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Entrevista: Multitalentosa, Emilia Pedersen fala sobre seu atual foco na carreira e primeira paixão – a música

Ela é atriz, modelo, influencer, ativista social, mas antes de tudo isso, Emilia Pedersen é cantora e compositora e falou sobre seus próximos lançamentos com a gente!

Foto: Reprodução / Instagram

Se pudéssemos descrever uma pessoa que seria a epítome da globalização (ou o fruto desse movimento), acredito que essa pessoa seria Emilia Pedersen. Nascida na Dinamarca, de pai dinamarquês e mãe brasileira, ela vive em Nova York, nos Estados Unidos, desde os 7 anos de idade e essa mistura de culturas contribuiu bastante na sua pessoa, que aparenta bem mais madura do que sua idade, e principalmente contribuiu para a sua arte. Ou podemos dizer, suas artes, no plural mesmo.

Foto: Reprodução / Instagram

Atriz, modelo (inclusive sendo eleita Miss Brasil Teen USA em 2016), a primeira e principal paixão de Emilia é a música. Desde pequena ela já se via como cantora, compositora, mas, muito ciente do trabalho envolvido nessa indústria, resolveu estudar e aperfeiçoar seu talento antes de se decidir se lançar como cantora profissional.

Essa decisão, inclusive, aconteceu recentemente e depois de chamar a atenção do público com seus vídeos de covers de vários sucessos internacionais e até brasileiros, ela lançou sua primeira música na forma de “Skyline”, produção de Bruno Martini.

E é exatamente sobre sua música e os próximos passos de sua carreira que o POPline conversou com Emilia Pedersen, que ainda revelou outros planos que envolvem mais música, ações sociais e moda, outra de suas grandes paixões.

O próximo lançamento de Emilia, inclusive, deve sair já em dezembro.

Confira a entrevista:

Foto: Reprodução / Instagram

Para te apresentar melhor ao público (e também te conhecer melhor), quero voltar bem no comecinho, quando você estava crescendo… Quando foi que você percebeu que sua paixão era a música e você queria ser cantora?

Desde pequena eu sabia que amava música e era tudo o que eu queria fazer, o tempo todo. Fiz aulas, cursos pra aprender sobre músicas, sobre músicas diferentes, como escrever, como ler, como compôr e como treinar minha voz.. E eu adorei brincar com minha voz pra ver o que eu conseguia fazer com minha voz. E isso era desde os meus três anos. Mas acho que eu descobri mesmo que eu queria ser cantora foi há uns quatro ou três anos, que eu falei pra minha mãe: é isso o que eu quero ser. Eu estou sempre escrevendo música, sempre apendendo coisas novas porque acho que é super importante pra testar o seu alcance, pra ver o que você consegue fazer e descobri o que você precisa trabalhar um pouco mais, então sempre era uma coisa que eu amei de paixão.

E por que você demorou tanto para se lançar oficialmente como cantora profissional?

Eu acho que demorou um pouco por que eu não pensei muito em fazer disso uma carreira, porque era uma coisa que eu amei fazer e só queria fazer o tempo todo, então eu não pensei que eu podia pegar uma coisa que eu amo tanto e criar uma carreira, um futuro pra mim. E também minha família nós adoramos fazer um monte de coisas, então eu também queria atuar, modelar, viajar, eu tô sempre viajando com minha família, então eu tô sempre experimentando coisas novas, fazendo outras coisas.. Então acho que por isso demorou um pouquinho pra eu falar que “calma aí, dá pra eu fazer isso todo dia pro resto da minha vida? Então vamos fazer!”

Você vem de uma família multicultural, com um pai dinamarquês e uma mãe brasileira. Essas várias culturas te inspiraram de alguma forma em sua música?

Sim, super! Eu nasci na Dinamarca, meu pai é dinamarquês, minha mãe é brasileira, meu irmão nasceu no Brasil também, mas também foi criado na Dinamarca. Mas com 7 anos em me mudei pra Nova York, nos Estados Unidos, que é também uma outra cultura… Então eu tive essas três culturas diferentes e eu acho que nisso eu fiquei pegando algumas coisinhas de cada cultura, de cada lugar e ficou uma mistura que é muito eu! Porque eu amo cultura, eu amo viajar. Eu costumo viajar umas 60 vezes por ano, óbvio que este ano não (risos). Eu fui pro Brasil três vezes este ano, acredita? Só em janeiro e fevereiro. Por causa dessa exposição a essas culturas diferentes, claro que ajudou na minha música também. Porque eu gosto de fazer música, que é pra todo mundo! Eu sempre falo que música é o idioma universal, porque não é só com as palavras, é como você se sente, as emoções que você passa na música. Então eu acho também muito importante tentar fazer uma coisa que todo mundo consegue se conectar junto e isso é muito importante pra mim.

