Não são só ataques virtuais que vem sofrendo Sam Smith… O cantor de “Unholy” estava passeando pelas ruas de Nova York, nos Estados Unidos, nos últimos dias, quando foi recebido aos gritos por uma mulher, que claramente proferiu falas homofóbicas ao artista. Dentre as ofensas, ele chegou a ser chamado de “demoníaco”, “malvado” e até “pedófilo”. Os ataques ao cantor se intensificaram após uma performance no Grammy Awards ao lado de Kim Petras, que adotava uma estética “profana”.
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No vídeo, que começou a circular nas redes sociais nesta quinta-feira (16), Sam não revidou aos ataques vindos da mulher, apenas filmou toda a cena causada por ela. Além de todos os xingamentos, ela chegou a dizer que “o lugar dele era no inferno”.
Sam Smith gets heckled in NYC .#news #nyc #Wednesday pic.twitter.com/9OR6vrIdsQ
— Viral News NY (@ViralNewsNYC) February 16, 2023
Smith, que se autodeclara uma pessoa não-binária, tem sofrido uma onda de “hate” não apenas por ter se assumido de tal forma como também por sua vestimenta e seu corpo. Até mais do que acontecia no início da carreira, ele tem sido constantemente vítima de gordofobia.
A situação tomou uma proporção maior e ainda mais alarmante após a 65ª edição do Grammy, na qual ele e Kim Petras, que levaram o gramofone de “Best Pop Duo/Group Performance”, entregaram uma apresentação do hit “Unholy” que deu o que falar. Com estética “profana” e tendo sua rebeldia exaltada por ninguém mais ninguém menos que Madonna, a dupla teve uma das performances mais comentadas da noite.
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Grammy 2023: Representante do Satanismo rebate comentários sobre Sam Smith e Kim Petras
Madonna anunciou a performance de Sam Smith e Kim Petras durante o 65º Grammy Awards no último dia 5 prevendo a controvérsia. A apresentação de “Unholy“, colaboração vencedora do prêmio de Melhor Performance Pop em Duo, naquela noite gerou uma reação de políticos de direita e representantes conservadores, que acusaram os artistas de satanismo. Um representante da Igreja de Satanás rebateu os comentários.
Com adereços e figurinos vermelhos, a dupla colocou uma jaula no centro do palco, em que dançarinos reproduziam movimentos sensuais com chamas ao fundo. Muitas teorias da conspiração começaram a surgir nas redes sociais, apoiada por líderes políticos de extrema direita, ligando os artistas ao satanismo.
David Harris, representante da Igreja de Satanás, rebateu os comentários em uma declaração ao TMZ. Para ele, a performance de Smith e Petras foi apenas “boa” e que não houve “nada particularmente especial”. Sobre as comparações com o satanismo, Harris declarou: “É triste quando os políticos em um cenário nacional usam a religião de alguém como uma piada.”
O líder da Igreja de Satã descreveu os ofendidos pela apresentação como “delicados flocos de neve”.
Kim Petras faz história com Sam Smith e a agradece a Madonna no Grammy
Uma nova página das conquistas da comunidade LGBT ao redor do mundo acaba de ser escrita… Durante a 65ª edição do Grammy Awards, que acontece em Los Angeles nos Estados Unidos, a cantora Kim Petras fez história ao se tornar a primeira mulher trans a vencer a categoria de Melhor Performance Pop de Duo/Grupo ao lado do cantor Sam Smith. Eles receberam o cobiçado gramofone dourado pelo hit “Unholy“. Durante o discurso, cujo tempo Sam cedeu todo para Kim, a artista agradeceu a influência de Madonna em sua vida.
“Eu sou a primeira mulher trans a vencer esse prêmio. Eu quero agradecer todas as lendas trans que vieram antes de mim. […] Obrigada Madonna, por lutar pelos direitos LGBTQIA+. Eu não estaria aqui se não fosse por você. Sam, eu te amo“, agradeceu Kim Petras.
A primeira mulher trans a vencer um Grammy foi Wendy Carlos, na década de 1970, pelo álbum “Switched-On Bach“.