Em tempos de eleições presidenciais, que foi para o segundo turno, muito se vê artistas se posicionarem publicamente. No entanto, Chico César foi além, já que ele usou sua música e arte para fazer uma crítica social que tem muito a ver com este cenário político.
Recentemente ele lançou a música e o clipe “BOLSOMINIONS“, nome dado a quem segue Jair Bolsonaro cegamente. Eles acabam reproduzindo ações muito questionáveis que incentivam violência, preconceito e um conservadorismo hipócrita.
“Bolsominions são vergonhas / Que pastavam distraídas / Burrice imodesta / O horror à festa / E à risada instruída“, diz parte da letra.
“Essa é uma canção em defesa da fé cristã e uma crítica a um grupo político de inspiração fascista que sequestrou de modo bastante hipócrita parte significativa das igrejas e o rebanho que professa essa fé. É um reggae quase punk de protesto, ao modo de Peter Tosh ou The Clash”, afirma.
Ele deixa bem claro: “Os verdadeiros religiosos sabem que a crítica não se dirige a eles mas sim aos vendilhões do templo, gente que cultua o deus dinheiro, as armas, a terra plana, a negação da ciência, a misoginia, o racismo, a perseguição à diversidade sexual“, finalizou.
A música é o terceiro single do álbum “Vestido de amor“, ainda inédito. Originalmente, foi apresentada em uma transmissão ao vivo em 2020, causando protestos de evangélicos.
No vídeo, são reproduzidas cenas onde pessoas lidam com armas de fogo, algo defendido por Bolsonaro, além de situações onde há contravenções contra a “ética” que eles próprios defendem, mas não seguem.