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20 anos de “…Baby One More Time”, o álbum de Britney Spears que ditou a cara do teen pop nos anos 2000


Neste 12 de janeiro, completam-se 20 anos do lançamento do álbum “…Baby One More Time” (1999), o primeiro da carreira de Britney Spears. Certamente um marco em sua trajetória, o disco também marcou a música pop e ditou o que seria o teen pop dos anos 2000. A partir dali, ou as cantoras queriam ser como Britney Spears (e se esforçavam para copiá-la) ou queriam representar o extremo oposto dela – como Avril Lavigne e P!nk. Referência, portanto, ela era para todas.

Impulsionado pelo single homônimo, lançado no ano anterior, “…Baby One More Time” estreou no topo da Billboard 200. Com isso, Britney se tornou a primeira estreante a ter um disco nº1 na Billboard 200 e um single nº1 na Billboard Hot 100 ao mesmo tempo. O álbum passou seis semanas não consecutivas na liderança do ranking dos mais vendidos dos Estados Unidos e vendeu mais de 1,8 milhão de cópias no país em seus primeiros dois meses. Lembrando que, naquela época, não tinha stream nem download. O número significava que 1,8 milhão de americanos haviam ido a lojas físicas e adquirido o CD.

Em termos comerciais, foram vários marcos:
– Britney Spears se tornou a artista mais jovem a receber um certificado de diamante da Associação Americana da Indústria Fonográfica (RIAA);
– Britney foi a artista líder de vendas de 1999 nos Estados Unidos;
– O álbum foi o mais vendido do Reino Unido em 1999 (4x platina);
– O álbum ficou 51 semanas no Top 10 da Billboard Hot 100;
– Foi o 29º álbum mais vendido dos anos 1990 nos Estados Unidos, tendo sido lançado em 1999;
– Diamante no Canadá; 6x platina na Coreia; 4x platina na Austrália e no Reino Unido; 3x platina na Espanha, na Holanda, na Nova Zelândia, na Alemanha e na Bélgica; 2x platina na Dinamarca, na França, no México e na Suíça; platina na Argentina, na Áustria, no Japão, na Noruega, na Polônia e na Suécia;
– É até hoje o álbum mais vendido da carreira da Princesa do Pop, com mais de 32 milhões de cópias comercializadas mundialmente.
– Entrou para o Livro dos Recordes: álbum mais vendido por uma artista adolescente solo.

Os adolescentes do mundo inteiro passaram a amar e idolatrar Britney Spears, a ex-menina da Disney, virginal, vestida de colegial, mexendo com o imaginário dos marmanjos. Ela rapidamente virou um sex symbol. Garotas queriam ser como ela, garotos queriam namorá-la. Ou vice-versa. Mas a crítica caiu matando em cima do álbum. A revista Rolling Stone deu duas estrelas (de cinco) e a NME deu apenas uma estrela (de dez!!!). Os críticos não botavam fé que aquela voz anasalada daria certo. Não entendia que estava justamente ali o charme da cantora e performer. A própria Britney estava se descobrindo. Esse álbum foi muito definitivo para o que viria a ser sua carreira. Antes, ela pensava em ser uma cantora country. Imagine só.

Depois, todo mundo passou a se render. A turnê “…Baby One More Time”, que começou por teatros e casas de espetáculos em 1999, virou “Crazy 2k Tour” em 2000 e Britney passou a se apresentar em arenas. Ela recebeu duas indicações ao Grammy Awards – como Artista Revelação e Melhor Performance Pop Vocal Feminina. Também levou o prêmio de álbum favorito do público no Teen Choice Awards, claro. Nascia uma popstar. “Sometimes” e “(You Drive Me) Crazy” foram outros grandes sucessos do disco. Max Martin, que já era um produtor bem sucedido com trabalhos para Robyn, 5ive e Backstreet Boys, viu sua carreira catapultar. Até hoje, ele é lembrado por sua associação com Britney Spears. Com isso tudo, os mesmos veículos que tinham avacalhado Britney passaram a enaltecê-la. A Rolling Stone a reconheceu como um ícone da cultura pop, responsável pelo “crescimento do teen pop da vira do milênio”.

PARABÉNS, BRITNEY!