Se não ter Carnaval em 2021 já assustou muita gente – principalmente na indústria do entretenimento, imagina a possibilidade de não acontecer a festa em 2022? O POPline.Biz é Mundo da Música mostrou o impacto econômico da falta do Carnaval para Salvador e agora, após o Governo da Bahia publicar um novo decreto detalhando a aplicação do toque de recolher no estado, que começa a partir desta sexta-feira (19), as projeções para o próximo ano estão pessimistas.
Por conta do aumento da média móvel de casos de coronavírus no estado, o médico, cientista e coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, Miguel Nicolelis, acendeu um alerta sobre a urgência de tomar medidas para frear o crescimento da pandemia. Nos últimos dias, o número de óbitos na Bahia saltou da faixa de 30 para 60.
O médico declarou, durante entrevista para o Jornal da Manhã, da Tv Globo Bahia, desta quinta-feira (18), que “se nada for feito, se continuarmos com esses índices crescendo, com essas curvas crescendo assustadoramente, se as pessoas acharam que não ter Carnaval em 2021 foi grave, a possibilidade da gente não ter carnaval em 2022 começa a ser real”.
“Essa situação parece que pode perdurar ao longo de todo o ano de 2021. É importante que a gente deixe isso claro: se nada for feito, não haverá solução com medidas paliativas que são conhecidas como sendo ineficazes em todo o mundo, como o toque de recolher”, disse.
Com a falta do Carnaval em 2021, a cidade perde cerca de R$ 1,8 bilhão em movimentação econômica turística nesta temporada. Isso porque este é um período em que a economia da cidade fica aquecida, e o folião, residente na Bahia, ou visitante na condição de turista nacional e estrangeiro, é um consumidor ativo que bebe água, cerveja ou refrigerante, faz refeições, utiliza meios de transporte, adquire abadás de blocos e frequenta camarotes.