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Entrevista: “a gente quer ser o próximo grande grupo”, diz Sofia Oliveira da girlband V5


(Foto: Instagram)

Os britânicos têm adorado um grupo de latinas – o V5, concorrente do “X Factor: Celebrity”. Criado especialmente para concorrer no programa no Reino Unido, o quinteto é formado por integrantes de cinco países diferentes da América Latina: Sofia do Brasil, Alondra do Porto Rico, Laura da Colômbia, Natalie do México e Wendii de Cuba. Cantando covers de músicas pop e apresentando mash-ups, o grupo é uma aposta alta de Simon Cowell, nome por trás da formação de fenômenos mundiais como One Direction, Fifth Harmony e Little Mix.

As meninas não escondem que “sonham alto” e não se intimidam pela pressão de repetir o sucesso dos grupos anteriores. Sabem que têm uma grande oportunidade nas mãos e querem honrá-la. As cinco cantoras, que tinham carreiras solo antes do projeto, agora vivem em Londres, longe das famílias, totalmente focadas na competição no “X Factor: Celebrity”.

– Todos esses grupos foram crescendo a cada semana durante o programa e evoluíram muito depois do programa. A gente sabe que tem que surpreender mais a cada semana e melhorar cada dia mais. É uma pressão mas também um desafio, e a gente gosta muito de desafios. – diz Sofia Oliveira em entrevista por telefone. Você confere todo o restante do papo abaixo.

(Foto: Instagram)

POPLINE – O V5 foi criado para competir no “X Factor: Celebrity”. Você está gostando de fazer parte de um grupo?
SOFIA OLIVEIRA – Eu tô amando. É uma experiência diferente, sim, e que ajuda muito a gente. Eu evoluí muito estando em um grupo, sabe?

Como você reagiu quando foi convidada para fazer parte do grupo?
No começo, fiquei bem surpresa, porque desde pequena assisto ao “The X Factor” na TV e nunca imaginei que algum dia estaria no maior reality show de música do mundo. Foi uma surpresa. Eu não sabia o que fazer na hora, mas tinha certeza que tinha que acertar.

Então você gostou de primeira.
Amei de primeira.

Como foi guardar o segredo?
Nossa! Foi muito difícil. Tive até que sumir um pouco das redes sociais. Meus seguidores estão acostumados comigo postando todo dia muita coisa, então foi bem difícil guardar o segredo. Só pude contar para as pessoas mais próximas. Tive que ir enrolando até o dia que podia contar (risos).

Vocês têm o Simon Cowell como técnico e ele é supercrítico. O que você já aprendeu com ele?
Uma coisa que ele sempre fala para gente é para sermos nós mesmas. “Se falarem para cantar alguma música que não quiserem, digam. Vocês que vão saber o que é melhor para vocês”. Ele sempre fala para darmos nossa opinião em tudo. Isso é muito legal dele. Ele também fala para tentarmos ao máximo ficarmos cada vez mais próximas uma da outra, porque as pessoas vão sentir essa energia.

Parece que vocês estão bem amigas.
Sim. A gente ficou muito próximas muito rápido. A gente estava em Los Angeles antes, na primeira fase. Ficávamos no mesmo hotel, saíamos juntas no nosso tempo livre… e agora estamos morando juntas! É quase impossível não ficarmos próximas. Todas as meninas têm uma vibe muito boa e a gente se deu bem logo de primeira.

São cinco garotas de diferentes lugares e culturas. O que as conecta?
Acho que é nosso sonho, que é o mesmo, nossa paixão pela música e pela dança. Isso que conecta a gente. Todas tinham uma carreira solo. Às vezes dizem “é difícil entrar em um grupo já tendo uma carreira solo”. Eu digo que não, porque a gente está compartilhando os mesmos sonhos, então a gente acaba ficando mais forte ainda.

Vocês falam em inglês o tempo inteiro ou falam em espanhol?
A gente diz que tem nossa própria língua (risos), porque eu não falo espanhol. Todas elas falam espanhol. A Laura não fala 100% em inglês, então a gente mistura espanhol com português e inglês, e cria nossa própria língua, com palavras novas… (risos) A gente tem a língua V5.

A Nicole Scherzinger, que é uma das técnicas do programa, começou no Pussycat Dolls, que está para voltar. Vocês já pegaram dicas com ela também?
A gente ainda não teve essa oportunidade de pegar dicas! Mas a gente fica muito feliz que ela está adorando todas nossas performances! Ela é uma inspiração para todas nós. É uma honra. Ela que levanta no meio da performance e começa a dançar. Ela é uma festa, ela anima muito.

De quais girlbands você gosta mais?
A gente gosta muito do Little Mix, gostava do Fifth Harmony, das Spice Girls… São nossos favoritos.

Sobre viver em Londres: é uma mudança grande na vida. Você viajou sozinha ou a família foi também?
Eu vim sozinha mas minha família veio depois assistir à primeira semana. Eles vieram para ver. Mas estou morando com as meninas. Eu acho que estou lidando bem de “morar sozinha”, porque estou com as meninas. Eu pensava em morar sozinha daqui a alguns anos só, não agora, então não estou muito acostumada. Estou tendo uma vida bem “de adulta”. Já estava na hora, né? Hora de me virar sem os pais.