Foto: Reprodução / Instagram

Falando em inspirações, influências… Você já falou outras vezes que suas inspirações são cantoras como Taylor Swift e Selena Gomez, mas eu queria ir mais atrás. Quais eram as suas inspirações quando você estava crescendo e descobrindo seu amor por música? O que você ouvia na época?

Nossa, meu Deus! Eu ouvia muito Michael Jackson quando eu era pequena! Minha mãe tem um vídeo.. (risos) de quando eu tinha uns dois anos, um nenêm… E eu fui e apertei o rádio pra sair o som do Michael Jackson e eu ficava lá dançando o Michael Jackson. Eu adoro ele! E Adele. Ela foi uma das artistas que eu comecei a descobrir minha voz cantando as músicas dela. Porque ela tem um alcance vocal fenomenal! Ele consegue ir muito alto e muito baixo também… Então eu tentei fazer a mesma coisa que ela e eu vi que umas coisas eu conseguia e umas coisas eu precisava ensaiar um pouco mais, mas esses dois eu me inspirei muito neles. Super!

Também em outras entrevistas, inclusive aqui no POPline, no quadro Novos Nomes, você descreve sua música como “Pop descompromissado”. Explica isso pra gente!

Então, o Pop descompromissado da Emilia é um Pop que é pra todo mundo. É pro mundo inteiro. Eu gosto de fazer música que as pessoas conseguem se identificar com ela. É muito importante pra mim que estejamos todos unidos, todos juntos e ouvindo música todos juntos e nos conectando com nossas emoções. Isso é muito importante pra mim. E “descompromissado” porque eu gosto d evários estilos de música diferentes, como falei, eu amo Adele mas amo Michael Jackson, Ed Sheeran, Billie Eilish… Super diferente, mas tudo dentro dessa família de Pop. Então por isso que chamo assim.

Eu tenho várias músicas que estão vindo, “Skyline” acabou de sair, que é um estilo e eu tenho outros vindo por aí, que são um pouco diferentes, mas ainda naquela família, que é um Pop super eu, mas cada música conta uma história diferente, usa instrumentos diferentes, é uma vibe diferente cada música.

Falando em seus lançamentos, você tem novas músicas e um EP pra ser lançado ainda neste mês de dezembro… O que você pode adiantar pra gente sobre esse projeto?

“Skyline” acabou de sair e tem mais um vindo… “Skyline” foi feita com Bruno Martini, que é brasileiro e ele é fenomenal, amo o estilo dele. Eu queria super trabalhar com ele e nós fizemos algumas músicas, a próxima que vai sair também foi produzida por ele. E eu gostei muito de trabalhar com ele porque nos entendemos muito bem! Temos o mesmo estilo e nós escrevemos juntos e fizemos a múisca juntos também. Então eu estou muito muito feliz de trabalhar com ele… E daí eu tenho mais algumas outras músicas que eu escrevi sozinha, que eu tô muito ansiosa pra vocês ouvirem! E são todas em inglês. Eu gosto muito de cantar em inglês porque é uma coisa que quase o mundo inteiro entende, mas, talvez, algumas coisas estão vindo que são em português! Não posso falar muito, mas vamos ver!

Como surgiu essa parceria com Bruno Martini? E como foi gravar com ele, você em Nova York e ele aqui no Brasil?

Nós temos muitos amigos em comum e nos conhecemos, trocamos Instagram e ficamos nos falando, pensando e falamos “Por que não fazemos alguma coisa juntos?” e a ideia saiu! Ficamos pensando “O que vamos fazer? Qual estilo que vai ser? Vai ser sobre o que?” E eu amo Nova York, eu moro aqui, e ele também gosta muito de Nova York, então nós pensamos “Tá, Skyline. Falamos sobre Nova York”.

“Skyline” é super uma música que você não tem medo de ser diferente das outras pessoas, que você consegue ser “unique”, como eles falam aqui em Nova York. Então eu queria muito falar sobre isso porque isso também é muito importante pra mim. Sempre, desde que eu era pequena, eu sempre amei, não diferente dos outros, mas ser eu! Ser 100% eu o tempo todo! E ele super topou, então bora! Escrevemos a letra, depois colocamos a música atrás e ficou o máximo! E eu pensei: “Skyline” tem que ser gravado aqui em Nova York, né? Fiz o clipe aqui em Nova York,em Manhattan, com o skyline de Nova York atrás, que é super lindo! Mas foi um pouco complicado gravar porque ele tava no Brasil e eu aqui em Nova York e já tava na época da quarentena e não podíamos viajar! Então eu e meu irmão, fomos pro estúdio do meu irmão, que ele tem um estúdio aqui dentro da casa, e ele gravou minha voz. William foi meu engenheiro de gravação, e o Bruno e o time dele estavam por Zoom, por Skype, e mandamos a gravação pra ele depois e quando ele foi editar, eu também tava no Zoom, no Skype, com ele! Foi assim que nós fizemos. Um pouco louco, mas deu tudo certo!

