Any Gabrielly está pronta para viver sua nova fase como artista solo, ainda que isso seja desconfortável para quem a acompanha desde o começo da carreira. A jovem de 21 anos se desvinculou do Now United há dois anos e agora promove seu primeiro single, “Sweat”. Ousado, sensual e bem contagiante, a música dá nome a sua energia atual e ainda evidencia o que ela pretende mostrar ao público daqui para frente!
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Saída do Now United e intervalo de dois anos até lançamento solo
Poucos meses depois de encerrar sua participação no Now United, no final de 2022, Any assinou com a Republic Records. O anúncio animou os fãs, mas a espera foi longa até o lançamento de “Sweat” no dia 23 de agosto. Ela reconhece que foi um processo longo, mas explica que precisou de tempo para se entender como pessoa e como artista após deixar o grupo.
“Quando você está em um grupo, querendo ou não, você está naquela bolha, você conhece aquilo. As suas coisas, os seus pensamentos e realmente quem você é, você se adapta muito ao seu ambiente. E o meu ambiente foi aquele por muito tempo, então, quando sai, vi o tamanho do mundo mais uma vez. Tive que passar por um processo de me entender, de me descobrir mais uma vez e realmente entender o que que eu gostava, quem sou eu como artista solo“.
A artista teve que descobrir qual seria sua rota e reforça: “Acho que todos os projetos que que valem a pena mesmo tem o seu processo, não dá pra acelerar”. Para ela, a intensidade da internet também é um fator que intensifica essa sensação de inércia.
“Eu comecei minha carreira em um momento onde a internet não era tão forte ainda, eu fazia musicais, fazia séries, não tinha essa coisa de ficar postando toda hora. […] É óbvio que existiu essa sensação de ‘será que ela não tá fazendo nada?’, ‘será que ela desistiu da carreira?’, ‘agora a Any só vive de viagem’. Mas assim, tem o processo criativo das coisas, né, tem o processo das coisas serem feitas. Eu precisei entrar no estúdio e fazer músicas. Eu precisei conhecer as pessoas. Eu precisei fazer foto. Eu precisei fazer milhões de coisas antes de simplesmente lançar uma música. E sinceramente, eu até fiquei surpresa como tanto tempo tudo isso pode levar”.
Composição e referências
Any se inspira em artistas como Frank Ocean e Victória Monet e está desenvolvendo suas habilidades como compositora, algo que, segundo ela, “ficou meio adormecido no Now United“ porque eles não escreviam as próprias canções.
“Eu fiz parte da sessão de ‘Sweat’ e é isso que a gente tem feito na maioria do tempo. Tipo 90% do tempo eu tenho ido junto com outros compositores fazer música, porque eu acho que é muito mais legal quando tem algo de você mesmo na música. Acho que é muito mais fácil das pessoas se conectarem quando você fez parte disso”. Porém, também não descarta o uso de demos.
“Eu acho que eu também tenho a minha qualidade como intérprete, tenho esse talento de trazer músicas à vida e eu sou super aberta a receber músicas se eu me conectar com essa música. Não tem problema nenhum se eu escrevi, ou deixei de escrever”.
Desafios e recepção dos fãs
Com sintetizadores e batida contagiante, Any canta de forma sedutora e ardente:
Suor (suor)
Sweat (sweat)O corpo está pingando de tão molhado (molhado)
Body’s drippin’ wet (wet)A água está escorrendo pelo seu pescoço (pescoço)
Water down your neck (neck)Todo mundo, ah-ah-ah-ah (se soltem)
Everybody, ah-ah-ah-ah (get loose)Suor (suor)
Sweat (sweat)Escorregando no chão (chão)
Slippin’ on the floor (floor)Deslizando pra frente e pra trás (deslizando)
Slidin’ back and forth (slidin’)Todo mundo, ah-ah-ah-ah (deixem pingar, tipo)
Everybody, ah-ah-ah-ah (let it drip like)
Questionada se enxerga a cena pop como um desafio, ela diz que o público é muito exigente. Ainda assim, tenta encarar tudo com menos seriedade. “Acho que é um erro, na verdade, você botar tanta pressão porque no final o pop é para se divertir, é isso que eu entendi na minha caminhada. […] Não precisa, necessariamente, sempre ter grande profundidade. Eu gosto de escutar pop para eu dançar, para eu me sentir bem, empoderada, gostosa. Todas essas coisas também são super válidas. Óbvio, acho que a gente pode entrar os dois, mas é isso, eu quero me divertir, quero que seja uma experiência boa para mim e para os meus fãs”.
E, falando em fãs, não há como negar que boa parte dos admiradores de Any são menores de idade que a conheceram por causa do Now United. Ela refletiu sobre a recepção deles nessa nova fase: “Acho que vai ser um processo, talvez, desconfortável porque eles estão acostumados com a Any que viram a vida inteira. Mas eu mudo, também estou em outros projetos, quero explorar coisas, quero poder fazer o que eu quiser”.
“Às vezes é um choque, mas eu acho que até estou fazendo devagarinho. Não estou fazendo nada extremo, mas o que eu quero dizer é que talvez venha algo extremo. Se eu tiver vontade de fazer algo extremo, não quero me prender nessa noção de que tenho que ser ‘assim’ porque os meus fãs são ‘assim’. Sempre tive essa coisa de querer ser quem eu sou e as pessoas que se conectam com isso vão vir”.