Acampamentos criativos ou “song camps”, como são conhecidos, são uma prática comum na indústria da música. Compositores e produtores se reúnem, geralmente na casa de alguém, para trocar ideias e criar músicas novas. Com a pandemia do coronavírus, o “song camp” se adaptou e se tornou virtual. Os encontros passaram a ser por videoconferência.
A editora Warner Chappel Brasil realizou um acampamento criativo online entre os dias 17 e 19 de março, com intuito de contribuir para o repertório do grupo As Baías. A experiência foi positiva. O caráter virtual permitiu que profissionais de diversos estilos e países se conectassem, sem problemas de logística e agenda. A companhia já entende que o formato chegou para ficar, e não é apenas um paliativo.
30 profissionais se reuniram para criar musicas para o grupo As Baías (Foto: Saullo Moreira)
Como é um song camp?
Na prática, como funciona? O “song camp” da Warner, por exemplo, contou com 30 compositores, produtores e artistas. Eles se dividiram em seis salas de composição ao longo de três dias. No último dia, todas as sessões foram formadas apenas por mulheres. Foi de um camping feminino assim que surgiu o single “Efeito Dominó”, do grupo KATZ, no ano passado. A cantora DAY participou. Ela costuma marcar presença nesses acampamentos criativos.
Thiago Monteiro, A&R da Warner Chappell Music, acredita que o camp virtual não substitui o encontro presencial. “A Warner já produz camps no Brasil e no exterior há muitos anos, e particularmente, em todas as minhas experiências, a parte mais incrível é conectar as pessoas e fazer novas amizades. Com essas conexões feitas, a música acaba sendo uma boa consequência do encontro desses diferentes talentos de diversos segmentos da música brasileira”, explica. Mas o momento não permite que seja assim.
“Torcemos para que a pandemia passe logo para podermos juntar novamente nossos autores e com a energia boa de um encontro pessoal fazermos ainda mais músicas que se tornam trilhas das vidas de milhões pessoas.”
