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Entrevista: Sandy lança novo EP e nega inspiração em “folklore” da Taylor Swift

“Eu nem sabia como era a parte visual do disco da Taylor Swift. Foi uma coincidência”, diz.

(Foto: Divulgação)

Sandy está de volta à carreira solo. A cantora lança, nesta quarta (14/10), um EP visual de três faixas, chamado “10:39”. As músicas já estão nas plataformas digitais e o filme, dirigido por Douglas Aguillar (o mesmo do registro ao vivo da “Turnê Nossa História”), entra no YouTube ao meio-dia. “Eu nem dormi de ontem para hoje. Estava muito ansiosa para lançar isso. Esse momento chegou, finalmente”, ela comemora. O lançamento é fruto de uma necessidade de se expressar artisticamente durante a pandemia do coronavírus.

Ouça o EP enquanto lê a entrevista:

O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa virtual. Sandy recebeu jornalistas de todo o Brasil em uma videochamada no Zoom – software que se tornou a cara de 2020. Parte do trabalho novo também foi desenvolvido por ele. As primeiras reuniões da Sandy com o diretor foram remotas. A ideia dela era fazer “clipes de quarentena” (uma ideia muito menor) e ele expandiu o processo criativo. Foram gravar no haras de um amigo de infância, no interior de São Paulo, com equipe reduzida. Foi tudo muito rápido: Sandy levou dois dias para gravar os vocais e mais duas tardes para gravar o filme.

“Eu falei: ‘quero que seja em área externa’. Primeiro, a gente tinha até pensado na chácara do meu irmão, aí o Douglas fez uma visita e achou que não tinha o cenário ideal lá. Foi quando a ideia cresceu. Ele falou que queria árvores com mais cara de selvagem. Quando achamos esse haras, ele pôde viajar mais. Assim nasceu o conceito do clipe”, diz Sandy.

(Foto: Junior Lima)

A escolha das três músicas

Ela deseja que o público assista ao material nesta ordem: “Piloto Automático”, “Lua Cheia” e “Tempo” (sim, Sandy regravou sua própria música: julgou inspiradora para esse momento). Essa é a ordem do filme. Aliás, o título “10:39” se refere ao tempo de duração do pacotão. “O título é esse porque é tudo uma coisa só, uma unidade. Adoraria que as pessoas vissem os clipes dessa maneira, mas eles podem ser vistos de maneira independente também”, falou a cantora.

Apenas “Tempo” é de autoria dela. Sandy decidiu regravá-la depois de cantar a música no festival virtual SOS Rainforest, da ONG do Sting. Na ocasião, ela tinha pedido que o guitarrista Mateus Asato fizesse um arranjo especial para o evento. Ela amou o resultado. “Essa música é atemporal, né?”, diz a cantora, “na hora de conceber o EP, imaginei que seria ideal colocá-la e aproveitei já esse arranjo do Mateus. A gente fez o resto do arranjo, as cordas, tudo, em cima do que ele já tinha gravado. Foi muito legal. Foi uma coisa muito verdadeira, de expressão do que eu estava sentindo”.

As outras duas canções são de artistas que ela admira: “Piloto Automático” é da banda Supercombo e “Lua Cheia” é da banda 5 a Seco. Essa segunda, na verdade, foi a que catapultou todo o projeto. Durante a pandemia, Sandy se conectou com “Lua Cheia” e a letra a pegou de jeito. “É a maneira como a gente olha para as coisas que muda. Essa música sempre me emocionou, na verdade. Era uma das minhas favoritas. Mas dessa vez, na pandemia, vieram lágrimas nos olhos. Chamei o Lucas e falei ‘ouve essa música, eu preciso fazer alguma coisa com essa música. Você tá entendendo?'”, narra os bastidores.

Comparações com “folklore” da Taylor Swift

No filme de “10:39”, Sandy aparece perdida em um bosque, em uma narrativa de catarse que vai da confusão, passando pela tristeza profunda (ela chora no segundo clipe), até chegar ao grito. Ela berrou tanto na gravação que ficou rouca. Mas é a estética do filme que impressiona. Lembra “folklore”, o álbum mais recente da Taylor Swiftcomparação que já havia sido levantada quando Sandy enviou um convite para os jornalistas, com a imagem das folhas. Ela ficou surpresa com a comparação, porque não estava a par do que a americana tinha desenvolvido no seu disco, que foi nº1 em vários países e vendeu mais de duas milhões de cópias.

Foto: Divulgação

“Demorei a entender do que estavam falando. Eu nem sabia como era a parte visual do disco da Taylor Swift. Eu deveria saber, né? Já que sou uma cantora… (risos) Mas eu não estava prestando muita atenção na Taylor Swift… Eu não sabia. Foi uma coincidência”, explica.

Sandy diz que, na verdade, há outra coincidência envolvendo as duas: ela é fã de Bon Iver, que participa de uma faixa do “folklore”. “Se a gente pode fazer uma conexão, está aí: sou muito fã do Bon Iver. Mas eu não o usei como uma referência direta para os clipes nem nada. Nem sei direito como são os clipes dele. Ouço muito as músicas dele, mas não sou muito ligada na parte audiovisual do trabalho dele“, detalhou.

Nova sonoridade em “10:39” e novo projeto em 2021

Ela acredita que esse EP traz uma sonoridade distinta em sua discografia. Espera que gostem. “A cara, o jeitão dessas músicas, é diferente”, pontua, “eu senti que era um momento de livre expressão. Assim como a pandemia é uma exceção na nossa vida, esse EP também poderia ser. O que vem daqui pra frente, eu não sei. Não sei se vou continuar nessa onda ou se me identifiquei só nesse momento. Só sei que gostei muito. Se eu pudesse me traduzir em forma de música, seria desse jeito agora – com essa cara, esses arranjos, essa maneira de olhar”.

Para o ano que vem, Sandy já planeja outro projeto. Os planos que ela tinha em 2020, ela quer levar para 2021. “Era para eu já estar na segunda metade da turnê que eu tinha planejado. Confesso que foi triste para mim. Quando faço planos, como sou muito apaixonada pelo que faço, eu me apego logo”, confessa. Mas o que virá em 2021, ela ainda não revela. “Pretendo fazer a turnê igualzinha estava planejada, talvez um pouco antes, e o projeto que eu ia fazer. Isso está em suspenso, mas vou retomar, então não quero entregar muita coisa (risos)”, diz. O momento é de desfrutar de “10:39”.

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