A partir deste mês, a Apple Music irá oferecer uma participação até 10% maior nos royalties para músicas disponíveis em Áudio Espacial na plataforma. O anúncio foi feito em uma atualização enviada às gravadoras parceiras nesta segunda-feira (22). A mudança visa recompensar a qualidade superior do conteúdo e garantir uma remuneração justa para artistas envolvidos na mixagem com a tecnologia que permite uma experiência sonora tridimensional.
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A plataforma confirmou que o conteúdo disponível em Áudio Espacial receberá uma taxa de royalties até 10% maior do que o conteúdo não disponível nesse formato, a partir de janeiro de 2024.
Expansão exponencial: faixas tridimensionais disparam
Segundo o streaming, houve uma ampla adesão do formato pelos maiores hitmakers do mundo. No último ano, 80% das músicas que atingiram o Top 100 Diário Global da Apple Music estavam disponíveis em Áudio Espacial.
Além disso, a Apple também revelou que mais de 90% dos ouvintes da plataforma já experimentaram música em Áudio Espacial, e as reproduções nesse formato triplicaram nos últimos dois anos. O número de faixas tridimensionais disponíveis na plataforma aumentou quase 5.000% desde o lançamento, mais que dobrando apenas no último ano.
Mais de 45,6 milhões de faixas não tiveram streams em 2023, aponta a Luminate. Foto: Unsplash
Justiça sonora e políticas de segurança
Para garantir a remuneração, os artistas não precisam necessariamente ter uma audiência ativa das suas músicas com som imersivo. Na verdade, o cálculo é baseado na proporção de reproduções disponíveis em Áudio Espacial em relação às reproduções não disponíveis nesse formato. Em outras palavras, se toda a música de um artista for oferecida de forma tridimensional, ele terá o bônus de royalties de 10%, mesmo que ninguém realmente tenha ouvido a versão com a tecnologia.
A Apple também afirmou que possui “uma política de tolerância zero contra conteúdo enganoso que também se aplica ao conteúdo de áudio espacial”. O serviço de streaming acrescentou que suas equipes implementaram “um processo de controle de qualidade que inclui sinalização de conteúdo não entregue de acordo com as especificações e padrões de qualidade de áudio espacial da Apple Music”.
Os passos das concorrentes
Seguindo o caminho trilhado pela Apple, a Amazon Music também inclui Áudio Espacial em seu catálogo e afirma ter um crescente acervo de músicas em Spatial Audio masterizadas com a tecnologia Dolby Atmos e 360 Reality Audio.
Enquanto isso, o Spotify permanece ausente da oferta de Áudio Espacial em suas plataformas. Mas, especulações indicam que a plataforma de streaming está nos estágios de preparação para um nível “Supremium”, prometendo músicas lossless de 24 bits e a habilidade de criar playlists por meio de inteligência artificial por uma assinatura mensal de $19,99.
