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Vítimas detalham como Felipe Prior agia nos casos de estupro

(Foto: Instagram @felipeprior)

ATENÇÃO: a matéria a seguir aborda assuntos como abuso e violência sexual, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você esteja passando ou conheça alguém que possa estar sendo vítima deste tipo de violência, procure o canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, pelo telefone 100.

As advogadas Juliana Valente e Maira Pinheiro, que representam as vítimas de Felipe Prior, revelaram o modus operandi dele nos casos de estupro. Ele é acusado por quatro mulheres e, segundo relatos, seguia um padrão ao praticar o crime. Além da condenação a seis anos em regime semiaberto por um episódio que aconteceu em 2014, o ex-BBB já é réu em um e está sendo investigado em outros dois.

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(Foto: Instagram @felipeprior)

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Ao G1, Maira Pinheiro disse que todas as mulheres que denunciaram Felipe Prior descrevem atitudes semelhantes dele nos casos.

  • “Ele aborda meninas alcoolizadas. Em geral, elas têm 20 e poucos anos. Franzinas. Essa parte da compleição física é bem comum”, disse.
  • “Insiste para investidas sexuais, é recusado. E aí a dinâmica assume contornos fisicamente violentos. De contenção física”, continuou.
  • “Uma coisa que a gente notou também é que essas falas de ‘Eu sei que você quer, para de se fazer de difícil’ aparecem nos diferentes casos”, contou.
  • “Ele diz que não as conhece. Que desconhece qualquer aspecto do relato delas”, completou.
  • “No caso da Themis [mulher que fez a primeira denúncia e foi entrevista pelo “Fantástico], ele não tem como dizer que ele não estava lá porque existe o prontuário hospitalar da data seguinte ao dia do estupro, as mensagens que ele trocou com ela, em que ele manifesta preocupação sobre algo que acabara de acontecer”, completou Maira Pinheiro.

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    As advogadas ainda declararam durante entrevista que Felipe Prior pode ser condenado a 24 anos de prisão. Além do delito de 2014 denunciado por Themis, outros abusos aconteceram em 2015, 2016 e 2018. “Caso ele também venha a ser condenado nessas outras violências sexuais – o que a gente tem plena convicção, diante de tantas testemunhas, laudo, print, prontuário – ele pegará, no mínimo, 24 anos de condenação, afirmou Juliana Valente.

    A criminalista explicou que esse cenário é possível porque a pena para o crime de estupro varia entre seis anos (pena mínima) e dez anos (pena máxima), ou seja, em caso de condenação com pena mínima nos outros três casos, a somatória seria de 24 anos.

    “A gente acredita que ele pegue uma pena maior nesses outros casos. A gente espera, acredita na Justiça brasileira, que vão acontecer essas condenações desses crimes brutais. Depois de tanto sofrimento, essas vítimas vão conseguir o mínimo da Justiça, porque essa dor nunca vai ser reparada”, disse.

    Para a advogada, o tempo da pena na condenação relativa ao caso de 2014 também poderia ser maior“A pena poderia, sim, ser aumentada por conta da brutalidade do crime, por conta da personalidade do autor, por conta do modus operandi que o crime ocorreu; sem camisinha… Diante de toda essa violência, a gente entende, sim, que caberia um aumento de pena”, pontuou.

    A equipe que defende Felipe Prior reitera, em nota, a inocência dele e que a sentença prolatada pela 7ª Vara Criminal de São Paulo será objeto de recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

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