O Hurricanes vem se consolidando com uma das novas referências nacional do blues e rock do país. Com quase 10 anos de estrada, a banda aparece em cenários de destaque, ao lado de grandes nomes da música mundial. Só neste ano, o grupo abriu o show do The Black Crowes e foi escalado para tocar no Best of Blues and Rock 2025, no mesmo palco que Deep Purple e Judith Hill. A performance no festival acontece no próximo dia 15 de junho, em São Paulo.
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Ao Portal ROCKline, o guitarrista Leo Mayer falou sobre a ótima fase e a vontade de chegar ainda mais longe, com o lançamento dos ao vivos do segundo álbum “Back to the Basement” (2024).
Qual foi a reação ao receber o convite para o Best of Blues and Rock 2025 e tocar no mesmo palco de lendas do rock, como o Deep Purple?
“Foi maravilhoso, né? Foi uma surpresa incrível. Já pelo festival, quando rolou o convite, a gente já ficou muito animado. Um grande festival sempre é muito importante. A vibe de um festival grande já é boa, né? De estar lá, de passar o som cedo e ficar curtindo toda a energia do festival, conhecer pessoas novas, bandas novas. E aí, quando a gente soube que ainda iríamos tocar no mesmo palco do Deep Purple, foi uma explosão total,. Então, maravilhoso. Ainda não caiu a ficha. A gente só vai perceber isso lá, eu acho.”
Sobre o setlist, Leo comentou:
“A gente, hoje em dia, circula bastante com dois shows, que é o show autoral e o show de releituras dos anos 60 e 70, o show autoral é um caso mais raro, a gente acaba tocando menos. Então, dá para se dizer que vai ser um show especial nesse sentido, porque a gente não faz ele tanto. A gente vai ainda com o time completo, além do quarteto, que é o núcleo da banda, a mesma formação que a gente levou no show do Black Crowes. E isso engrandece muito os arranjos, o show todo, a performance.”
Em relação ao The Black Crowes…
O Hurricanes foi muito elogiado pela lendária banda e perguntamos sobre o quanto isso é estimulante para a carreira deles (mesmo que não precisem de validação para existirem).
“Ah, essencial, né? Como você falou, a gente não precisa disso, mas é muito importante ver artistas que a gente gosta, que a gente admira, que tem um trabalho muito consolidado, falando que a gente tá no caminho certo”, celebrou Leo, que ainda compartilhou detalhes do encontro.
“A gente conversou rapidamente com o Rich [Robinson] que é o guitarrista, compositor e talz, e ele falou ‘pô, obrigado por vocês estarem fazendo esse som, com essas referências, com essas características, porque hoje em dia eles rodam o mundo, obviamente, mas é cada vez mais raro ver bandas, porque hoje a gente tá numa fase muito de artista solo, né? De cantores e cantoras que contratam os músicos e, às vezes, nem compõem as suas músicas. Falando isso, obviamente, de um cenário pop mainstream.
O guitarrista complementou:
“Então ele falou, ‘pô, que legal isso, né? É uma banda, é um grupo, é um núcleo, é uma galera que tá levando um som junto, com guitarra, com baixo, bateria, não tem nada, não tem metrônomo, não tem trilhas pré-gravadas, são amigos tocando rock and roll’. E eu fiquei surpreso.”
“Back to the Basement” ao vivo
Sobre os próximos passos do Hurricanes, Leo Mayer compartilhou que a ideia é continuar divulgando as versões ao vivo das faixas do álbum lançado em 2024. “Para públicos que não conseguem assistir ao nosso show”.
“Ainda tem muitas cidades que a gente não consegue ir em função de logística. E eu acho que a gente acaba trazendo um pouco desse show, que é uma coisa que realmente tem a energia do ao vivo, pro YouTube (…).”
Além disso, em 2025 o Hurricanes pretende chegar em mais cidades do país, “levar esse show pra todos os lugares possíveis”.
“É um contato que é importante, o contato do show. Eu gosto muito de conhecer bandas ao vivo, né, de ir num show e falar: “caraca, que banda legal, cara! Nossa!'”.
