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9 álbuns “subestimados” para você redescobrir na quarentena

Esses aqui mereciam mais atenção, hein! Mas, como nunca é tarde demais, que tal dar uma segunda chance para esses álbuns?

O mundo inteiro recuou e apertou o botão de “pause” desde que se instaurou a pandemia de coronavírus e a necessidade do isolamento social. No que concerne à música, todos os shows, festivais e turnês foram suspensos e grande parte dos lançamentos previstos foram adiados – diante da dificuldade de fazer qualquer divulgação tradicional no momento. Diante deste cenário, o POPline te convida a redescobrir álbuns pop que não tiveram a atenção e o reconhecimento merecidos quando foram lançados. A redação do site se reuniu e cada jornalista indicou um disco para sua quarentena. Dê uma nova chance a eles!

“Little Voice” – Sara Bareilles (2007)
É partir o meu coração que a única vez que Sara Bareilles tenha caído na boca da grande massa de fãs de pop internacional foi durante a questão se houve plágio ou não de “Brave” em “Roar”, da Katy Perry. Isso foi em 2013. Seis anos antes, Sara estreava no cenário musical com um disco coeso, sem nenhum erro de produção ou composição. O lead-single, “Love Song”, foi escrito sob uma ótica que os fãs de pop adoram: um super shade. Só ela “vingou”. E é uma pena. O “Little Voice” traz experiências da vida pessoal da artista (como “Morning Side”, “Come Round Soon” e a incrível “Gravity”) e os bastidores do mundo da música (como “Vegas”) sem ser óbvio. Somado a isso, Sara ainda tem uma das melhores vozes – e carisma – de sua geração. É um álbum para você ouvir com fone, no escuro, de posição fetal na cama. Dica: se você está de coração partido, pule “Between the Lines”. É um soco no estômago. Por Amanda Faia

“My December” – Kelly Clarkson (2007)
Kelly Clarkson lançou o “My December” depois do auge de sua carreira. A pressão era grande para manter o sucesso, mas ela lutou para ser verdadeira com si própria e foi contra os padrões do mercado sobre o que é fazer um hit pop fácil de emplacar. Com isso, ela teve um embate forte com sua gravadora. Apesar de ter sido lançado, o projeto não teve apoio em divulgação. No entanto, esse é um dos álbuns favoritos entre os fãs porque mostra verdade, em uma sonoridade crua, sincera e mais inspirada no rock. Não é um álbum para relaxar na quarentena, já que é “pesado”, mas dá pra ter um pouco disso em faixas como “Be Still” e “Can I Have A Kiss”, as mais fofas. Destaque para (o único) single “Never Again” e a arrepiante “Sober”. Por Caian Nunes

“Supposed Former Infatuation Junkie” – Alanis Morissette (1998)
Enquanto o mundo vivencia o isolamento social, você pode tirar este momento para trabalhar o autoconhecimento. Tal como Alanis Morissette fez ao viajar para a Índia e reformular sua jornada emocional e espiritual. O resultado desta redescoberta interior foi “Junkie”: um álbum denso, introspectivo e cheio de diálogos. “Unsent” é uma carta aberta a todos os ex-namorados e trata sobre responsabilidade afetiva. Ela exorciza seus demônios na melancólica “That I Would Be Good” e deixa de lado as percepções das pessoas sobre ela. Por intermédio de um terapeuta, resolve as diferenças com o pai em “The Couch” e coloca o passado em perspectiva. Por fim, “Thank U” é seu genuíno agradecimento às coisas boas e ruins e às lições que ficam. “Junkie” vendeu bem menos que “Jagged Little Pill”, mas representou a libertação e a paz de espírito que Alanis precisava naquele instante. Por Daiv Santos

“Charmbracelet” – Mariah Carey (2002)
Sucessor do álbum Glitter, trilha sonora do filme homônimo, conhecido como o maior fracasso comercial da carreira de Mariah Carey, o disco Charmbracelet, lançado em 2002, foi visto com muita desconfiança tanto da crítica, como do público, porque fazia um ano do seu grande colapso, mas ela já estava de volta com um novo trabalho. Enquanto os holofotes midiáticos ainda se preocupavam em repercutir a sua atuação como atriz, no bracelete “charmoso” de Mariah Carey, a cantora mostrava mais uma faceta da sua voz – mais soprosa e explorando os semitons em baladas poderosas como “Through The Rain”, “The One”, “Yours” e “I Only Wanted”. Além, é claro, das suas colaborações com rappers em suas canções de R&B como “Boy” com Cam’Ron e “You Got Me” com Jay-Z e Freeway. Fechando o disco, há o surpreendente cover de uma canção de pop/rock, “Bringin’ On The Heartbreak”, de Def Leppard, algo até então inédito na discografia de Mariah. A emancipação de Mariah Carey começava aí! Por Helena Marques

