A Copa do Mundo 2022 começa já neste domingo (20). No entanto, as polêmicas sobre o país-sede estão presentes antes mesmo do início do mundial. Dessa vez, Maluma, que irá se apresentar na abertura do campeonato, causou ao abandonar uma entrevista logo após ser questionado sobre a violação dos direitos humanos no país.
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Durante uma entrevista para um canal de televisão israelense, o Kan 11, Maluma foi surpreendido pelo jornalista, que questionou sobre a participação do cantor na abertura. Antes, ele citou que Dua Lipa e Shakira recusaram se apresentar na cerimônia. “Maluma, você não tem problemas com as violações aos direitos humanos nesse país?”, questionou.
Incomodado, Maluma respondeu que se preocupa, mas não está no país por conta disso. “Sim, mas é algo que eu não posso resolver. Eu só vim pra cá pra aproveitar a vida, o futebol, a festa do futebol. Isso não é, na verdade, algo que eu preciso estar envolvido”, respondeu.
“Eu vim aproveitar minha música e a vida bonita jogando futebol, também”, acrescentou o cantor.
Em seguida, o jornalista continuou o assunto sobre as leis conservadoras do país. A pergunta, no entanto, não agradou o cantor. “Mas você consegue entender o que as pessoas vão dizer quando verem sua presença aqui?”, perguntou. “Eu não entendi, por que eu tenho que responder essa pergunta?”, questionou, visivelmente irritado.
Maluma, então, deixou o entrevistador falando sozinho e se retirou da entrevista. O cantor ainda acusou o jornalista de ser rude com ele. “Rude? Por que eu sou rude, Maluma? É o que as pessoas dizem, é o que elas pensam”, rebateu.
Confira o momento:
“אתה חצוף”: שליח כאן חדשות לקטאר @MoavVardi שאל את הזמר מאלומה, שיבצע את שיר האוהדים של המונדיאל, על זכויות האדם בקטאר – השיחה פוצצה | הריאיון המלא – מחר ב-#חדשותהשבת בכאן 11 pic.twitter.com/Jzd0jHyPZZ
— כאן חדשות (@kann_news) November 18, 2022
Qatar, país que sedia a Copa do Mundo em 2022, tem leis conservadoras
O país-sede do campeonato mundial de futebol deste ano é extremamente conversador. Por isso, a comunidade global o avalia como um local onde os direitos humanos não são preservados. A demonstração de afeto em público, por exemplo, é proibida.
Se analisarmos a situação de pessoas da comunidade LGBTQIAP+, a relação com o país piora, uma vez que é ilegal ser homossexual no país. As penas para o crime, aliás, são mais drásticas. O acusado pode passar por açoitamento, três anos de prisão ou até condenação para execução.
Ao receber um evento da magnitude da Copa do Mundo, o Qatar estava ciente que receberia os mais diversos tipos de pessoas e culturas diferentes. A FIFA fez questão de conversar com as autoridades e eles garantiram que “todos seriam bem recebidos“. Pelo menos, na teoria. No entanto, as leis não serão alteradas e é recomendável que os turistas tomem cuidado.
O próprio major-general Abdulaziz Abdullah Al Ansari, o mais importante nome das forças de segurança do país, afirmou que não é possível assegurar a segurança de pessoas LGBTQIA+. Em entrevista à Associated Press, ele ainda disse que os torcedores estrangeiros são bem-vindos, contudo que evitem símbolos relacionados à comunidade.