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França entra na lista de países que passam a proibir o TikTok em dispositivos governamentais

O país segue os movimentos semelhantes dos EUA, Canadá, Reino Unido e Comissão Europeia nas últimas semanas
Foto: Unsplash

A França entrou na lista de países que proibiram o TikTok em dispositivos governamentais. A medida foi anunciada pelo Ministro do Serviço Público, Stanislas Guerini, na sexta-feira (24). O país segue os movimentos semelhantes dos EUA, Canadá, Reino Unido e Comissão Europeia nas últimas semanas.

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O comunicado do governo francês afirma que a proibição se aplica a ‘aplicativos recreativos’ e destacou o TikTok no anúncio. A Associated Press e a AFP informaram que a proibição também inclui Twitter, Instagram, Netflix, além de aplicativos de jogos como Candy Crush, bem como os de namoro.

“Aplicativos recreativos não possuem níveis de segurança cibernética e proteção de dados suficientes para serem implantados em equipamentos administrativos”, disse Stanislas Guerini, Ministro do Serviço Público, em comunicado. “Esses aplicativos podem representar riscos à proteção de dados entre administrações governamentais e funcionários públicos”, acrescentou.

Stanislas Guerini, Ministro do Serviço Público. Foto: Divulgação

A empresa de pesquisa de marketing TheB2BHouse estima que o TikTok tinha 14,97 milhões de usuários na França em 2022. Até 2026, esse número deve chegar a 17,58 milhões.

Para o TikTok, a proibição na França marca um novo desafio para o aplicativo de propriedade da ByteDance, à medida que os legisladores dos EUA avançam com a legislação para a proibição total do aplicativo no país.

“A Câmara vai avançar com a legislação para proteger os americanos dos tentáculos tecnológicos do Partido Comunista Chinês”, disse Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, no Twitter no domingo (26).

Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA. Foto: Divulgação

Na quinta-feira (23),  Shou Zi Chew, CEO do TikTok, testemunhou perante um Comitê da Câmara dos EUA, onde ele foi questionado por cerca de cinco horas pela influência da China sobre a plataforma e seu efeito na saúde mental das crianças. Aos legisladores, Chew disse que quase metade dos americanos usa o aplicativo e uma proibição “prejudicaria” a economia do país.

A proibição, no entanto, está enfrentando oposição de alguns funcionários do governo, como a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, que estreou recentemente no TikTok, dizendo que o projeto de lei bipartidário para proibir o aplicativo nos EUA não parece certo.

“Acho que é importante discutir o quão sem precedentes seria uma mudança. Os Estados Unidos nunca proibiram a existência de uma empresa de mídia social, de operar em nossas fronteiras. E este é um aplicativo que tem mais de 150 milhões de americanos nele”, disse a deputada Alexandria Ocasio-Cortez.

Deputada Alexandria Ocasio-Cortez. Foto: Divulgação

Além da França e dos EUA, um número crescente de países e agências governamentais implementou medidas contra o uso do TikTok, incluindo Reino Unido, Canadá, União Europeia e Nova Zelândia.

Esses governos citaram preocupações com segurança cibernética e proteção de dados, dizendo que os usuários do TikTok correm o risco de ter suas informações, incluindo dados pessoais e localização, transmitidas à China para uso pelos militares. Por sua vez, a plataforma da Byte Dance repudiou as alegações, dizendo que a empresa não é propriedade do governo chinês.

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