A quinta-feira está boa para os fãs do Vitão! Hoje, às 18h30, o cantor irá fazer a sua primeira live musical desta quarentena e de quebra ainda irá apresentar em primeira mão uma nova música, “Mais Que Bom”. A faixa, que chegará às plataformas digitais posteriormente, às 20h, é uma colaboração entre o brasileiro e o cantor português Agir, que segundo eles nasceu de maneira muito natural, durante uma visita do paulista à Lisboa. Para o lançamento, Vitão e Agir também produziram um videoclipe totalmente registrado dentro de suas casas, através de celulares, como vêm acontecendo na industria nas últimas semanas. Conversamos com Vitão hoje pela manhã e ele nos adiantou alguns detalhes a respeito do lançamento de “Mais Que Bom”, falou sobre dançar em um clipe pela primeira vez, o medo de ver o seu primeiro álbum ser “esquecido” durante a quarentena e ainda confirmou alguns detalhes a respeito do setlist da live que acontecerá logo mais à noite. Confira!
“Mais Que Bom” chega três meses após o lançamento de “Ouro”. Estava em seus planos lançar algo 100% novo com tão pouco tempo do seu disco?
Cara, então, não estava. A ideia para esse semestre principalmente era que a gente continuasse trabalhando o disco “Ouro” até pelo menos o meio do ano, até julho, e só depois lançar algo novo. A gente iria trabalhar no clipe de “Romeu e Julieta”, que seria o novo single do disco, porque era a música que tava indo melhor em questão de streaming. O clipe já estava marcado, roteirizado e tudo mais, mas aí começou a quarentena e tivemos que desmarcar tudo. Isso me causou uma angústia muito grande, no sentido que tenho coisas para lançar e não posso lançá-las e foi aí que eu tive essa ideia de lançar “Mais Que Bom”. Eu já tinha feito essa música com o Agir em Portugal e ela estava praticamente pronta. Era uma música que eu já gostava muito, mas não tinha ideia de quando lançar e senti que esse era o momento. Liguei para os meus empresários e avisei que queria gravar o clipe em casa, fazer com o celular mesmo, e foi isso. Vamos lançar ela agora do nada!
Pois é, você falou da angústia e eu pensei mesmo nisso, se você não tem receio de que lançamentos avulsos possam atrapalhar o curso do seu álbum, que foi tão bem recebido. Mas na verdade serviu como uma saída, né?
É, exatamente. Eu até me preocupo um pouco sim com o fato do álbum ser de certa forma esquecido e não ser tão bem trabalhado, mas é algo que a gente não ia conseguir fazer agora. Então esta foi uma saída, uma forma de continuar trabalhando de casa, de outras formas. Eu fiquei muito feliz de ter rolado! O Agir também topou fazer o clipe de lá da casa dele e ele também já tinha algumas ideias diferentes, então juntamos tudo e ficou super legal.
Quando fizemos a live no Instagram do POPline falamos bastante da sua entrada no mercado de Portugal e essa parceria com Agir só vem a somar com isso, não é?
Com certeza e acho que vice-versa também. Quando eu fui para Portugal, eu percebi que o Brasil tem uma força cultural muito grande lá, desde as novelas brasileiras até as músicas, eles consomem muito a nossa cultura. Diferente do Brasil que não consome quase nada da cultura portuguesa do cinema, da televisão, da música… A gente conhece pouca coisa de música de lá, poucos artistas de lá. Então, com certeza essa música aumenta a minha força em Portugal, mas também pode ser uma grande ponte dos artistas de Portugal para o Brasil, uma abertura. Uma porta para que os artistas portugueses sejam mais consumidos aqui no Brasil e eu espero que seja assim, que eu possa fazer essa ponte.
Você já conhecia o trabalho do Agir antes de conhecê-lo pessoalmente?
