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Assista ao trailer do documentário sobre o desastroso Woodstock 1999

Limp Bizkit (Crédito: Getty Images)

O sonho era comemorar o 30º aniversário do festival de música mais icônico de todos os tempos. A realidade era muito, muito mais sombria: quatro dias de calor tórrido, saneamento horrendo, comida cara demais e bandas que levaram o público a um frenesi louco. Todo o desastre é apresentado no trailer de dois minutos do documentário Woodstock 99: Peace, Love and Rage, que estreia no dia 23 de julho na HBO.

Jovens, em sua maioria brancos e de classe média alta, promoveram a destruição no Woodstock 99 (Crédito: Getty Images)

Dirigido por Garret Price, o filme relembra a edição de 1999 do festival Woodstock, que foi promovida como um retorno ao jardim da contracultura. Mas que, em vez disso, acabou em tumultos violentos, incêndios criminosos, alegações de agressão sexual e saques quando os organizadores perderam todo o controle do festival realizado em uma antiga instalação militar no interior do estado de Nova York.

O evento foi um desastre tão épico quanto o evento original de 1969 foi um triunfo que definiu uma geração. Em vez do pacífico love-in apresentando os artistas mais inspiradores de uma geração, o Woodstock ’99 era uma mistura de hard rockers populares (Limp Bizkit, Korn, Creed) com nomes da antiga (Mickey Hart, Willie Nelson, John Entwistle, do The Who), hip-hop (DMX, The Roots, ICP), bandas de jam (Moe., String Cheese Incident) e estrelas pop (Sheryl Crow, Moby) tocando para um público cada vez mais agitado.

“Há um sexto sentido que você desenvolve quando passa sua vida indo a locais como aquele. Posso dizer a você, a 30 metros de distância, como será a energia naquele local”, disse Moby na prévia do filme. A filmagem mostra pessoas sorridentes caminhando sobre o concreto, sem sombra e que irradia calor, onde 400 mil fãs “assaram” durante o fim de semana fatídico. Era uma prévia do caos que estava por vir. “Saímos do ônibus e eu pensei, ‘algo não está certo'”, pontuou o artista.

O filme coincide com o 22º aniversário do “dia em que os anos 1990 morreram”. Muitos dos principais nomes do line-up foram atingidos por garrafas de água de 4 dólares, “lama” do lado de fora dos banheiros químicos onde os usuários chafurdavam e as “más vibrações” vindas de jovens brancos geeks que encontraram alívio para sua hostilidade quando bandas como Limp Bizkit os encorajavam durante a performance de “Break Stuff”.

Com entrevistas dos organizadores do evento, Michael Lang e John Scher, bem como Jonathan Davis (Korn), integrantes do Offspring, Scott Stapp (Creed) e os críticos culturais Wesley Morris e Maureen Callahan, entre outros, o filme revisita o fogo e a fúria alimentada pela masculinidade tóxica e a sensação de que a decisão de transformar os símbolos da paz de uma geração anterior em cifrões estava fadada a terminar em tragédia.

Assista ao trailer do documentário:

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