A distribuidora Ditto Music realizou uma pesquisa para saber quantos artistas independentes já estão usando a Inteligência Artificial (IA) em suas músicas e quais considerariam o uso do recurso em um futuro próximo. O levantamento, que coletou dados de mais de 1.250 usuários da distribuidora em 2023, apontou que cerca de 60% dos artistas independentes já utilizam a IA em seus projetos musicais.
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Entre os resultados da pesquisa, 76,5% dos artistas entrevistados usariam ferramentas de IA para criar a capa de seus álbuns. Enquanto que 61,5% empregariam a inteligência artificial na produção musical e 66% explorariam o recurso para mixar e masterizar suas músicas. Segundo o levantamento, 47,1% afirmaram que usariam a IA nas suas composições.
A pesquisa aponta que apenas 28,5% dos artistas não utilizariam a IA para fins musicais. Os dados da Ditto Music revelam o crescimento da popularidade da inteligência artificial entre os artistas independentes, ao mesmo tempo que entidades buscam uma regulação da tecnologia que assegure os direitos dos criadores.
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“É encorajador ver tantos músicos adotando os avanços da tecnologia e utilizando a IA como uma ajuda criativa. Na Ditto, nos orgulhamos de estar à frente da curva e continuamos dedicados a fornecer aos artistas as mais recentes ferramentas, recursos e suporte de que precisam para ter sucesso em seus próprios termos”, diz Lee Parsons, CEO da Ditto Music.
Uso da Inteligência Artificial na música
Questionando sobre o futuro da música, a pesquisa abordou os artistas que afirmaram que já utilizam ferramentas de inteligência artificial nas suas criações. Segundo o estudo, 11% usam a IA para suas composições, enquanto que 20,3%, usam o recurso para a produção musical. Dos entrevistados, 30,6% confirmam que já utilizaram a inteligência artificial para mixarem e masterizarem suas músicas. Por fim, 38% recorreram às ferramentas de IA para criação de capas de álbuns, EPs ou singles.
Por fim, o estudo buscou desvendar o pensamento dos artistas que não possuem interesse em usar a inteligência artificial para a criação musical. Entre os pontos levantados, foram: falta de acesso às ferramentas de IA (28,4%); não terem tempo (24,8%), falta de criatividade (23,1%); acessibilidade (17,1%) e a combinação de fatores (6,6%).