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WME lança selo que chancela eventos e marcas compostas por mulheres

Criado por Claudia Assef e Monique Dardenne, o selo tem o intuito de aumentar o protagonismo da mulher na música

Clau Assef e Monique Dardenne | Foto: Vtao Takayama/Divulgação

Com o intuito de equalizar line-ups e equipes de eventos musicais no país, a plataforma WME lança o selo IGUAL, que convida festivais, festas, clubs e casas de shows a ter pelo menos metade de seu staff (entre artístico e produção) composto por mulheres, pessoas não-binárias ou trans.

O selo IGUAL já começa com grandes parceiros da cena musical como Heavy House, Se Rasgum, Coquetel Molotov, Bananada, Sim São Paulo, Sarará e Balaclava. A iniciativa é inspirada na organização Keychange, um selo global que trabalha com a certificação de eventos musicais em 12 países e é responsável por importantes dados, como a porcentagem de mulheres no chart top 100 da Billboard (no qual apenas 20% são mulheres) e que os homens representam 95% da força de trabalho nas maiores orquestras do mundo.

Para submeter eventos e marcas ao novo selo é preciso preencher o formulário na landing page do projeto, que estará disponível em (URL) a partir de 20 de outubro, enviando informações sobre as equipes de trabalho. No final deste ano, novas adições ao selo IGUAL serão anunciadas durante o WME Awards by Music2! – primeiro prêmio de música dedicado às mulheres. A 5ª edição do evento terá transmissão ao vivo pelo canal TNT no dia 16 de dezembro. A cada ano, novos parceiros do selo serão anunciados durante a cerimônia.

“Graças a diversas iniciativas como o WME, podemos ver que as mulheres têm tido cada vez mais espaço em projetos musicais, mas, mesmo assim, ainda falta muito para chegarmos à igualdade de gênero no setor”, conta Claudia Assef.

Monique Dardenne completa: “Criamos o selo IGUAL para exaltar as empresas ligadas à música que realmente estão junto com a gente nessa luta”.

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Histórico de luta

Além de serem as idealizadoras do selo IGUAL, Claudia Assef e Monique Dardenne têm lutado bravamente para aumentar o protagonismo da mulher na música desde 2016, quando criaram a plataforma Women’s Music Event.

Desde 2017, dois eventos anuais atuam na aceleração de uma mudança de mindset no mercado da música: a WME Conference, voltada para a formação, aprendizado e networking, e o WME Awards by Music2!, a primeira premiação brasileira voltada para as mulheres na música, prêmio desenvolvido pelas criadoras do WME ao lado de Fátima Pissarra, CEO da Mynd e Music2!.

Em 2019, a plataforma lançou para o mercado o Banco de Profissionais WME, um aplicativo que contempla um banco de dados de profissionais mulheres de todo o Brasil, de DJs a advogadas de direitos autorais. Através do app e também via site do WME, é possível encontrar perfis de milhares de profissionais da música, facilitando assim a vida de contratantes que desejem equalizar suas equipes.

“Ao longo da história do WME nós desenvolvemos várias ferramentas para o mercado contratar mais profissionais. Desde a conferência, que é uma vitrine para o mercado, com mais de 100 shows realizados com equipe totalmente feminina, até o Banco de Profissionais, onde temos mulheres cadastradas em mais de 32 profissões. Vimos o impacto ao longo desses 6 anos na quantidade de profissionais mulheres que existem no mercado apenas esperando oportunidades”, conclui Monique Dardenne.

O lançamento oficial do selo IGUAL acontecerá na Heavy House, em São Paulo, nos dias 20, 21 e 22 de outubro, quando a casa será tomada por um elenco estrelado de mulheres em sua cabine e também nas projeções. O evento, aberto ao público, seguirá todas as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo obrigatório o uso de máscaras e apresentação de comprovante de vacinação.