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Rita Lee tem acervo exposto em mostra no MIS, em São Paulo

A exposição de curadoria de João Lee e direção artística de Guilherme Samora
Estreia exposição no MIS da Rainha do Rock | Foto: Guilherme Samora

Uma explosão de cores, de música e de alegria. Assim pode ser descrita a Samsung Rock Exhibition Rita Lee, mostra que está em cartaz no MIS (Museu da Imagem e do Som). Realizada pela Dançar Marketing, a exposição em parceria com o Ministério do Turismo por meio da Secretaria Especial da Cultura, com patrocínio máster da Samsung, patrocínio da XP e Porto Seguro e apoio UNINASSAU.

“Sou dessas acumuladoras que não jogam fora nem papel de embrulho e barbante. Vou adorar abrir meu baú e dividir as histórias que as traquitanas contam com quem for visitar. Tenho recebido ajuda de uma turma da pesada: o grand maestro da cenografia é do meu querido Chico Spinosa, meu figurinista e carnavalesco da Vai-Vai; a direção é do meu multitalentoso Guilherme Samora e a curadoria é do meu filho João”, conta Rita.

Já o curador João Lee revela que “é muito emocionante. Tem uma parte dessa história que vivi com ela e tem outra que não estava aqui ainda. Então, ver essas roupas, esses momentos tomarem vida, é muito emocionante. São personagens, também, de meus sonhos e imaginação. E é a história de vida da minha mãe. E isso mexe diretamente com minha emoção”.

E essa mistura deu à exposição um jeito muito próprio, como conta Guilherme Samora, o diretor artístico. “Acredito que as pessoas vão se surpreender. Existe tanto acervo da Rita que o que enfrentamos nessa exposição foi justamente a edição do que ficaria de fora. Artigos preciosos e raridades não faltam”.

“Por isso, ela foge do estilo de exposições com muitas reproduções ou essencialmente virtuais. Durante a montagem, fiquei arrepiado em diversos momentos, só de sentir o valor de cada peça, de cada sala. Tudo lá tem um motivo. E uma das grandes preciosidades é justamente ter o Chico Spinosa, que trabalhou com a Rita pela primeira vez em 1982, nessa viagem com a gente”, completa o diretor.

A divisão das salas é temática e, em tantos casos, afetiva. E Rita tem suas preferências: “Todas as peças contam uma história diferente e engraçada. Mas o vestido de noiva que Leila Diniz usou e a bota prateada da Biba eu dou valor. E ambos são produtos de roubo”, diverte-se Rita, ao lembrar que nunca devolveu o vestido depois de usar numa apresentação dos Mutantes e da famosa história das botas, com as quais saiu andando da butique Biba, de Londres, em 1973.

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O encontro e o amor de Rita e Roberto de Carvalho; a repressão da ditadura (Rita é a compositora mais proibida, segundo dados da época) e a prisão; a família; a causa animal e obras de arte da Rita têm destaque. Assim como estruturas criadas especialmente para a mostra, como o palco giratório, a manequim que levita, o Peter Pan que sobrevoa a entrada…

Áudio em Dolby Atmos

O estúdio é um caso à parte: terá uma experiência de áudio imersivo que utiliza a tecnologia Dolby Atmos, com projeto desenvolvido pela ANZ Immersive Audio, trazendo uma experiência sonora imersiva para a sala da exposição baseada em um estúdio. Ultrapassando a reprodução de som da maneira convencional, o áudio imersivo proporciona uma escuta similar à vida real, com sons acima, abaixo, aos lados, na diagonal, em toda sua volta.

A ANZ espacializou músicas da rainha do rock em 3D, e preparou uma instalação na qual as caixas de som, de altíssima qualidade, foram perfeitamente posicionadas para o público escutar algumas de suas obras como nunca: vindas de todas as direções.

“É uma tecnologia que permite que a gente consiga ouvir vários detalhes da música que antigamente a gente não conseguiria. Vai dar claridade aos elementos e muito mais profundidade. E vai ser superinteressante: ao invés de a música te pegar só na direita e esquerda, ela te pega em 360°”, explica João.

Um detalhe especial – e que vai levar a exposição a outro nível – é a visita guiada pela própria Rita. Através de QRCodes, os visitantes poderão ouvi-la contando sobre alas, peças, histórias… “Achamos que ia ficar simpático ter minha voz narrando as histórias das peças, me sinto mais íntima do visitante. Não seria exagero dizer que esta exposição vai ser a mais bacana até agora, porque foi pensada para dar alegria às pessoas no meio de tantas tristezas”.

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