No novo episódio de “W.Doc“, Wanessa Camargo falou sobre o álbum 33. Lançado em 2016, ele foi anunciado como o disco que marcava a volta de Wanessa ao sertanejo. Para a cantora, esse rótulo foi o grande erro do período.
“Eu sempre disse que não gostava de me rotular, que cada CD que eu lançava retratava sobre aquele determinado momento que eu estava vivendo. Então, lógico que o meu público que vem do “DNA”, olha e pensa ‘O que é que é isso?'”
Wanessa diz que o disco passeia por vários ritmos e colocá-lo na “prateleira” sertaneja impossibilitou que muitas pessoas tivessem acesso ao trabalho
“Isso foi um erro. Porque o CD tem várias vertentes, inclusive, a sertaneja. Então, esse rótulo foi um grande erro. Não permitiu que as pessoas pudessem ouvir o “33” e entenderem sem rótulos. Eu deveria ter falado, ‘não, gente, não vamos rotular’, mas acabei pensando: ‘Ok, isso é o que deve ser feito, então é o que vai ser feito’. Agora, eu não me defino mais, eu sou plural. Rótulo limita a gente e eu não sou artista de estar em um lugar só.”
Wanessa ressalta a importância do 33 para a sua carreira
A cantora, acima de tudo, enalteceu o projeto, explicando que foi um divisor de águas para a sua carreira: “Esse projeto conseguiu me colocar de novo no mercado popular e transitar entre as duas vertentes. Eu queria que as pessoas também lembrassem que eu era uma cantora de música popular. A música “Coração Embriagado” cumpriu muito bem esse papel“.
Wanessa relembrou os shows icônicos dessa época
Cantando músicas que dialogavam com o público sertanejo, Wanessa explicou como se sentiu ao voltar a fazer shows em grandes festivais: “Tivemos shows incríveis, como em Barretos, que fiz uma dobradinha com Maiara e Maraísa. Um dos palcos mais legais que tive a oportunidade de estar nessa era, foi na festa das Patroas, em Belo Horizonte. É uma responsabilidade muito grande dividir o palco com Marília Mendonça e Maiara e Maraísa“.
Ela continuou: “Eu pude resgatar todo um sertanejo raiz, que fez parte da minha formação, pude resgatar “Amigos”, cantei galopeira. As pessoas nas redes sociais estavam dizendo que iriam para o banheiro na hora do meu show, mas foi um show muito especial, o público começou morno, mas depois eles se conectaram“.
Saída da Work Show
A cantora explicou como terminou essa era, e que é muito grata pela Work Show ter desenvolvido esse trabalho com ela:
“Aí eu vi que no próximo álbum eu tinha muitas ideias novas e decidi seguir independente. Mas sou muito grata pela Work Show. É um trabalho que eu aprendi a ser mais maleável, a compartilhar, as decisões, eu tenho muito orgulho do 33. É um álbum de transição para novos caminhos. É um trabalho que para muita gente é incrível, para outros não. Porque é muito diferente do que estava fazendo no DNA, mas acima de tudo, é um álbum muito romântico. Eu adoro“.