ATENÇÃO: a matéria a seguir aborda assuntos como abuso e violência sexual, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você esteja passando ou conheça alguém que possa estar sendo vítima deste tipo de violência, procure o canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, pelo telefone 100.
As advogadas Juliana Valente e Maira Pinheiro, que representam as vítimas de Felipe Prior, revelaram o modus operandi dele nos casos de estupro. Ele é acusado por quatro mulheres e, segundo relatos, seguia um padrão ao praticar o crime. Além da condenação a seis anos em regime semiaberto por um episódio que aconteceu em 2014, o ex-BBB já é réu em um e está sendo investigado em outros dois.
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Ao G1, Maira Pinheiro disse que todas as mulheres que denunciaram Felipe Prior descrevem atitudes semelhantes dele nos casos.
“No caso da Themis [mulher que fez a primeira denúncia e foi entrevista pelo “Fantástico], ele não tem como dizer que ele não estava lá porque existe o prontuário hospitalar da data seguinte ao dia do estupro, as mensagens que ele trocou com ela, em que ele manifesta preocupação sobre algo que acabara de acontecer”, completou Maira Pinheiro.
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As advogadas ainda declararam durante entrevista que Felipe Prior pode ser condenado a 24 anos de prisão. Além do delito de 2014 denunciado por Themis, outros abusos aconteceram em 2015, 2016 e 2018. “Caso ele também venha a ser condenado nessas outras violências sexuais – o que a gente tem plena convicção, diante de tantas testemunhas, laudo, print, prontuário – ele pegará, no mínimo, 24 anos de condenação“, afirmou Juliana Valente.
A criminalista explicou que esse cenário é possível porque a pena para o crime de estupro varia entre seis anos (pena mínima) e dez anos (pena máxima), ou seja, em caso de condenação com pena mínima nos outros três casos, a somatória seria de 24 anos.
“A gente acredita que ele pegue uma pena maior nesses outros casos. A gente espera, acredita na Justiça brasileira, que vão acontecer essas condenações desses crimes brutais. Depois de tanto sofrimento, essas vítimas vão conseguir o mínimo da Justiça, porque essa dor nunca vai ser reparada”, disse.
Para a advogada, o tempo da pena na condenação relativa ao caso de 2014 também poderia ser maior: “A pena poderia, sim, ser aumentada por conta da brutalidade do crime, por conta da personalidade do autor, por conta do modus operandi que o crime ocorreu; sem camisinha… Diante de toda essa violência, a gente entende, sim, que caberia um aumento de pena”, pontuou.
A equipe que defende Felipe Prior reitera, em nota, a inocência dele e que a sentença prolatada pela 7ª Vara Criminal de São Paulo será objeto de recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.