O homem de 70 anos que precisou pular do quarto andar de um prédio em Patos de Minas (MG), no último final de semana, afirmou perdoar a neta de 11 anos por ter ateado fogo no sofá e incendiado o apartamento. Em entrevista, o senhor disse: “Sou como um pai para ela. Ela é meu xodó”. De acordo com as investigações, tudo aconteceu porque que a avó proibiu a criança de usar o celular após ter visto várias buscas por “rituais de bruxaria”.
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Ele contou ao O Globo que a menina começou a apresentar sinais de um comportamento que a família considerava fora do normal desde muito cedo. Segundo o idoso, a neta tem diagnóstico de bipolaridade e desde um ano e meio oscila momentos de agressividade e ternura.
“Eu só disse que ela não tem culpa de nada, falei: ‘O vovô te perdoa'”. Ela toma remédio há muitos anos para controlar a doença. É muito querida. Há problemas pontuais. Na escola, às vezes, ela fica agressiva e vai para a secretaria, mas eles já sabem do caso”.
Vídeos dos idosos pulando pela janela para se salvar do fogo circularam nas redes sociais. Enquanto isso, a neta andava de patins no condomínio. Conforme noticiado pelo jornal O Globo, uma série de comportamentos da criança está sendo analisada, isso porque há relatos de que a menina já tinha apresentado oscilações de humor antes de ter tido a reação inesperada de incendiar o apartamento e deixar os avós trancados no quarto.
Quando os Bombeiros chegaram no condomínio, o casal já havia escapado. A queda dos dois foi amortecida por colchões colocados por vizinhos e eles foram socorridos e levados para um hospital. A avó de 53 anos apresentava dor no peito e nas pernas, já o avô de 70 anos não precisou de atendimento médico.
Criança está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar
De acordo com a entidade, a criança foi entregue à mãe, ouvida e será observada por assistentes sociais e psicólogos. O relato feito pela menina à conselheira que a atendeu está sob sigilo de Justiça. O Conselho Tutelar adotou as providências previstas pelo artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que, entre outras coisas, prevê tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico em regime hospitalar ou ambulatorial, entre outras medias. Ademais, a Polícia Civil de Minas informou que “irá analisar as causas e circunstâncias do fato”.