A indústria da música gravada dos EUA gerou US$ 15,9 bilhões, o equivalente a R$ 82,3 bilhões, em 2022. Esse dado é do relatório de final de ano da Recording Industry Association of America (RIAA) publicado em 9 de março, que aponta que, no varejo, as receitas de música registradas no país, ou seja, dinheiro gasto em assinaturas de streaming, bem como música física e digital, cresceu 6,1% ano a ano, o sétimo ano consecutivo de crescimento do mercado. As informações são do Music Business Worldwide.
O streaming gerou a maior parte dessa receita geral. Este cresceu 7,3%, para um recorde de US$ 13,3 bilhões, o equivalente a R$ 82,3 bilhões, em receita e, coletivamente, representa 84% da receita total de música gravada nos EUA, ligeiramente acima dos 83% em 2021.
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No atacado – ou seja, o dinheiro que retorna às gravadoras, distribuidores e, finalmente, aos artistas – a indústria de música gravada dos EUA gerou US$ 10,3 bilhões em 2022, R$ 53,3 bilhões. De acordo com os dados da RIAA, aumentou 5% e marcou a primeira vez que as receitas de atacado ultrapassaram US$ 10 bilhões no mercado, aproximadamente R$ 51,8 bilhões.
Os serviços de streaming
A análise dos dados da RIAA revela que as receitas de varejo de serviços de assinatura paga, incluindo Spotify Premium e Apple Music, cresceram 8% , para US$ 10,2 bilhões, o equivalente a R$ 52,8 bilhões, em 2022. Assim, ultrapassando pela primeira vez a marca de US$ 10 bilhões anualmente.
As receitas de assinatura paga representaram 77% das receitas totais de streaming e quase dois terços das receitas totais. Esse valor inclui US$ 10,2 bilhões estão as receitas de assinaturas de nível limitado (serviços limitados por fatores como acesso móvel, disponibilidade de catálogo, recursos do produto ou restrições de dispositivos), que cresceram 18%, para US$ 1,1 bilhão.
RIAA ainda observa que serviços como Amazon Prime, Pandora Plus, licenças de música para serviços de streaming de fitness e outras assinaturas estão incluídos nesta categoria.
O número médio de assinaturas pagas de serviços de música sob demanda no ano cresceu 10%, ou seja, 92 milhões. Em 2021, a média era de 84 milhões em 2021.
Aprofundar os dados da RIAA revela que as receitas de música de streaming sob demanda com suporte de publicidade, por meio de serviços como YouTube, a versão com suporte de anúncio do Spotify, Facebook e outros, cresceram apenas 5,5%, ou seja, US$ 1,8 bilhão, aproximadamente R$ 9,3 bilhões.
Os serviços com suporte de anúncios contribuíram com 11% do total de receitas de músicas registradas em 2022.
Formatos físicos
Já as receitas dos formatos físicos de música atingiram US$ 1,7 bilhão em 2022, aproximadamente R$ 8,8 bilhões, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.
As receitas com discos de vinil cresceram 17,2% , para US$ 1,2 bilhão, ou seja, R$ 6,2 bilhões. Esse dado marca o 16º ano consecutivo de crescimento do formato. O vinil representou 71% das receitas do formato físico.
Além disso, pela primeira vez desde 1987, os álbuns de vinil venderam mais que os CDs em unidades — 41 milhões contra 33 milhões. Após uma recuperação em 2021 em relação ao impacto da pandemia de covid-19 em 2020, as receitas de CDs caíram 17,6 % , para US$ 483 milhões em 2022 — R$ 2.502 milhões.
Já as receitas de música de rádio digital e personalizada cresceram 2%, para US$ 1,2 bilhão — R$ 6,2 bilhões — em 2022.
Distribuição
A RIAA aponta que esta categoria inclui distribuições do SoundExchange para receitas de serviços como SiriusXM e estações de rádio na Internet, bem como pagamentos pagos diretamente por serviços semelhantes, incluídos no relatório como outro streaming suportado por anúncios.
No relatório, consta que as distribuições do SoundExchange caíram 3,3% para U$S 959 milhões em 2022, aproximadamente R$ 4.969 milhões. Enquanto outras receitas de streaming suportadas por anúncios de $ 261 milhões, equivalente a R$ 1.352 milhões, aumentaram 28%.
“O ano de 2022 foi marcado por um impressionante crescimento, sustentado mais de uma década após a explosão do streaming no cenário musical”, disse Mitch Glazier, Presidente e CEO da RIAA. “Continuando esse longo prazo, as receitas de streaming de assinatura agora representam dois terços do mercado, com um recorde robusto de US$ 13,3 bilhões”, completa.