papel “fiscalizar as contas públicas”.