Lá se vão três anos desde que o cinema sul-coreano chamou a atenção do mundo inteiro com “Parasita” (2019). O longa-metragem de Bong Joon Ho ganhou quatro Oscars, incluindo o de melhor filme, e colocou a Coreia do Sul no radar das premiações cinematográficas. Para 2023, o país já tem uma nova aposta: “Heojil kyolshim” ou, em inglês, “Decision To Leave”.
O filme estreou no Festival de Cannes, onde rendeu o prêmio de melhor diretor para Park Chan-wook (de “A Criada”, “Segredos de Sangue” e “Oldboy”). Isso já foi o suficiente para alçá-lo a forte candidato ao Oscar. Apresentado no Festival do Rio nesta semana, “Decision To Leave” teve ingressos disputados.
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Ao longo de 2h18, o filme conta a história de um detetive da Coreia do Sul que é chamado para investigar um possível assassinato e se apaixona pela principal suspeita, a esposa da vítima. Os protagonistas são o sul-coreano Park Hae-il (de “Memórias de um Assassino”) e a chinesa Tang Wei (de “Conspiração Internacional”).
Crítica aclama o filme “Decision To Leave”
“Decision To Leave” vem fazendo sua campanha em festivais internacionais e estreia nos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta (14/10). De outubro a dezembro, é o período de estreia dos filmes que visam o Oscar. É uma estratégia para os títulos ficarem “frescos” na mente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Até agora, o filme é sucesso de crítica. Conta com 91% de aprovação no site Rotten Tomatoes, que compila a opinião de críticos especializados. O New York Times escreveu que um dos muitos prazeres envolvendo “Decision To Leave” é que o diretor Park Chan-wook claramente se divertiu fazendo o filme tanto quanto o público se diverte assistindo.
O nome de Park Chan-wook também é um facilitador rumo ao Oscar. O cineasta é bastante conhecido pela indústria. Ele já foi premiado nos festivais de Cannes, Berlim e Veneza, que são alguns dos mais importantes do mundo. Hollywood gosta tanto dele que, em 2013, fez um remake de seu filme “Oldboy” com elenco e equipe norte-americanos.