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Editora Altafonte Music Rights anuncia desligamento da Altafonte e se torna ‘BOA Music Rights’

Comandada no país pela executiva Heloisa Aidar, a editora integra a holding de mesmo nome com sede em Madrid, na Espanha, que tem Nando Luaces como sócio e CEO

Heloisa Aidar lidera operação da editora BOA Music Rights no Brasil
Heloisa Aidar lidera operação da editora BOA Music Rights no Brasil. Foto: Caroline Bittencourt/Divulgação

A editora Altafonte Music Rights anunciou nesta sexta-feira (15) a mudança da marca para “BOA Music Rights” e a separação completa da distribuidora Altafonte Music Brasil. Comandada no país pela executiva Heloisa Aidar, a editora integra a holding de mesmo nome com sede em Madrid, na Espanha, que tem Nando Luaces como sócio e CEO. A BOA Music Rights arrecada os direitos de seus autores globalmente, mantendo relação direta com várias sociedades arrecadadoras em diferentes países.

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No Brasil, a BOA Music Rights tem sua sede em São Paulo, onde possui um estúdio de gravação próprio. Entre as premissas da editora, de acordo com o comunicado oficial, estão: “catálogo enxuto, curadoria minuciosa e diversa, e um olhar atento para as diversas oportunidades de mercado para autores”.

Estúdio BOA Music Rights, em São Paulo
Estúdio BOA Music Rights, em São Paulo. Foto: Divulgação

Altafonte Music Rights agora é BOA Music Rights

A BOA Music Rights nasceu como braço editorial da Altafonte no Brasil, com o objetivo de oferecer mais um serviço a seus clientes. No entanto, a empresa cresceu de forma exponencial nos dois últimos anos, e desde 2022 passou a assinar um número expressivo de contratos que não faziam parte da carteira de clientes da Altafonte Music.

Hoje, com mais de 60 autores e 15 editoras, incluindo grandes nomes da música brasileira, como Arnaldo Antunes, Lenine, Racionais, Marina Sena, Baco Exu do Blues, Duda Beat, Tasha e Tracie, Rubel, Kyan, entre outros, Heloisa sentiu a necessidade de ver a empresa alçar um vôo próprio.

“A Altafonte Music Rights surgiu como um braço da distribuidora Altafonte. Era um serviço ‘a mais’ que poderíamos oferecer aos clientes da Altafonte, que são em sua maioria ‘cantautores’ e portanto, precisam de uma empresa parceira para cuidar do seu patrimônio autoral. No entanto, de uma maneira natural, crescemos, e começamos a ter clientes importantes e que queriam apenas trabalhar conosco no lado editorial, detalha Heloisa Aidar.

“A separação das duas empresas surge de uma necessidade de ter um planejamento estratégico da editora mais independente, um caminho próprio, que traga uma nova identidade para o mercado, e também para que as autoras e autores entendam a possibilidade de fazerem parte de uma empresa sem necessariamente ter nenhuma relação com a outra. Diante de tudo isto, decidimos começar esta nova fase”, aponta Heloisa Aidar, Diretora Executiva da BOA Music Rights.

Heloisa Aidar é a diretora de operações da BOA Music Rights no Brasil. Foto: Caroline Bittencourt/Divulgação
Heloisa Aidar é a diretora executiva da BOA Music Rights no Brasil. Foto: Caroline Bittencourt/Divulgação

Nos últimos anos a editora teve um crescimento superior a 70% por ano. A expectativa a partir da migração para a BOA Music Rights é de ampliar este patamar nos próximos dois anos, sobretudo devido à ascensão do gênero de música urbana nas plataformas de streaming. A BOA Music Rights é a gestora de catálogos de expoentes do segmento como Rashid, Gabriel do Borel, Rachel Reis e Melly, entre outros.

De acordo com Heloisa Aidar, a BOA Music Rights se destaca no mercado por ter uma equipe que conhece profundamente o catálogo, uma vez que o foco da empresa é a qualidade e não o volume, e que isto gera tempo a equipe para dedicar-se de forma criativa a cada obra.

“Dessa forma conseguimos representar melhor todas as obras disponíveis e não focamos só nos grandes hits. Também temos mais tempo para trabalhar de forma criativa e proativa, para estar mais perto de todos os nossos clientes. Além de trabalharmos com agilidade e assertividade. Nosso tempo de resposta aos nossos parceiros é sempre menor que 48 horas, e sempre indicamos opções de obras muito certeiras para o briefing que recebemos. Em um mercado onde a função de Music Supervisor (profissionais especializados em curadoria de músicas para produtos audiovisuais) é recente, pouco explorada e reconhecida, este trabalho que fazemos vale ouro.”, finaliza a executiva.

Sobre a BOA Music Rights

Há 04 anos no mercado, a BOA Music Rights é uma editora de música com minuciosa curadoria artística. Com um catálogo enxuto, forte e representativo, tem como missão cuidar das obras musicais com ética e transparência, valorizando a potência criativa dos compositores.

Prezando por autores que sustentam discursos relevantes, urgentes e criativos, o catálogo da BOA Music Rights abriga desde jovens vozes como Majur, Duda Beat, Marina Sena e Baco Exu do Blues aos vanguardistas Arnaldo Antunes, Lenine, Racionais e Ná Ozzetti, entre tantos outros.

Altafonte Music Rights agora é BOA Music Rights
Altafonte Music Rights agora é BOA Music Rights. Foto: Divulgação

Sobre Heloisa Aidar

Heloisa Aidar entrou para o mundo da produção musical em 2007, quando assumiu a gerência da carreira da cantora Mariana Aydar, com quem trabalhou até 2010. No mesmo ano foi convidada a fazer a produção do show de lançamento do álbum Efêmera, da cantora Tulipa Ruiz. Ao lado da artista, foram 7 anos de parceria, sendo Heloisa a empresária responsável pela produção e direcionamento estratégico da carreira da artista em todas as suas vertentes.

Em 2011, fundou a Pomm_elo, que coordenou e fez a curadoria artística de projetos culturais, como “SouMG”, “Festival de Direitos Humanos 2017” , Conexões Maloca”, “Plataforma FIG”, “Lançamento Grupo Rumo 2019”, entre muitos outros. Além disto, a Pomm_elo atuava como selo e editora, e foi a responsável por lançamentos de artistas como Emicida, Rincon Sapiência, Marina Lima, Rashid, Criolo, entre outros.

Heloisa Aidar: coragem e estratégia para se consolidar no mercado

Em 2017, Heloísa, ao lado da artista Mariana Aydar e do produtor musical, Márcio Arantes, lançou a BRISA, uma produtora de áudio focada em conteúdo para TV, internet, cinema e publicidade, que colecionou publicidades de marcas em seu portfólio, como Schin, Farm, Natura, Facebook, e Brahma.

De 2019 a 2020 assumiu, a convite do secretário de cultura da cidade de São Paulo, Alexandre Youssef, a coordenadoria geral da programação e curadoria dos grandes eventos da cidade , promovidos pela Secretaria Municipal de Cultura, sendo a responsável, por exemplo, pela Virada Cultural 2019 – o maior festival 24 horas do mundo.

Em 2018 foi convidada a integrar a equipe da multinacional Altafonte, sendo hoje sócia da regional do Brasil e diretora executiva da BOA Music Rights, que cuida das obras de autores como Arnaldo Antunes, Marina Sena, Melly, Rubel , DJ Gabriel do Borel, Lenine, Duda Beat, entre tantos outros.