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Entrevista: J. Balvin anuncia parceria musical com Anitta e fala sobre vontade de internacionalizar o reggaeton


Conhece J. Balvin? Deveria. O colombiano é o primeiro artista latino a obter o certificado de diamante nos Estados Unidos – esse que só tem gente top como Lady Gaga, Katy Perry e Justin Bieber. Ele ganhou o certificado pelas músicas “6 A.M.” e “Ay Vamos”, que lhe rendeu também o Grammy Latino de melhor performance urbana neste ano.

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Queridinho da América hispânica, J. Balvin tem 15,5 milhões de seguidores no Facebook, 6,8 milhões no Instagram e 3,3 milhões no Twitter. Sua popularidade já foi recrutada por popstars americanos para bombar na comunidade latina: ele gravou participações em músicas de Ariana Grande (“Problem” e “The Way”), Justin Bieber (“Sorry”), Maroon 5 (“Maps”) e Robin Thicke (“Blurred Lines”). Nos Estados Unidos, já fez turnê com Enrique Iglesias e Pitbull. Tudo faz parte de um plano maior: internacionalizar o reggaeton, gênero do qual ele se orgulha muito.

Para o ano que vem, ele está preparando um álbum novo e está de olho também no Brasil – essa entrevista é prova disso. J. Balvin virou amigo da Anitta e quer lançar uma música com ela. Já fala em clipe e tudo!

Você tem uma carreira consolidada na América Latina, e se nota que ultimamente está investindo em outros mercados, que não falam espanhol, como Estados Unidos e Brasil. Qual a importância de levar sua música para esses países?
É extremamente importante, porque a música é algo universal e o reggaeton é muito bom, tem toda uma nova geração de artistas do gênero, e eu acho que é muito importante que o mundo conheça isso.

Uma colombiana muito bem sucedida em ultrapassar as fronteiras do idioma é a Shakira. De alguma forma, você se inspira nela para a construção de sua carreira?
Também, claro! Obviamente, Shakira é um fenômeno musical muito grande, e é maior nome que temos em nosso país. Então, sim, me inspiro nela e a admiro 100% pelo que alcaçou.

Você fez uma turnê com Enrique Iglesias e Pitbull nos Estados Unidos. Como foi a recepção dos americanos?
Foi incrível, de verdade. Foi uma grande realização ver como nossa música atinge também a comunidade não hispânica, e poder conhecer fãs diferentes, de uma cultura diferente.

Você já tinha sido indicado ao Grammy Latino antes e ganhou neste ano. O que significa isso para você – o prêmio e o reconhecimento dos profissionais da indústria?
Total! É um sonho que foi realizado! Estava trabalhando por isso há muitíssimos anos, e dessa vez chegou a oportunidade, graças a Deus e ao público que foi afetado musicalmente. Foi ótimo.

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No seu canal no Youtube, o clipe de “Ay Vamos” tem 648 milhões de acessos. É um número de nível internacional. O clipe mais visto da Rihanna, por exemplo, tem 671 milhões de acessos. Você consegue identificar a razão do sucesso do single e do clipe “Ay Vamos”?
Bem… Quanto à música, eu acho que ela tem uma temática com a qual as pessoas se identificam facilmente, e o clipe é muito agradável, entretém e não é mais do mesmo. É outra situação.

“Ginza” é outro sucesso no Youtube e é o primeiro single do próximo álbum. O que se pode esperar do disco novo?
Acredito que podem esperar, realmente, muito mais reggaeton. Há toda uma geração nova para o reggaeton, fazendo coisas muito boas, e quero representar isso. Tem algumas misturas com outros gêneros, mas principalmente reggaeton.

O álbum já está pronto?
Vamos dizer que 80%. Faltam algumas músicas e alguns acertos finais. Mas vai chegar ao mercado no ano que vem e… fazer história.

Vai ter participações?
Sim! Por enquanto, estamos gravando todas as minhas partes e os instrumentos, e depois vamos pensar nas colaborações.

Eu pergunto, porque você gravou versões de músicas para a comunidade latina com Justin Bieber, Ariana Grande, Maroon 5, Robin Thicke, entre outros. Você chegou a conhecê-los ou apenas gravou sua parte e mandou, sem ter contato presencial?
Sim, com Justin Bieber, eu estive. Com os outros, não, mas com ele encontrei e tive uma boa química, o que permitiu que a música surgisse e chegasse a todos. Gravamos quando nos conhecemos.

Desses sucessos americanos que você gravou, qual você gostou mais de fazer?
Gostei de todos, mas com Justin Bieber foi uma realização, por causa de minha admiração por ele, e nosso encontro foi muito agradável.

Recentemente, Juanes twittou que gostaria de gravar com a Lady Gaga. Você tem alguém com quem sonha em fazer uma parceria?

Sim! Bem, Justin Bieber era um dos meus sonhos musicais. Rihanna! Rihanna seria genial.

Se você tivesse que escolher uma música de sua discografia para que o público brasileiro conhecesse seu trabalho, qual seria?
Acredito que “Ginza” (ouça abaixo!), porque é o reggaeton que todos nós estávamos buscando fazer e não estava no mercado.



E ao contrário: você conhece algo de música brasileira?

Conheço muito a… Anitta! Somos amigos e nos damos muito bem. Vamos fazer algumas parcerias juntos, e… Bem, quem eu conheço muito mesmo é a Anitta, e temos uma amizade.

Ela já postou vídeos escutando suas músicas no Snapchat e no Instagram.
Sim! Foi assim que a gente se conheceu, por meio das redes sociais. Eu a admiro muito. Acredito que nossas músicas vão dar certo juntas e quero muito que trabalhemos juntos.

Você tem planos de vir ao Brasil, então?
Sim, claro, por causa da Anitta. Combinamos que o clipe da música com ela seria gravado por aí.

Você está com 30 anos. Não sei na Colômbia, mas aqui no Brasil se diz que os 30 são a idade do sucesso. Você se sente assim?
Ham… Creio que vamos por um caminho muito bom, muito bom. Sinto-me muito agradecido, mas vou continuar lutando para trabalhar por muitos anos mais.

Para 2016, o que está planejando?
Fazer história. Continuar criando músicas boas, lançar o disco, seguir levando minha música para as pessoas e continuar fazendo o que eu gosto, que é música.