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Após fazer forte campanha pró-LGBTQIA+, app Tinder é acusado de transfobia


O aplicativo Tinder é acusado de transfobia. A hashtag #TindeTransfobico entrou para os trending topics do Twitter nesta terça (14/7) depois que a influenciadora trans Romagaga postou um vídeo denunciando a empresa por discriminação. “O Tinder está usando a bandeira LGBT para se promover, sendo que nós trans não temos direito de estar no aplicativo. Eu faço uma conta lá e sou banida em um minuto. Qualquer trans que faz é banida. Isso não é justo!”, ela diz.

Após fazer forte campanha pró-LGBTQIA+, app Tinder é acusado de transfobia
(Foto: Divulgação)

O Tinder foi o principal apoiador da live “Pride With Pabllo & Friends”, promovida por Pabllo Vittar em comemoração ao Mês do Orgulho LGBTQIA+. O app também patrocinou, no início do ano, o bloco de Carnaval da Anitta, bissexual. Essas práticas, que poderiam ser bem vistas pela comunidade, agora são encaradas como hipocrisia diante da denúncia de Romagaga. “Estou cansada de hipocrisia das pessoas. Nós não temos direito nenhum. Falam ‘direito para todos’, e a gente não está inclusa nesses direitos”, afirma Romagaga.

Confira o vídeo com a denúncia dela:

Caso repercute muito no Twitter

O senador Eliseu Neto, defensor dos direitos LGBTQIA+, também se pronunciou sobre o caso. Ele disse que pessoas trans precisam de um lugar seguro e acolhedor para conversar e conhecer pessoas. “Não adianta o Tinder usar as cores LGBT e não proteger mulheres trans e travestis de denúncias de idiotas. Bora resolver iso. Elas merecem amor, sexo, dates #TinderTransfóbico”, twittou.

O Tinder não posta nada em sua conta no Twitter desde o dia 8 de julho e não se manifestou sobre as denúncias de transfobia. Romagaga está indignada com o silêncio. “É incrível como somos excluídas”, escreveu, “eu escrevo esse tweet com lágrimas nos olhos, e uma dor profunda no coração. Sério. Só quem é trans sabe a dor e o sofrimento que passamos. É incrível como as portas se fecham para nós”.