(Foto: Instagram)

O que você mais gosta de Londres?
Gosto do clima, porque é parecido com o da minha cidade, Curitiba. Estou acostumada com esse clima assim. E eu acho todo mundo bonito aqui! Além disso, o público daqui está nos acolhendo muito bem. A gente pensou que talvez não tivesse votos, porque a galera ia votar só em quem é britânico. Mas eles estão nos apoiando muito e votando bastante.

Isso é uma questão: vocês estão promovendo música latina, mesmo quando cantam repertório em inglês, porque tem a ginga latina, para uma audiência britânica. Você sente diferença no público?
Acho que o público está gostando de ver uma coisa nova assim, sabe? Tanto que no primeiro show, o V5 foi salvo. O Simon falou que o bom da gente não ter pegado aquela cadeira que você é salvo sem precisar dos votos é que a gente conseguiu ver que a galera votou bastante na gente. A gente pôde ver como foi a reação da galera com relação a nossa apresentação.

O “X Factor” é famoso pelos grupos que revelou – como One Direction, Little Mix e Fifth Harmony. Como vocês lidam com essa responsabilidade?
Então, né… A gente é fã de todos esses grupos, então é muito doido agora ter a oportunidade de ser tão grande quanto esses grupos. A gente tem que trabalhar muito, ensaiar muito… Afinal, é uma música por semana e às vezes a gente tem que trabalhar em duas canções para escolher. É uma semana para trabalhar tudo. É trabalhar muito duro, porque a gente quer ser o próximo grande grupo e, para ser, tem que correr muito atrás.

Quem escolhe as músicas para se apresentar no programa?
A gente escolhe com a equipe. Às vezes eles sugerem umas, a gente sugere outras, e vamos nos acertando com o que os dois gostam – o que é bom para a equipe e o que é bom para a gente. Mas eles ouvem muito nossas sugestões do que a gente acha que vai dar certo. Nesta semana agora, nós que sugerimos as duas músicas. A gente está com uma coisa nossa, que é o mash-up. A gente gostou muito de fazer assim e as pessoas curtiram muito, então a gente está tentando continuar com essa vibe de mash-up.

Vocês fizeram um mash-up de “Despacito” e “Mi Gente”. Podemos esperar mais músicas em espanhol?
Sim! A gente sempre quer colocar um pouco desse sabor latino nas apresentações. A gente quer representar nossos países. Às vezes vão ser músicas em inglês, mais americanas, mas a gente sempre quer colocar uma pitadinha latina.

Você já mostrou músicas brasileiras para as meninas?
Já mostrei! A gente fica dançando funk em casa. Elas adoraram. Eu até sugeri da gente fazer um dance break no meio de alguma música, com um funk. Ia ser incrível a gente parar no meio da música e dançar a batida de funk. Acho que os brasileiros iriam amar. Tomara que role.

Vocês estão crescendo a cada semana nas redes sociais. Como é o feedback que estão recebendo?
A gente fica assustada com a quantidade de gente que já tem, principalmente do Brasil. O Brasil adora essas coisas, é fã desse tipo de programa. A gente fica até assustada quando vê no Twitter, porque a gente só está no começo. Nosso Instagram está com um engajamento super forte. Estamos super felizes com a resposta do público. Ele está amando. A gente quer mostrar mais e mais e mais.

A maioria dos fãs são brasileiros?
Isso. A maioria é brasileira. A gente vê principalmente no Twitter: 90% é brasileiro. Muito legal!

E o que vocês estão ouvindo ultimamente?
A gente gosta muito de ouvir Ariana [Grande]. A gente escuta muito Little Mix também, CNCO… Estou começando a escutar mais música em espanhol agora, porque não era muito acostumada. Agora estou gostando muito. As meninas vão me mandando músicas em espanhol e vou adicionando na minha playlist. Eu também vou mostrando música brasileira… É muito legal essa troca, sabe?

O que você está gostando de música em espanhol?
CNCO. Elas me mostraram. Eu não conhecia o grupo. Passei a conhecer e estou adorando escutá-los!

(Foto: Instragram)

Se vocês tiverem a chance de gravar um álbum, como querem que seja?
A gente conversa sobre isso. A gente tem muita vontade de ter álbum nos dois idiomas – espanhol e inglês – e quem sabe alguns versos em português, porque acho importante. A gente quer mesmo representar. A gente gosta mais mesmo dessa pegada pop. R&B também. Mas colocando sempre essa pegada latina, reggaeton, ritmo meio salsa, sabe? A gente gosta bastante.

Qual a expectativa para as próximas semanas?
Melhorar cada vez mais. A gente quer surpreender a cada semana. A gente quer ter mais coisa no palco – ter mais bailarinos dançando com a gente.

Você agora está dançando bastante, né?
Sim! É bem complicado. Tem que ensaiar muito para cantar e dançar ao mesmo tempo. É tudo ao vivo. Não tem ajuda nem nada. A gente tem que ensaiar bastante, em uma semana só, que é pouco tempo.

Para terminar, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros – os seus e do V5 também.
Estou muito feliz de representar o Brasil e muito feliz com todo apoio dos fãs, que a gente já tem logo no começo. Espero poder corresponder e mostrar toda essa força e esse poder latino. Que a gente mostre tudo isso para o mundo. Vai ser uma honra para todas nós. E um beijo também para todas as meninas, que não estão aqui, mas mandaram beijos também.