Falando em “Skyline”, essa é uma música com batidas eletrônicas… Será esse o direcionamento do EP ou teremos músicas com instrumentos reais?

Cada música é diferente! Mas as próximas que estão vindo também são pelo Bruno e são eletrônicas e são ótimas, tô muito animada pra vocês ouvirem. E tem outras que estão vindo, que é uma mistura. Tem um pouco de eletrônico, de instrumental. E eu estou escrevendo música e eu quero fazer uma coisa só instrumentos reais, que eu acho que vai ser muito legal, mas ainda estou escrevendo.

Vamos falar um pouco de Brasil! Você ouve música brasileira? Da nossa música atual?

Ouço, mas eu não entendo nada, meu português é péssimo! (risos) Eu falo melhor do que eu entendo e às vezes música é muito rápido, então não entendo. Às vezes tô lá ouvindo, não sei o que é, mas tá ótimo! (risos) Mas eu amo muito vários brasileiros.. Ivete Sangalo, tem uma voz incrível! Eu adoro sertanejo porque eu acho super brasileiro. Eu lembro que eu e meus primos, quando estávamos crescendo, eu via eles tocando e eu ficava entendendo algumas coisas, ouvindo algumas coisas… Marcos e Belutti também é muito bom, Fernando e Sorocaba muito bom também, Luan Santana, amo ele! São incríveis! Bruno Martini é incrível!

Tirando Bruno Martini, porque você já colaborou com ele, quem você escolheria da nossa música para uma parceria?

Ivete Sangalo, 100%! Gusttavo Lima, Luan Santana, Anitta, que ela tem um estilo super incrível também!

E internacionalmente? Quem seria? Se você pudesse escolher artistas internacionais para colaborar?

Ed Sheeram que eu amo tudo o que ele faz! Ariana Grande, que tem uma voz incrível! E Justin Bieber, eu amo o estilo dele, ele tem um estilo muito único pra ele e ele gosta muito de trazer as emoções dele, que é uma coisa que eu também gosto de fazer. Então trabalhar com ele seria ótimo.

Foto: Reprodução / Instagram

Ao finalzinho da entrevista, resolvemos falar sobre outro assunto de muita paixão para Emilia Pedersen: suas ações sociais. É nesse momento que a maturidade da cantora se mostra ainda mais impressionante, mesmo para uma garota de apenas 18 anos.

Seu conhecimento de mundo e noção da importância de suas ações para impactar outras pessoas de forma positiva é algo que dá esperança em adultos já desacreditados com o mundo nas gerações que estão por vir.

Saindo um pouco do campo da música… Qual a importância do seu ativismo social para você, em um nível mais pessoal? Não estou falando da Emilia cantora, celebridade, quero saber da importância disso pra você como pessoa….

Nossa, é muito importante pra mim. Eu cresci com minha família sempre fazendo caridade, desde pequeneninha. É uma coisa que minha avó passou pra minha mãe e minha mãe passou pra mim e pro meu irmão. Então é uma coisa de família. E eu normalmente não falo muito sobre isso porque não é uma coisa que eu faço pra mostrar, é realmente uma coisa que eu cresci fazendo e eu acho super importante se você puder, pode ser uma coisinha, pode ser uma bolacha, que você dá pra uma outra pessoa que consegue mudar completamente a vida de uma pessoa. Então é muito importante pra mim.

