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Crítica aclama “Fearless (Taylor Version)”, regravação de Taylor Swift

Foto: reprodução/ @taylorswift Instagram

Poucos artistas conhecem os caminhos e segredos da indústria fonográfica como Taylor Swift. Nesta sexta-feira, a cantora lançou as regravações de seu segundo álbum de estúdio com a adição de faixas extras, escritas na época em que o álbum original foi produzido. O projeto “Fearless (Taylor Version)” marca o começo da jornada de regravações de todo catálogo de álbuns lançados por Swift em sua gravadora anterior, comprada por seu antigo inimigo, Scooter Braun, no ano passado.

Com os relançamentos, Taylor recupera todos os direitos sobre as suas músicas e não corre o risco de lidar com impedimentos e imbróglios jurídicos provocados por Braun, que vendeu as masters da cantora para investidores meses após adquiri-los. Querida pelo público e pela crítica especializada, a cantora não só conseguiu se livrar de possíveis infortúnios com suas antigas fitas masters, como também conquistou a segunda nota mais alta de sua carreira no metacritic, site que reúne as resenhas de sites e jornais cadastrados sobre obras especificas e calcula um ‘score médio’ daquele trabalho.

Foto: Divulgação

Surpreendentemente, as críticas ao “Fearless (Taylor Version”) foram ainda mais positivas as escritas a respeito da versão original do trabalho. Baseado em 11 textos, a ferramenta indica uma nota 87 para as regravações e as faixas inéditas, chamadas de “From de Vault” e que agregam parcerias com Keith Urban e Maren Morris. O álbum lançado em 2008 tem uma média menos, 73.

Alexis Petridis, crítico do jornal britânico ‘The Guardian’, escreveu que Taylor acerta ao não propor grandes mudanças de arranjos, letras e melodias. Para o jornalista, um dos acertos é justamente a aposta da artista em uma “semelhança próxima”. A análise de Petridis ainda destaca como a inédita “Mrs. Perfectly Fine” adquire uma ressonância diferente e pode ser interpretada como uma alfinetada no empresário de Bieber, Grande e Lovato.

É tentador sugerir que a letra de Fearless pode assumir um tom diferente cantada por uma mulher agora na casa dos 30 anos, mas as novas gravações militam contra isso. Apoiada por sua banda em turnê, sua voz está soando essencialmente a mesma de 2008 (…). Tentar comparar essas novas gravações com as originais é irritante. A produção é um pouco mais brilhante? O vocal dela está um pouco mais avançado na mixagem? Mas obviamente essa semelhança próxima era o objetivo.

O site especializado NME destaca que a versão original do álbum foi responsável pelo primeiro Grammy de Álbum do Ano da cantora (que, agora, acumula três) e vendeu mais 12 milhões de cópias ao redor do mundo. A crítica responsável pelo texto, Hannah Mylrea, dá 4/5 estrelas para o novo “Fearless”:

Ouvir o álbum inteiro tem um efeito semelhante a ler um velho diário – especialmente porque essas músicas são impregnadas de nostalgia devido ao destaque no primeiro lançamento: elas foram tocadas em todos os lugares . ‘You Belong With Me (Taylor’s Version)’, que poderia ser o modelo para canções do século 21 sobre romances adolescentes não correspondidos, é recheada de referências ao ensino médio e está repleta de anseios juvenis – mas Swift nunca se esquiva de seu eu mais jovem. Em vez disso, ela revisita as músicas com gentileza e carinho, celebrando o sucesso de seus lançamentos adolescentes.

Alexandra Pollard do The Independent UK repete a nota da NME e do The Guardian e reflete sobre a mudança de Swift ao longo de sua majestosa carreira, que fluiu naturalmente do country adolescente ao pop: “Essas novas faixas permitem que Swift liberte, para o bem dos velhos tempos, aquela persona “mortalmente injustiçada no amor” que ela usava tão bem, mas silenciosamente se aposentou”. Em sua avaliação, a jornalista relembra casos de abusos contratuais com outras artistas mulheres:

Há uma longa história de mulheres envolvidas em contratos ruins que parecem mais com sentenças de prisão: TLC; Kesha; Garanhão de Megan Thee; Toni Braxton; Kelly Clarkson. Talvez Swift esteja fazendo isso por eles também. Traga os próximos cinco.

O Clash diz que as poucas mudanças nas regravações estão no ponto certo e aclama os as guitarras mais cheias, os banjos mais nítidos e a voz de Swift, chamando o projeto de “celebração”.

Claramente tomando cuidado para não passar por cima de seu eu de 19 anos, todas as mudanças parecem totalmente naturais, como se elas deveriam ter sido assim desde o início.

Jonathan Bernstein, da Rolling Stone norte-americana, destaca a voz madura de Taylor no trabalho de reconstrução de suas faixas originais: “Mas sua voz de trinta e poucos anos é mais rica, mais profunda e mais segura de si mesma”. A nota da revista também é de 4/5 estrelas, quase uma unanimidade entre os maiores veículos de mídia.

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