“A fama e o poder não me livraram do racismo”, aponta Ludmilla, que neste mês é capa da GQ Brasil. A cantora de 26 anos colocou seu black power para jogo em uma entrevista sincera sobre as inúmeras faces do preconceito que sofre por ser mulher, negra e bissexual.
Ludmilla cresceu na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, e iniciou a carreira com poucos recursos. Na época, ela já lidava com repressões na escola e citou um exemplo de quando uma colega postou uma foto sua nas redes sociais fazendo alusões racistas sobre seu cabelo.
“Escreveu, entre outras coisas, que eu tinha cabelo de bombril”.
A cantora conta que bateu de frente com a colega para que a atitude não se repetisse. Mas esse foi somente um episódio dos milhares que ainda acontecem em meio ao sucesso musical.
“A fama e o poder não me livraram do racismo”.
Ludmilla ainda afirma que sua bissexualidade também foi motivo de polêmica, principalmente porque chegou a ser ameaçada por “ex-amigos” que prometerem revelar a verdade sobre seus relacionamentos: “Diziam que iam para os sites de fofoca revelar que eu gostava de pegar mulher.”
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Foi quando a cantora decidiu abrir a relação com Brunna Gonçalves, sua atual esposa, para os fãs e a imprensa. Elas já moram juntas há quatro anos e protagonizaram um momento icônico durante o show da cantora no “BBB 21”.
“Foi emblemático beijar minha mulher e pedir respeito para os pretos em rede nacional.”
Ludmilla foi a primeira artista negra da América Latina a ultrapassar a marca de um bilhão de streams na plataforma Spotify e também garantiu na plataforma o título de 2ª artista feminina mais ouvida no Brasil. Sua página no YouTube atingiu mais de 2 bilhões de visualizações e seu perfil no Instagram conta com 24 milhões de seguidores.
Com toda sua voz e alcance por vezes ela foi necessária na luta contra o racismo e no dia do aniversário da cantora o POPline listou 5 momentos que marcaram. Você pode conferir clicando AQUI