O filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” continua dando o que falar e agora, para tentar evitar maiores polêmicas, o Ministério da Justiça resolveu modificar a classificação etária da produção, que é acusada de fazer “apologia à pedofilia”.
> “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”: Danilo Gentili rebate acusação de apologia à pedofilia
(Foto: Divulgação)
Leia mais:
- Globoplay avisa que não tirará “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” do catálogo: “censura”
- “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” entra para Top 10 da Netflix
- “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”: Danilo Gentili diz que polêmica é para desviar atenção do preço da gasolina
A produção estrelada por Danilo Gentili e Fábio Porchat foi duramente criticada por apoiadores do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e chegou até a ter ordem de remoção do filme das plataformas de streaming publicada pelo Ministério da Justiça.
Com a censura não sendo acatada, o Ministério da Justiça acabou publicando outro texto, citando “tendências de indicação como coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa” e recomendando a mudança da classificação etária de “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” para maiores de 18 anos. Originalmente, o filme estava classificado para 14 anos.
O texto do Ministério da Justiça ainda recomenda que o filme seja exibido em TV aberta só depois das 23h.
A nova classificação etária de “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” deverá ser ajustada nas plataformas de streaming em até 5 dias úteis.
Danilo Gentili fala em perseguição política
(Foto: Divulgação)
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, em caráter cautelar, a remoção do longa-metragem de todas as plataformas de distribuição no Brasil. Caso a ordem não seja cumprida, as empresas receberão multa de R$ 50 mil por dia.
“Eu tenho meus palpites do que por que isso está acontecendo: primeiro, é ano de eleição. Existe uma coordenação. Do jeito que foi feito, vocês vão ver que foi editado. Eles editam uma cena dentro de um filme, para dizer que aquilo é uma apologia a uma coisa que na verdade o filme está criticando e se colocando contra. Existe método”, comenta Danilo Gentili.
“Quando a gente tem uma pessoa mais independente, que não faz parte de panela de político A ou B, essa panela se volta contra essa pessoa. Já faz tempo que pedem minha cabeça no meu emprego. Se não é por isso, é por outra coisa. É por twittada… Não acharam nada contra mim, foram pegar um filme de 2017”, completa.
