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ENTREVISTA: Gabriella Di Grecco conta detalhes de “O Coro”, próxima série do Disney+

“Eu sou muito grata ao Miguel Falabella por confiar essa personagem a mim”, diz Gabriella Di Grecco.

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Published

21/06/2022

(Foto: Rafael Monteiro)

Depois de 120 episódios da série latina “BIA” no Disney Channel, a atriz Gabriella Di Grecco volta a trabalhar com a empresa em “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”. A série brasileira foi desenvolvida por Miguel Falebella especialmente para o serviço de streaming Disney+, e é esperada para este ano. Ela mostra os bastidores da criação de um espetáculo de teatro musical.

“Em ‘O Coro’, vemos um pouco mais de perto tudo que envolve a montagem de uma obra de teatro musical: todos os perrengues, dificuldades, os bastidores, as relações… O caminho pra se levantar uma obra é extenso e muitas vezes penoso. Penso que esse projeto tem um potencial importante de abrir a mente e o diálogo para uma percepção mais legítima a respeito da cultura e seus profissionais no Brasil”, Gabriella diz ao POPline.

(Foto: Rafael Monteiro)

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Na série, a atriz interpreta Nora, uma jovem que não mede esforços para conseguir o que quer. “Essa personagem tem um magnetismo e uma forma de se expressar que é bem difícil saber se você a ama, odeia, sente pena ou sente raiva…”, diz Gabriella Di Grecco. Ela considera a personagem um presente. Confira a entrevista completa abaixo!

Miguel Falabella posa com o elenco da série musical “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” (Foto: Divulgação / Disney+)

POPline – Como foi o teste para “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”?

GABRIELLA DI GRECCO – Foi bastante especial pra mim. Na etapa de canto, a música escolhida pela produção foi “Carinhoso”, do Pixinguinha. Adorei a escolha do repertório! “Carinhoso” foi uma das primeiras músicas que aprendi a tocar no violão, então, com o perdão do trocadilho, essa é uma canção pela qual tenho muito carinho! (risos) Desfrutei muito dessa audição.

POPline – O que você mais gostou nesse trabalho?

GABRIELLA DI GRECCO – Nossa que pergunta difícil! (risos) É impossível escolher uma coisa só, então vou apontar alguns dos meus highlights! É muito legal dar vida a uma personagem e contar uma história escrita e dirigida pelo Miguel Falabella. Ele escreve muito bem e dá muita liberdade e ferramentas pro ator criar. Eu achei isso o máximo! Outra coisa que eu gosto muito nesse projeto é a homenagem que prestamos à música e à arte feita no Brasil. Acho essa homenagem bastante especial, sobretudo porque vivemos num momento nebuloso quanto a percepção de muitas pessoas em relação a arte, a cultura e os artistas no Brasil. Em “O Coro”, vemos um pouco mais de perto tudo que envolve a montagem de uma obra de teatro musical: todos os perrengues, dificuldades, os bastidores, as relações… O caminho pra se levantar uma obra é extenso e muitas vezes penoso. Penso que esse projeto tem um potencial importante de abrir a mente e o diálogo para uma percepção mais legítima a respeito da cultura e seus profissionais no Brasil.

(Foto: Disney+)

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POPline – Como é sua personagem?

GABRIELLA DI GRECCO – A Nora é um presentaço. Eu sou muito grata ao Miguel por confiar essa personagem a mim. Costumo dizer que ela é a minha pós-graduação como atriz, porque é uma personagem que traz muitas camadas e divide opiniões. A Nora é uma jovem moça que não mede esforços (e caráter) pra conseguir o que quer. Ao mesmo tempo, essa personagem tem um magnetismo e uma forma de se expressar que é bem difícil saber se você a ama, odeia, sente pena ou sente raiva… Eu, como atriz, amo a Nora! Penso que ela traz um sabor diferente pra série e movimenta muito a trama. Estou ansiosa para que as pessoas possam vê-la em ação e que se divirtam tanto quanto eu me diverti estudando as cenas e dando vida a ela no set!

POPline – É comum as séries pra streaming serem gravadas muito antes da estreia. É difícil ter que guardar segredo e não poder falar muito sobre o trabalho?

GABRIELLA DI GRECCO – Para as astrólogas de plantão, eu tenho stellium na casa 8 em capricórnio. Em outras palavras, eu não tenho nenhuma dificuldade em guardar segredos sobre trabalho (risos)! Mas eu adoro provocar os fãs (as Senhoras) com pequenos sneak peaks e highlights! Além do mais, eu percebi que essa distância entre gravação e lançamento pode ser útil se for usada estrategicamente. Nas minhas redes as pessoas vão perceber isso.

(Foto: Rafael Monteiro)

POPline – Você já havia trabalhado com a Disney em “Bia”. Sentiu diferença entre as duas produções?

GABRIELLA DI GRECCO – Sim, são muitas diferenças! Começando pelo idioma! (risos) Em Bia, gravávamos tudo em espanhol. É bom voltar a gravar no meu idioma natal! Outra diferença importante são os formatos. Apesar de Bia ser uma série e ter temporadas, as gravações e exibições tinham uma estrutura parecida com a da televisão: eram 120 capítulos, muitos meses gravando todos os dias, 90% em estúdio e a exibição era diária. Em “O Coro”, a estrutura se assemelha mais com o que se faz no cinema: gravamos alguns meses, nem sempre se grava todos os dias, a quantidade de cenas por dia é menor, não gravávamos em estúdio e sim em locações e a temporada contempla apenas 10 episódios. Existem outras diferenças técnicas que envolvem equipes, produção, etc. mas de forma geral, essas são as diferenças que eu mais senti.

POPline – Acha que “O Coro” conquistará o público?

GABRIELLA DI GRECCO – Eu penso e sinto que “O Coro” tem todos os ingredientes pra isso. É uma série LINDA visualmente, todos os personagens (protagônicos ou não) têm histórias muito interessantes, e cada um tem uma origem, conduta, orientação, gênero, crença, etc. é muito difícil o público não se identificar ou torcer (a favor ou contra) por um personagem. As canções são versões belíssimas de clássicos da nossa música nacional, então é um belo convite pros mais jovens e uma nostalgia gostosa para os mais adultos entrarem em contato com a pluralidade musical que existe no Brasil além do que se toca nas rádios e no Spotify. Apesar de contar uma história que se passa num universo específico (o teatro musical), “O Coro” é uma série pra um público bastante abrangente, com um grande potencial de agradar de Baby Boomer a GenZ. É um projeto com uma pegada que eu, pessoalmente, nunca vi acontecendo no Brasil, então acho que vale a pena apreciá-lo.