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Agredido por homofobia, jovem gay mistura rap e pop para dar volta por cima


Rapper e gay. Fã de Lady Gaga e de MV Bill. Assim é Paulo Amaro. Aos 15 anos, ele se afastou do rap por causa da homofobia que grita neste nicho. Mais tarde, foi agredido com socos e chutes – em um ataque homofóbico – ao sair de uma festa em Brasília. Ao ser tornar vítima de um crime que abala tantos LGBTQs no Brasil, Paulo decidiu voltar para o rap e agora lança um clipe, com muitas cores e coreografia, e um álbum de 12 faixas.

“Eu me vi compondo novamente. Foi aí que percebi que o mesmo rap que deu voz para o Amaro, jovem, pobre e de periferia, daria voz ao Amaro que se tornou um homem gay. A minha arte deveria ser de resistência e luta. Falar sobre temáticas LGBTQI+ dentro do rap foi só consequência do que o próprio rap me ensinou: falar sobre verdade!”, diz o artista, “este trabalho é basicamente sobre mergulhar em si mesmo, expor dores, fraquezas, traumas, nadar contra a maré, mas sempre buscando forças, voltar para a superfície e dizer: eu mergulhei e olha… me orgulhei!”.