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Viúvo de Paulo Gustavo diz “sentir pela irresponsabilidade desse desgoverno”

Thales Bretas esteve no “Encontro” desta segunda-feira (20) para falar sobre o ator

(Foto: Globoplay)

Dois meses após a morte de Paulo Gustavo, vítima de Covid-19, Thales Bretas marcou presença no sofá virtual do “Encontro” desta segunda-feira (5) para bater um papo com Fátima Bernardes. O dermatologista detalhou como está sendo a retomada da vida sem o ator.

(Foto: Globoplay)

Thales Bretas esteve com Paulo durante todos os momentos de sua internação. O dermatologista explicou que são três os pilares que têm o ajudado a seguir em meio ao luto.

“Primeiro as crianças, que me estimulam a correr atrás de tudo, ter um interesse novo, ter um amor condicional e ver a continuação desse amor que eu tive pelo Paulo, do nosso casamento. O meu trabalho tem me ajudado muito, quando eu retomei algumas pessoas achacaram ser precoce, mas meu trabalho também me leva para uma coisa do conhecimento, estudo. Eu com mais vontade de crescer na minha profissão e me aperfeiçoar, então isso também me distraí um pouquinho. E os amigos e familiares, os momentos que estou com eles são impagáveis. O carinho, uma palavra de distração ajuda bastante até que o tempo acomode um pouco melhor as coisas”.

Paulo Gustavo seguia uma rotina de cuidados contra Covid-19

Thales lembrou que Paulo Gustavo era cheio de planos para a carreira e a corrente de energia positiva foi impactante. “Sempre o vi como gigante. O maior do mundo. A repercussão [da morte] foi enorme, mas ele era realmente grandioso. […] Ele tinha muitas ambições profissionais. Queria ganhar o Oscar.”

O médico afirmou que o ator era meticuloso nos cuidados para evitar o contaminação. “A gente se cuidava extremamente, tínhamos protocolos rigorosos, mas é uma doença imprevisível. Ele era jovem, saudável e tinha um quadro leve de asma controlada há anos”.

Fátima cedeu o espaço do “Encontro” para que Thales pudesse fazer um apelo: “A Covid atinge pessoas saudáveis. Acredito que os jovens precisam ter maiores cuidados e ter empatia pelos outros”. Foi quando ele revelou alguns dos momentos mais traumatizantes durante a internação de Paulo.

“É muito difícil ainda. É bom relembrar as coisas boas. Vivi o período de hospital e internação. Como médico, talvez estivesse preparado, mas confesso que vi coisas que me traumatizaram um pouco. [Falar sobre ele] Às vezes, é bom; às vezes, é melancólico.”

Questionado, por fim, se já se sentiu tomado por algum sentimento ruim, como a injustiça, Thales negou. “Injustiça, não. Acredito nos desígnios de Deus, mas sinto pela irresponsabilidade desse desgoverno. É uma barra o que estou vivendo. Eu, toda família [do Paulo] e, de maneira geral, todas as famílias [de vítimas da Covid]”, afirmou.

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