Cara, não conhecia… Vou admitir que não conhecia. Eu já tinha ouvido falar dele pelo Rael, ele é amigo meu e já tinha ido para Portugal e participou do show do Agir no Rock In Rio Lisboa. Eu já tinha ouvido vários comentários sobre ele, mas não conhecia o trabalho dele. Quando eu tava em Portugal, ele levou a gente para jantar em um restaurante super gostoso, a gente trocou uma ideia, foi super legal e aí já marcamos uma sessão de estúdio. Isso nem tava planejado! Na verdade, a gente iria fazer com um outro artista de lá. Foi uma parada que acabou acontecendo meio que do nada, igual ao clipe! Risos! Tudo nessa música aconteceu meio que do nada, meio que sem querer, querendo! Risos! Bem, voltando, eu fiquei só uma semaninha lá e já rolou. Então foi super especial.
Eu tive a oportunidade de assistir ao clipes antes do lançamento e vi que vocês se filmaram em diferentes lugares da casa, de diferentes formas. Como foi a montagem de ideias pra esse vídeo?
Então, aqui no meu prédio tem vários apartamentos duplex com a mesma estrutura e daí parecem ser o mesmo apartamento. A gente usou o meu apartamento e o do Danilo, que é um dos meus produtores. Ele é meu vizinho e também vai fazer a live comigo hoje! Nessa quarentena a gente tá passando muito tempo juntos, pelo fato de morarmos no mesmo prédio, e aí também acabamos fazendo música juntos. Tá sendo uma “saída” da quarentena, porque aí podemos trabalhar dentro de casa. Além de usar o meu apartamento e o do Danilo no clipe, o Rafael, que é meu amigo de escola e que mexe com vídeo e cinema, que também já estava na minha casa antes da quarentena e terminou ficando lá, também me ajudou a fazer o clipe. Rolou essa chuva de ideias! Tiveram várias cenas que a gente acabou tirando, tipo umas na cozinha que a gente achou que não tava somando tanto! No final foram ideias de todo mundo pra roupa, cenário, lugares… Eu acabei pegando todas as minhas roupas do armário mesmo, joguei em cima da cama e fui escolhendo uma por uma!
Vi também que rolou até um “moonwalk” na sala em uma das cenas!
Siiiiiiim, risos! Sempre fui muito fã do Michael [Jackson]! Acho que esse foi o primeiro clipe que usei alguns elementos de dança, eu nunca tinha explorado esse lado assim. Eu sempre digo que eu não sei dançar, nunca fiz aula de dança e nem nada, mas nesse clipe eu levei mais pro lado da brincadeira, sabe? Eu dancei, mas do meu jeito. Foi meio brincando assim, mas no fim eu curti! E também quis fazer essa homenagem ao Michael, que é a minha maior referência como artista.
Hoje vai rolar uma live show sua para o lançamento de “Mais Que Bom”, onde você também vai apresentar outros sucessos seus. Esse show você montou exclusivamente para essa live ou está parecido com o que vinha fazendo da tour “Ouro”?
Eu vou tocar todas as minhas músicas nessa live! Todas as minhas músicas, todas as colaborações e tudo mais, o que normalmente não faço no meu show porque não dá tempo. Vou tocar alguns covers também, escolhi algumas músicas de outros artistas que eu escuto bastante para fazer… Enfim, vou juntar tudo, fazer um mix de música antiga, música nova, disco “Ouro”…
Os covers serão de artistas brasileiros ou internacionais? Pode adiantar algum?
Mais artistas brasileiros e tem um cover internacional só, se não me engano… Vou fazer um Bob Marley. Acho que é o único internacional!
Em algum momento vai acontecer uma interação virtual com o Agir?
Não sei se hoje ou amanhã, mas talvez seja hoje a noite mesmo. A gente tinha combinado isso, de fazer tipo uma conversa, contar um pouco para as pessoas sobre o processo de criação a música e tudo mais, mas ainda não sei se será hoje ou amanhã.
E você, tem mais projetos para esta quarentena em andamento? Mais lançamentos?
Então, eu estou pensando em outras coisas sim. Como a gente não sabe quando tudo irá voltar ao normal, eu já estou me adiantando e pensando em novas coisas. Não tenho nada planejando, nem confirmado, mas continuarei trabalhando de casa se for preciso.
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