Esse trabalho que eu tô fazendo, também é muito importante pra mim porque eu adoro estudar, eu acho que estudo é a coisa mais importante que você pode fazer pra melhorar você como pessoa. E o que nós fizemos: nós fomos pro Brasil, onde tem alguns lugares que as pessoas não têm tantas condições de cuidar do estudo e algumas escolas que não têm esse poder pra dar o estudo que precisa pras crianças. Então fui lá, eu visitei a escola, queria ver como estava… E vi que a escola estava quase caindo e precisava de reforma. Então falei pra minha mãe: Eu não consigo ir embora daqui sem fazer nada! Então eu voltei pra Nova York, eu fui pras escolas aqui na minha comunidade em Nova York, Long Island, onde eu cresci, onde eu fui pra escola, e eu falei com meus professores, com o diretor da escola, e nós fizemos um projeto muito lindo junto que as crianças da escola aqui em Nova York, eu expliquei pra elas o que estava acontecendo no Brasil, em alguns lugares e antes mesmo de eu perguntar, eles já queriam ajudar! Eu achei incrível isso! Algumas crianças de sete anos que entenderam e queriam ajudar! Então eles foram pra casa e pediram aos pais.. Alguns lápis, lápis de cor, caderno, livros em inglês pras crianças no Brasil aprender… E o outro dia, eu tinha deixado uma caixa super grande, eu não achei que ia encher e chegar tanto material, mas era tanto material que não cabia mais dentro da caixa! E isso me emocionou muito! Então fui pro Brasil, levei todo esse material e compramos tintas, pintamos a escola de novo com várias cores… E eu mandei fotos das crianças de Nova York pras crianças no Brasil. E tirei fotos com as crianças do Brasil e mandei pras aqui de Nova York pra eles, tipo, ficarem amigos e entender como que foi, pra ver a reação das crianças e foi muito lindo. Eu amei fazer isso muito. E eu também tô fazendo um outro projeto que estou focando em trazer água limpa pro Nordeste do Brasil.. E tamb´m estamos trabalhando em trazer comida pra alimentar as pessoas, que tem algumas mães com bebês, que estão faltando comida, faltando leite. E isso não é importante só pra mim, mas pra minha família inteira. Não é uma coisa que eu faço sozinha, eu faço com minha família. Nós vamos juntos ajudar essas pessoas, então é muito importante pra mim.

Outro projeto envolve sua própria linha de roupas, outro sonho seu, e um grupo de costureiras do Nordeste que também foram afetadas pela pandemia. Conta pra gente….

Quando eu fiquei sabendo [da situação das costureiras] e queria fazer alguma coisa. De novo, peguei minha mãe e falei: “Que que podemos fazer?”. Então falamos com essas mulheres incríveis e elas toparam e começamos a fazer. Comecei a desenhar algumas coisas e elas começaram… Todo mundo trabalhando em casa! Cada uma na sua casinha, trabalhando, e elas fizeram uma boneca super brasileira, super estilo brasileiro, com os vestidos super fashion e eu pensei: “calma aí, vocês conseguem fazer uma linha de roupas pra mim?”. Que é uma coisa que eu sempre quis pra mim, eu amo moda, eu acho que é um jeito de você se expressar de um jeito super de estilo e eu acho importante que seja confortável no seu corpo e eu falei “vamos fazer, vamos tentar!”. E aí elas fizeram umas peças LINDAS, meu Deus! Eu estou muito animada pra mostrar pra vocês. Nós ainda estamos arrumando algumas coisinhas, mas já está tudo pronto. Quando eu vi as peças, eu fiquei muito feliz e elas são incríveis! É também outra coisa que foi super legal.

Foto: Reprodução / Instagram

Para encerrar a entrevista, Emilia Pedersen manda uma mensagem de amor e empoderamento para os seus fãs brasileiros (os atuais e os que surgirão):

Galera do Brasil, um beijo enorme pra vocês! Eu queria super agradecer vocês por todo o carinho que vocês estão me mostrando, não só pela minha música, mas também no meu Instagram. Eu acho que estamos ficando uma linda família e eu queria agradecer vocês. E eu também queria dizer pra vocês nunca terem medo de serem diferentes das outras pessoas, eu sei que quando eu estava crescendo, algmas vezes eu me sentia um pouco desconfortável em vestir, tipo, uma jaqueta super pintada, super diferente, ou um pouco com medo de fazer meu cabelo de um outro jeito, talvez pensando no que as outras pessoas iriam falar de mim… Então eu acho super importante, eu quero super que vocês vejam que você são únicos, são todos diferentes e é muito importante sempre ser você. Nunca tenha medo de ser diferente das outras pessoas. E um beijo enorme pra todos vocês, eu quero super ir pro Brasil dar um beijo em todos vocês!

Emília Pedersen é dessas artistas que a gente olha e a princípio já nos sentimos totalmente atraídos por sua simpatia, mas além de tudo isso ela tem talento, muito. E sabe explorar bem. E já está pronta para o estrelato, super desenvolta, certa de si (tanto de seus pontos positivos como dos pontos que ela tem que estudar, trabalhar mais) e não tem medo de aprender.

Ela é, realmente, um desses nomes pra gente prestar atenção e ver crescer.

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