“Back To Basics” – Christina Aguilera (2006)
Unindo de forma perfeita o jazz, blues, Pop e R&B e totalmente inspirado nas divas do soul dos anos 1940, 1950 e 1960, Christina Aguilera mostrou toda sua maturidade, pessoal e vocal, no disco “Back to Basics”, um dos mais subestimados de sua carreira. Sempre ofuscado por títulos como o “Stripped” e o “Bionic”, por serem mais “farofa”, o “Back To Basics” é uma verdadeira obra prima musical de Aguilera, que uniu seus fortes vocais a músicas dançantes e baladas poderosas, como “Ain’t No Other Man” e “Hurt”. O álbum é também uma perfeição em sua identidade visual, desde o encarte do disco (que é duplo) até os looks de clipes e da turnê, uma das maiores da carreira da cantora. Por Kavad Medeiros

“Sandy & Junior” – Sandy e Junior (2006)
O último álbum de inéditas da dupla é o de menor popularidade da carreira deles. Vendeu menos e teve atenção menor do público, mas traz verdadeiras pérolas. Destaques para “Estranho Jeito de Amar” e para participações especiais de Milton Nascimento e Taboo, do Black Eyed Peas. Os irmãos estavam mais maduros, confiantes e conseguiam equilibrar perfeitamente as preferências de um e de outro. Há baladas pop e faixas mais rock e blues. Tem composição de cunho social e composição cômica. Sentimentos de amor e de raiva. O resultado é um dos álbuns de maior qualidade da carreira da dupla. Por Leonardo Torres

“Underneath” – Hanson (2004)
Crescer aos olhos do público nunca foi fácil para nenhum artista, especialmente quando seu primeiro trabalho alcança sucesso até então inimaginável – que é o caso do Hanson. Em seu terceiro álbum e primeiro lançamento independente pelo selo próprio 3CG o trio de Oklahoma não recebeu a mesma atenção da mídia e do público, passando até por dificuldades financeiras em seu lançamento, entretanto entregaram um dos álbuns mais fortes de seu catálogo. Pautados em sonoridade power pop, que é a coluna vertebral do Hanson, os irmãos fizeram um disco mais polido, mais maduro, recheado de refrões cativantes e letras fortes. Ainda que não haja destaques tão exponenciais quanto “Mmmbop”, do disco de estreia, “Underneath” é mais coeso, conta uma história com princípio, meio e fim e traz ótimas músicas como “Strong Enough To Break”, que abre o disco, “Penny & Me”, “Lost Without Each Other”, “Get Up and Go” e “Crazy Beautiful”. Por Mari Pacheco

“Agridoce” – Agridoce (2011)
O Agridoce é o projeto paralelo da Pitty com o guitarrista Martin Mendonça (que toca com ela desde a época do Anacrônico). O duo surgiu de maneira despretensiosa, durante as férias dos artistas. Na época, eles foram eleitos um dos representantes do “fofolk”, um folk mais fofo. Apesar do estilo ser o cartão de visitas, o álbum tem também inspirações melancólicas e reflexivas.
O registro foi concebido em um estúdio na Serra da Cantareira e mostra referências e sonoridades diferentes do que o público da cantora estava habituado. Os fãs puderam conhecer Pitty ainda mais, já que, além dos vocais, ela assumiu o piano e cantou em três idiomas (português, inglês e francês). A faixa “Dançando”, que expressou visualmente uma das grandes referências do álbum, foi a que mais gerou barulho e trouxe uma nova leva de fãs para a cantora. Revisitar o Agridoce é uma ótima pedida para entender ainda mais a importância de Pitty para a música brasileira. Por Pamella Renha

“ARTPOP” – Lady Gaga (2013)
Ele não foi um fracasso comercial, mas foi o suficiente para levar Lady Gaga ao limbo por um tempo. Artpop – ou Artflop, como apelidaram alguns maldosos – se tornou um dos maiores fracassos da carreira da cantora, por não alcançar o “padrão Gaga de qualidade”, esperado por alguns, na época. Lançado em 2013, rodeado de conceitos, o disco se tornou uma incógnita, sendo odiado e amado ao mesmo tempo. Artpop é o terceiro álbum de estúdio de Gaga. A cantora o descreveu como “uma celebração e uma jornada musical poética” e uma exploração do fenômeno “reverso warholiano”, em alusão ao pintor e cineasta americano, Andy Warhol, um dos principais nomes da pop arte. Mas a ambição de Gaga foi um tiro no pé. A cantora não conseguiu imprimir bem suas inspirações e correu um risco que é comum aos experimentos: nem sempre eles funcionam. Mas musicalmente, o disco é bem rico. Ele tem composições puramente pop e, nas letras, Gaga fala, entre outras coisas, sobre fama, sexo e autocapacitação. Destaque para faixa de abertura, “Aura”, que apresenta quase todas as referencias que permeiam o álbum. Rola R&B, EDM e muita batida eletrônica. Talvez por isso, ouvintes casuais e rádios comerciais não tenham tido tanta paciência para apreciá-lo. – Por Victor Arris.

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