Christina Aguilera é a dona de uma das vozes mais icônicas da atualidade. Com 42 anos, dona de prêmios como VMAs e Grammys, a cantora tem uma carreira de sucesso. No entanto, ela ainda para pra refletir e pensar no medo em que sentia ao crescer em um lar abusivo, revelando que o trauma ainda lhe acompanha até os dias de hoje.
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Durante uma entrevista ao podcast Call Her Daddy, apresentado por Alex Cooper, Christina revelou de que forma que crescer em um lar abusivo lhe ajudou com a maternidade, bem como comentou sobre seu processo de cura. A cantora contou que seus pais se separaram quando ela ainda tinha seis anos e que via seu pai batendo em sua mãe.
“Você tem que ouvir seu corpo. O medo é algo que você sente de forma inata, então, naquele momento, você sabe que algo não parece bom, e não está certo. E então, você sabe, ter tanta compaixão por minha mãe. Quando você vê alguém sendo ferido, alguém que você ama, isso… Aos 42 anos, ainda me sinto afetada por isso. Está sob a superfície. O trauma nunca te abandona, você apenas descobre maneiras de tentar curá-lo”, afirmou a cantora.
Aguilera também contou que o impacto prolongado de toda essa situação, a tornou profundamente protetora com seus próprios dois filhos, principalmente de sua filha. “É um colapso mental da auto-estima. Você começa a acreditar na narrativa e no abuso verbal de outra pessoa contra você, e a auto-estima é algo que pode quebrar facilmente, mesmo para a executiva mais poderosa”
“Não importa o que você faz! Podemos subir no palco e ter essas personas grandiosas, mas basta que você acredite na narrativa negativa de alguém sobre você, uma vez que está lá e está funcionando. É por isso que sou tão inflexível com minha filha. Eu fico tipo, a primeira vez que alguém bate em você, a primeira vez que alguém faz você se sentir mal consigo mesma. eu sou tão protetora, mamãe ursa”, disse.
Além disso, Christina desabafou sobre a sensação de medo e impotência nas vezes em que as autoridades não fornecem apoio e ajuda necessária. “Em uma situação como essa, também, o abuso corre solto. As paredes são finas como papel onde estamos morando, e você pode ouvir o abuso acontecendo do outro lado da parede”.
“É assustador, e é como se tudo o que você quisesse fazer fosse ajudar, mas muitas vezes, quando você liga para as autoridades, você não consegue a ajuda de que precisa, e então a porta se fecha e você está com seu abusador novamente.Portanto, é muito importante tentar pesquisar tudo o que puder, falar com pessoas em quem você pode confiar e realmente tentar sair da situação. Porque, na pior das hipóteses, você não viverá para contar a história sobre isso”, finalizou Aguilera.