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Afastado das telas por afasia, Bruce Willis pode voltar a atuar através de deepfake

Bruce Willis se tornou o primeiro ator a vender os direitos de sua imagem para o uso em projetos com a controversa tecnologia.

Foto: Getty Images / Uso Autorizado POPline

A tecnologia de deepfake, de montagens em vídeos super realistas, é bastante controversa e tem gerado discussões éticas constantes. Mas ela também pode ser usada para o bem, nesse caso, para o entretenimento, já que Bruce Willis, afastado das telas por afasia (perda parcial ou total da capacidade de expressar ou compreender a linguagem falada ou escrita), pode voltar a atuar através do uso dessa tecnologia.

Bruce Willis
Bruce Willis em 2019. (Foto: Getty Images / Uso Autorizado POPline)

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Segundo informa o jornal The Telegraph, Bruce Willis se tornou o primeiro ator a vender os direitos de sua imagem para uso com a tecnologia de deepfake, ou seja, ele pode voltar a atuar mesmo estando afastado das telas.

Com o uso da tecnologia, Bruce, inclusive, já estrelou um vídeo comercial, sem nem mesmo aparecer no set de filmagem. Em comunicado, o ator afirmou:

“Gostei da precisão com que meu personagem ficou. É um mini-filme no meu gênero usual de comédia de ação. Para mim, é uma grande oportunidade de voltar no tempo.”

Ainda no comunicado, Bruce Willis se mostrou animado com a tecnologia e agradeceu sua equipe pelo ótimo trabalho.

“Com o advento da tecnologia moderna, mesmo estando em outro continente, pude me comunicar, trabalhar e participar das filmagens. É uma experiência muito nova e interessante, e agradeço a toda a nossa equipe”, afirmou o ator.

A tecnologia deepfake

Envolta ainda em muita polêmica, a tecnologia chamada de deepfake permite colocar, digitalmente, o rosto de uma pessoa em outra, sincronizando seus movimentos e até mesmo sua voz.

Com o avanço da tecnologia, há um temor ético de que o deepfake seja usado para espalhar mais rapidamente as chamadas fake news ou até mesmo forjar provas que podem ser usadas em julgamentos, acusando inocentes de algo que não cometeram e sem chance de refutar, já que o vídeo “provaria” a acusação.