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Entrevista: Malía fala sobre “Onda”, evolução na carreira e inspiração em Rihanna

“Onda” é uma parceria de Malía com Léo Santana.

Foto: Rogerio Von Kruger

Nesta sexta-feira (12/02) Malía lançou seu novo single “Onda“, com participação especial de Léo Santana. De cara, as pessoas já sentiram um impacto! É algo bem diferente do que a cantora carioca de 21 já fez. Em entrevista ao Portal POPline, ela ressaltou como essa é uma evolução de sua carreira, além de mostrar lados de sua própria personalidade musical que ainda são inéditos.

Como você classifica “Onda” na evolução de sua carreira?

Eu acho que é um momento muito importante para as pessoas entenderem quem é a Malía. Como eu tenho poucos lançamentos, ela diz muito sobre um lugar que eu também posso estar. É um lugar sonoro que eu curto também. É um caminho um pouco diferente do que eu tracei em um primeiro momento, mas também faz parte disso.

No clipe, você interpreta quatro personagens diferentes. Qual é o significado de cada uma?

Eu gosto de brincar com as personalidades do que eu posso ser. Todas as personas que eu incorporo são, na verdade, eu, mas cada uma com sua característica. Normalmente a gente escolhe e opta por estar mais livre, às vezes a gente quer ouvir mais reggae, às vezes mais funk… Tem mais a ver com as possibilidades do que eu posso ser e existem dentro de mim do que personagens de características diferentes.

Foto: Rogerio Von Kruger

Como foi a elaboração desses tantos lados?

Eu sempre gosto de inventar coisas! Eu queria que tivesse algo bem diferente nesse vídeo. Por mais que fosse um clipe em uma festa, bem pop, eu queria ter muita informação de moda. Foi muito divertido. Por mais que eu tenha participado, eu deixei um pouco mais na mão de quem já vem trabalhando comigo, que é o Marcell Maia, meu stylist, ele me trouxe referências de moda muito atuais que tem tudo a ver comigo. Então, a criação foi muito mais estética do que outra coisa, é um movimento pessoal meu.

“Em cada roupa eu me sinto diferente, eu me visto a partir de como eu estou me sentindo. A minha roupa é mais uma ferramenta para transbordar as coisas que estão dentro de mim.”

Foto: Rogerio Von Kruger

Uma das características, que tem referência da Rihanna, é da Bad Girl. Eu falo de vivência na música, de festa, da Cidade Deus, e isso tem muito a ver. Às vezes a gente externaliza em nosso trabalho outras coisas e eu quero mostrar com as personagens as partes que elas não conheceram.

Como foi a interação com Léo Santana?

Foi ótima, o Léo é incrível! Ele é muito maravilhoso e profissional. Eu aprendi muito com ele, coma maneira que ele conduz as coisas, a tranquilidade dele… Foi maravilhosa essa troca!

Foto: Rogerio Von Kruger

O que você acha dessa mistura de ritmos que a música promoveu?

Eu tenho procurado um conceito que eu dei o nome de trapcal, que é uma mistura de trap e de tudo o que é mais novo na música com instrumentos da música brasileira. Eu entendo que a valorização do que a gente tem hoje é um passo muito importante pela busca da identidade, pra gente entender quem a gente é enquanto pessoa, enquanto Brasil. Dar continuidade a isso é uma coisa que me faz feliz. Cada vez mais a gente toma um posicionamento de ser o outro e americanizar as coisas. Isso é importante, por conta da globalização, mas além disso a gente pode desenvolver junto o que é nosso, a nossa sonoridade. Então eu queria muito uma música que falasse sobre mim, sobre o Léo, sobre nós como potência vocal brasileira.

Você chegou a dizer que que essa música foi projetada para ser grande. Quais são suas expectativas?

Quando eu disso “Grande”, é muito mais sobre grande de energia e potência. Tudo aquilo que eu depositei, é porque a música foi escrita há dois anos. E nessa época, eu não tinha esse contexto que eu pudesse inserir essa música. Então, eu comecei a criar esse contexto. Tinha que fazer sentido pra mim e para o Léo.

“Para chegar aqui, existiu um trabalho e uma gestação do que eu queria, teve uma crescente até aí. Eu estou sentindo uma pressão porque as pessoas estão vendo que eu subi um degrau. Para mim, o resultado é a consequência de qualidade que eu posso trazer, mais do que os números por ser um feat. com Léo Santana”.

Antes mesmo do lançamento, com a prévia que a gente postou, já deu pra ver muitos comentários positivos!

Sim! Eu achei isso incrível! Eu fico que nem uma louca querendo saber tudo! Isso é muito importante, saber o que a galera está achando. Estou vendo muitos comentários sobre a qualidade do meu trabalho e isso é essencial.

Entre as inspirações, você citou a Rihanna, como já disse. Como ela mais influenciou no clipe e sem sua carreira no geral?

Se eu falar, as pessoas não vão acreditar! A Rihanna é uma diva que eu me inspiro. Eu brinco… Se a Rihanna fosse brasileira, como ela seria? Recentemente, eu tenho visto um reflexo disso em mim. Eu não sou uma pessoa que gosta de parecer com algo que já existe, só que quando inconsciente eu quero fazer um trabalho e me soa como a Rihanna, quer dizer que a referência é tão presente em mim que se torna natural. Quando a gente foi ver, a Rihanna estava em tudo!

“A Rihanna consegue me influenciar e fazer com que eu sinta uma coisa tão boa, que quando eu vejo eu estou espelhando isso. Ela não me influencia só na estética, ela me influencia no comportamento e no profissionalismo. Ela é incrível!”

Na música tem um “rum bum bum bum” e eu sempre cantava “Man Down”. Nem era pra ter isso, mas acabou sendo tão natural que acabou ficando. Aí o diretor veio com a ideia da inspiração no clipe de “Work” e eu achei a ideia incrível! Para fechar, o mais doido de tudo, foi a lace de cabelo curto que apareceu de última hora. Do nada, quando a gente viu, estava a Rihanna ali de novo. O conceito fechou!

Como fã, você também está meio “irritada” com a demora da Rihanna para lançar o novo álbum?

Eu não estou irritada, acho que já passou essa época. Os momentos que eu me irritei, foi por um lugar de fã, porque como artista, a gente sabe o quando é difícil criar um contexto que é o momento certo para lançar. Se você é um artista que pode fazer isso, você vai fazer. Chegou um momento que a Rihanna não está preocupada em vender, está preocupada em entregar um bom produto. As coisas têm que ser feitas no momento que têm que ser feitas. Nesse tempo, ela está fazendo coisas muito importantes para o mundo. Ela é necessária, até politicamente falando.

Representar a diversidade é importante para esse trabalho?

Essa é uma pauta que é um fato, já está acordado e eu nem preciso falar sobre com minha equipe. É o normal. Estou sempre pensando e falando sobre isso. Já está pré-estabelecido no meu trabalho e na minha vida, até porque não faria sentido nenhum se não tivesse.

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